• ғʀᴇɴᴇsɪ •

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Maiara point of view

Eu estava sentada ao lado do berço de Isis e Maya, já tinha tentado separá-las com medo de uma machucar a outra, uma vez que ambas estavam espertas e se mexendo muito, mas todas às vezes que elas sentiam falta da outra começavam a chorar desesperadamente então optamos por deixá-las juntas e ficar vigiando.

Hoje o dia foi bem difícil, por mais que eu ame ser mãe e elas sejam as coisas mais importantes da minha vida, confesso que sinto falta dos palcos. Estou há meses sem trabalhar e me sinto incompleta, a culpa também tem sido presente em minha vida, pois com as minhas filhas eu deveria me sentir completa, certo? Mas não me sinto, não sem fazer o que amo, o que nasci pra fazer.

Passei a metade do dia trancada no quarto com as minhas filhas, precisava ficar sozinha com elas. Agora no final da tarde escutei Maraisa cantando e tocando em seu quarto, ela também estava agoniada para voltar a trabalhar, mas fingia que não por nós... isso mexia comigo!

Ouvi batidas na porta e olhei para as igualzinhas rapidamente como reflexo, mas me tranquilizei ao perceber que elas não estavam dormindo, apenas brincando uma com a mão da outra.

- Entra! – gritei pegando o celular.

- Oi bebês! – disse Maraisa sorrindo ao colocar apenas a cabeça para dentro do quarto. – Posso entrar? – apenas assenti e ela se aproximou fechando a porta.

Maraisa chegou perto de mim e se apoiou no berço olhando as sobrinhas, Maya rapidamente tirou sua atenção da irmã e fixou seus olhos em sua tia, a conexão que as duas tinham era surreal... Gêmeas costumam identificar outras e, com certeza, a Maya era a Maraisa da dupla!

- Cadê as igualzinhas da titia? – perguntou com voz de bebê levando suas mãos até elas e sorri. – Que cês tão 'fazeno'? – perguntou com voz de bebê.

Isís deu impulso e se virou de lado fazendo Maraisa gritar e levar sua mão até elas rapidamente, seu grito me assustou e deixei meu celular cair na poltrona.

- Meu deus... ela virou! – disse colocando Isís novamente onde ela estava antes. – Porra, eu achei que ela fosse se machucar ou cair! – disse levando a mão até o coração e se apoiando no berço. – Não faz isso, Ísis!

- Que susto, Maraisa! – reclamei pegando o celular. – Eu já tinha dito que elas estavam fazendo isso, e não tem como as duas caírem porque estão no berço!

- Cês vão me matar do coração! – reclamou me ignorando e passando as mãos no cabelo. – São o tumulto igual a mãe!

- Obrigada pela parte que me toca. – resmunguei voltando a minha atenção para o celular enquanto ela voltava a brincar com as sobrinhas.

Minha irmã colocou a chupeta nas meninas e se sentou no meu colo me enchendo de beijos na bochecha enquanto eu sorria e tentava me afastar sem sucesso. Ela passou seu braço em volta do meu pescoço e me abraçou de lado encostando sua cabeça na minha.

- Por que cê tá tristinha? – perguntou me dando um cheiro na bochecha.

- Estou com saudade dos palcos... Eu não queria te prender em casa também e...

Maraisa tampou a minha boca com sua mão e a encarei.

- Você não tá me prendendo em casa, estamos aqui por causa delas e em hipótese alguma isso é um fardo pra mim, assim como sei que não é pra você! Logo a gente volta para os palcos, tá muito perto...

- Eu sei... – respondi me sentindo culpada.

- Agora se arruma bem gata que vamos sair! – disse se levantando animada.

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