Fios de Cristal

Capítulo 34

— Finalmente os Testes acabaram! — Mina se esticou, preguiçosa. — Que semana difícil! Mas o último teste foi o mais difícil, com certeza.

— Fale por você, porque eu não fiz nada. — Hitoshi encolheu os ombros. — Hinaki fez o trabalho todo. Eu fui capturado pela a armadilha de sangue tão fácil que foi ridículo.

— Você que pensa. — Hinaki sorriu, dando um soquinho no ombro alheio. — Se Vlad não estivesse tão focado em controlar o sangue para que você não se soltasse, ele teria vindo em cima facinho.

— Você que diz... — Shinso deu de ombros, apenas esperando para ver se elas fariam mais alguma coisa ou se ele poderia apenas ir para casa.

— Ei, pessoal! — Izuku se aproximou enquanto dizia. — Vamos todos ao shopping no fim de semana. Vocês vem?

— Não dá. — Shoto negou, encolhendo os ombros. — Vou visitar minha mãe no hospital com meus irmãos.

— Momento de família? — Momo perguntou e Shoto assentiu. — Oh, claro. Jamais atrapalhariamos. Boa sorte, baby Shoto.

— Baby? — Denki repetiu, rindo do apelido que ele julgou tosco. — Bebê? Por que vocês chamam ele assim?

— É uma longa história. — Hinaki riu, se encostando em Izuku. — Surpresa estou por você saber traduzir e pronunciar alguma coisa do inglês certo.

— É mesm- ei! — Denki encarou a Shinkiro indignado ao racionar o que foi dito, o que fez os amigos do loiro gargalharem divertidos.

— Mas e então? — Mina voltou a perguntar após a crise de risadas coletiva passar. — Quem vai?

— Não vai dar. — Hinaki negou, tendo os olhos de todos nela. — É que eu estou ajudando um amigo com algo, então não vai dar.

— Amigo? Que amigo? — Mina sorriu malicioso e Hinaki fez careta automaticamente. — Um crush, talvez?

— Não! Credo... Só... Não! — Hinaki estremeceu só de pensar na ideia dela e Atsuhiro juntos. — É que... Meio que esse amigo ajuda em um centro comunitário e pediu minha ajuda.

— Como assim? — Kyoka perguntou, curiosa. — Ele é meio que um voluntário?

— Ele é meio que o dono. — Hinaki respondeu e os amigos dela a encararam confusos. — Ele não é um adolescente, gente. Trabalha lá ajudando pessoas pobres, moradores de rua e órfãos. Pediu minha ajuda porque falta voluntários. Meio que eu estou ajudando nos fins de semana.

— Ah, entendi porque a careta agora. — Mina riu, achando graça. — Que pedofilia...

— Credo, Mina! — Hinaki fez careta de novo, sorrindo involuntariamente quando seus amigos começaram a rir. — Vocês inventam, viu?

— É, mas você ama a gente! — Shoto disse, um sorriso fraco e quase invisível se mostrando em seu rosto.

— Shoto, o que fizeram com você? — Hinaki questionou dramaticamente, levando a mão ao peito.

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Tsunagu suspirou frustrado enquanto observava pelas câmeras de segurança os guardas tirarem Lady Nagant da cela, levando-a ainda na cadeira que a continha para fora. Ele não gostava da ideia de tirar uma criminosa perigosa da cadeia, mas Hinaki ficou tão magoada quando ele negou na primeira vez que até fez ele se sentir mal.

Era a irmã dela, não era? Mesmo que não fosse filha dele também, o laço recente da mulher com sua filha o fazia ter um mínimo respeito por ela. Se sua filha tinha gostado dela, não podia ser tão ruim. Tinham sido apenas duas visitas até agora de Hinaki e ela estava se dando bem com Kaina, o que descartava mais as preocupações de Tsunagu, mesmo que não completamente.