Capítulo 25

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Hinaki estava de repouso. Após horas de uma cirurgia delicada, ela se encontrava descansando calmamente em sua cama. Ela estava entediada, mas pelo menos tinha uma semana de folga depois dos estágios para descansar, o que não era o propenso para recuperação se fosse uma cirurgia comum, mas devido aos usos de individualidades de cura seria uma recuperação rápida e, esperançosamente, tranquila.

Agora, ela estava apenas assistindo séries na Netflix, entediada. Por incrível que pareça, seu pai tinha pego uma patrulha noturna e não se encontrava em casa, então ela estava sozinha numa casa completamente silenciosa. As vezes era patético o quão medrosa ela conseguia ser.

Ela ouviu um barulho na sala e imediatamente se cobriu inteiramente no lençol. O que era? Não tinha ninguém em casa! Era só ela. Será que tinha alguém lá? Ela devia olhar? Provavelmente sim, mas talvez ela devesse esperar seu corpo parar de tremer antes.

Tá, não ia parar. Ela se levantou da cama ainda tremendo levemente, pegando seu celular e iluminando o caminho até o receptor. Com a luz de seu quarto ligada, ela saiu fazendo o mesmo pelo corredor até chegar a sala e a cozinha. Kaminari tinha queimado as luzes da cozinha e da sala em um curto-circuito que ele se deu sem querer quando foi a visitar um dia antes, e agora ela o xingava mentalmente de todos os nomes possíveis.

Um barulho a direita foi o suficiente para que ela percebesse estar agindo como uma personagem idiota de filme de terror e voltasse correndo em direção ao quarto, apenas para esbarrar em alguém parado no escuro bem atrás dela.

Ela caiu no chão, rastejando de costas para trás e tentando "acordar". Aquilo só podia ser uma pesadelo, não era possível.

- P-Pai? - Ela chamou, com uma curta esperança de que fosse apenas ele e seus tios malucos lhe pregando uma peça. Ela então riu de nervoso, tentando disfarçar o medo. - Não tem graça, já deu. Podem parar.

- Pai? - O homem em sua frente riu um pouco irônico. - De tantas pessoas, me confundiu logo com ele? Por essa eu realmente não esperava.

O coração de Hinaki saltou pelo medo, mesmo ela sabendo que deveria manter a calma para se recuperar bem dos pós-operatório. Não era seu pai, mas então... Quem era? Ela não conhecia aquela voz e não conhecia ninguém capaz de alterar a própria voz, conhecia?

A figura se mexeu, se sentando confortavelmente na poltrona perto dele e apontando para o sofá bem a frente como se a mandasse sentar ali. Sabendo que era uma péssima ideia, mas estando completamente sem forças para se defender e não era seguro resistir, ela se sentou. Um pequeno feixe de luz do corredor e ela visualizou no meio das sombras um homem alto e magro, que usava uma cartola e um sobretudo amarelo, com uma máscara branca parecida com uma daquelas sorridentes de teatro. Era um vilão? Ela nunca tinha visto um tão... Extravagante, por assim dizer.

- Me chame de Mr. Compress. - O, aparentemente, mágico disse. - Dispenso suas apresentações, eu já te conheço. Afinal, quem não conhece? A garota que foi vista centenas de vezes com Best Jeanist, que fez surgirem centenas de teorias da conspiração sobre quem ela era até o próprio Jeanist fazer uma conferência de imprensa e revelar que era sua filha, para depois dar no pé quando os jornalistas se distrairam.

- O que... - Sua garganta secou e seus olhos tremeram levemente quando obteve a atenção do possível vilão. Aquela máscara dava um ar de mistério e misturada com a pouca iluminação do local era assustador. - O que você quer?

- Acho que esclarecer algumas coisas na sua memória. - O homem riu, se apoiando no braço do sofá e confortavelmente descansando o rosto na palma da mão enluvada. - Soube que não se lembra de muita coisa sobre sua infância, Shinkiro.

- Como você sabe disso? - Hinaki perguntou, em choque, ignorando a forma irônica na qual ele disse seu nome. Era uma informação confidencial! Ninguém deveria saber além dela, seus tios e seu pai!

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