•ɪɴᴇsᴘᴇʀᴀᴅᴏ•

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Henrique Point of view

alguns dias depois

Senti algumas lágrimas caírem do meu rosto incontrolavelmente enquanto eu assistia as duas coisas mais importantes da minha vida darem uma pequena mexida sendo captadas pelo aparelho. Eu nunca imaginei na minha vida viver esse momento, sentia que a qualquer momento meu peito iria explodir de tanta felicidade, os meus filhos... meus bebês.

O momento mais importante que eu poderia vivenciar.

Maiara estava deitada na maca em frente ao aparelho, a médica estava de um lado passando o gel em sua barriga e eu do outro assistindo, já Marília estava um pouco mais afastada. Às vezes soltava algumas palavras animadas, mas a maioria do tempo permanecia quieta, o que não impedia nem a mim muito menos a Maiara de notar seu olhar admirado nos pequenos, ela os amava tanto quanto nós.

- Eu não sei nem o que dizer... - a voz embargada deu abertura para mais algumas lágrimas caírem. Em um ato automático minha mão segurou a de Maiara para logo ver a ruiva virar em minha direção com um sorriso no rosto. Um sorriso lindo, cheio de compreensão e apoio.

- É lindo, não é? - perguntou recebendo meu aceno positivo. - São nossos filhos, estão tão agitados porque dessa vez você está aqui também para vê-los! - sorriu e então senti sua outra mão vir ao meu rosto secando algumas lágrimas com o polegar e depois iniciando um carinho de leve em minha bochecha. - Não chora!

- Não é tristeza, são lágrimas de felicidades, eu não poderia sentir outra coisa nesse momento.

Levei meus lábios até seu pescoço deixando um beijo afável ali, para logo encará-la e deixar um selinho demorado em seus lábios que ela não demorou a retribuir.

Permanecemos mais alguns minutos vendo a imagem dos bebês e qualquer dúvida que eu tinha falava com a médica que me explicava tudo perfeitamente bem, ou até mesmo Maiara. Vez ou outra sentia que meu peito estava em um ensaio de escola de samba quando Maiara começava algum carinho involuntário, sua atenção estava completamente voltada para a médica me explicando sobre os cuidados com bebês gêmeos, mas sua mão se preocupava em fazer meu corpo se arrepiar. O seu toque era conhecido, mas eu nunca me acostumava com a sensação.

Já a caminho do estacionamento, em um ato inconsciente peguei sua mão enquanto conversávamos sobre alguns assuntos relacionado aos bebês.

- Maraisa está bastante ansiosa em saber o sexo dos feijõezinhos! - disse gesticulando com as mãos demonstrando toda sua alegria ao falar dos pequenos.

- Feijõezinhos? - falei com a expressão confusa dando um riso nasal.

- É um dos apelidos que ela deu pra eles, já que não sabemos o sexo... mas duvido que ela pare de chamar assim mesmo quando descobrir o sexo, acredito que quando eles nem tiverem mais tamanho de feijõezinhos ela vai parar de chamar. - Maiara riu de lado dando uma rápida olhada pra trás, onde Marília nos acompanhava afastada falando ao celular.

- Gosto de feijõezinhos, é realmente a cara dela!

- É sim.... Sabe, falando em sexo dos bebês, tenho outra coisa que eu queria muito falar. - seu tom de voz era animado, mais que o comum e só isso fazia minha curiosidade aguçar sobre o assunto, acenei brevemente com a cabeça dando sinal que ela poderia falar e assim a pequena fez. - Eu estava pensando em fazer um chá revelação pra finalmente descobrirmos o que vamos ter e fazer uma coisa mais fechada e privada, só para amigos muito próximos.

- Olha, isso é perfeito, não vejo a hora de descobrir se vamos ter um casalzinho, duas bonecas ou dois moleques! - disse animado enquanto via seu sorriso alargar mais ainda.

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