Por um momento Anahi se deixou sentir as sensações que era respirar o mesmo ar que Alfonso, mas com um piscar de olhos, ela voltou a realidade e mandou para o espaço toda a sensação boa... boa não, ela se recusava a admitir isso, preferia apenas pensar que fora sentimentos causados dado a surpresa de vê-lo novamente e naquela circunstância.
-O que este homem está fazendo pisando no chão da minha casa?. -Ela terminou de descer os degraus e então se aproximou para olhar mais de perto, seria possível ser tudo obra da sua imaginação ou aquilo era tudo verdade?
-Mãe, este é Alfonso Herrera...
-Eu sei bem quem ele é, só não entendo como teve a coragem de pisar aqui. -Ela cortou a filha.
-Acreditaria se eu dissesse que estou tão surpreso quanto você?. -Perguntou Alfonso não gostando do tom que Anahi usou para se referir a ele.
-Não.
-Então vou nos poupar. Vamos embora, Daniel. -Chamou Alfonso mas o filho não se moveu.
-Não, nós viemos jantar e é isso que vamos fazer!. -Dissera o menino com decisão.
-Vamos embora, agora!. -Ordenou Alfonso.
-Sr. Herr.. Alfonso, por favor, podem se juntar a nós nesse jantar? Eu gostaria muito que dessem uma chance para entender nosso lado. -Começou a menina se referindo ao namorado e ela. -Tenho certeza que minha mãe não vai se opor.
-Ah, eu me oponho sim!. -A loira cruzou os braços.
-Por favor, não saiam daqui até eu voltar. -Pediu a menina arrastando a mãe pelo braço até o cômodo ao lado para uma conversa particular. Enquanto isso, Alfonso aproveitava para também conversar com o filho.
-Você perdeu a cabeça, sabe onde nos meteu?. -Pergunta Alfonso irado.
-Eu sei de que família elas fazem parte, mas as duas não tem nada a ver com o as coisas que você mexe. -Dissera o menino.
-Elas são Puente!. -Alfonso rebate. -Elas fazem parte da família que tem uma richa com a nossa família desde muito antes de você pensar em vir ao mundo.
-Se elas quisessem fazer alguma coisa com a gente, já teria feito!. -Diz o menino.
-E você fala isso com tranquilidade?. -Pergunta Alfonso com uma certa ironia na voz.
Na cozinha, a conversa não começou melhor mas tinha tudo para tomar um rumo diferente.
-Manuela, você perdeu o juízo? Trouxe Alfonso Herrera para dentro da nossa casa?. -Perguntou Anahi dando ênfase ao nome do sujeito.
-Eu sei que parece loucura, mas eu gosto mesmo do filho dele e eu preciso que você faça um esforço hoje. -Implorou a menina.
-Manuela, você está namorando com o filho do homem que mais odeia sua família nesse mundo. -Anahi precisou se abanar diante daquela situação. Sentia o corpo pegar fogo com tanta informação que nem em mil anos ela acreditaria receber.
-Eu sei que parece loucura, depois eu vou te explicar tudo com mais calma. Eu preciso que confie em mim e me ajude com isso nem que seja só por essa noite. -Pediu a menina, estavam tão distraídas com a conversa que sequer notaram a campainha soar segundos antes e Peter passar por elas para ir atender a porta.
-O seu pai vai enlouquecer quando souber de tudo isso e você ainda teve coragem de convidar ele, já imaginou os dois no mesmo cômodo?. -Perguntou Anahi que não acreditava no tamanho da encrenca que sua filha as meteu.
-O papai!. -Exclamou a menina que saiu correndo de volta para a sala de estar.
Anahi a seguiu e quando se deu conta que tudo poderia ficar ainda pior, o calor deu espaço ao frio que percorreu sua espinha.
Rodrigo estava paralisado, sequer se movia, tamanha era sua concentração no alvo a sua frente. Alfonso não estava muito diferente, também sequer se movia e estava no mesmo nível de concentração. Os dois se encaravam e seus olhos emanavam um ódio jamais visto pelos outros presentes ali na sala, devo mencionar também que cada um segurava sua própria arma de fogo, um apontando para o outro enquanto o restante das pessoas presentes ali evitavam fazer o mínimo de movimento, tinham medo do que poderia acontecer se sequer uma mosca pousasse no ombro de algum deles.
-Peter, pode ir para a cozinha. -Pediu Anahi e o outro sequer fez menção em responder, seguia todas as ordens da patroa a risca e sabia quando ela não estava brincando, então calmamente e sem fazer movimentos bruscos, ele se retirou.
Apesar da imagem de mulher frágil e delicada, Anahi botava medo em qualquer um quando queria e naquele caso, ela de fato queria.
-Manuela, suba e leve seu amigo. -Ela ordenou com a voz calma, sem fazer alarde e sem tirar os olhos dos dois homens com as armas na sua frente.
-Mas...
-Manuela, suba e leve seu amigo. -Repetiu Anahi com mais autoridade dessa vez.
Desta vez a menina obedeceu e conseguiu levar consigo o namorado. Anahi se aliviou um pouco mais em saber que assim, correriam menos riscos.
-Eu vou pedir uma única vez para abaixarem as armas. -Pediu Anahi e nenhum dos dois se moveu. -Vocês estão dentro da minha casa, eu acabei de comprar esse carpete, não quero que manchem com o sangue de vocês! -Ela dissera.
-O que ele faz aqui?. -Perguntou Rodrigo impaciente.
-Ele aparentemente é o sogro da nossa filha. -Avisou Anahi.
-Como é?
-E estou tão descontente com isso quanto vocês. -Admitiu Alfonso.
-Dúvidas esclarecidas. Vamos aos pontos: vocês vão abaixar as armas agora ou nenhum dos dois vai se sobressair nessa briga tola de egos. -Anahi dissera olhando de um para o outro. -Tudo bem, eu explico melhor. -Ela pareceu paciente. Caminhou então até sua pequena estante com alguns livros e tirou de trás do que parecia um esconderijo secreto, uma arma pequena, porém, potente. -Vocês podem competir quem acerta o primeiro tiro. Alfonso pode atirar no Rodrigo. -Ela desativou a trava do gatilho da sua pistola que por incrível que pareça, era rosa, e mirou em Alfonso. -Ou o Rodrigo pode ser mais rápido e atirar em Alfonso. -Ela agora mirou em seu ex marido. -Eu então, atiro no que sobrar, mas de qualquer forma, se entenderam bem meus cálculos, os dois morrem, e aí serei eu a sujar o meu carpete. -O silêncio se fez presente e os dois pareciam em um misto de análise a proposta sugerida e dúvida, não sabiam se ela teria coragem de concretizar sua ameaça. - Então, o que me dizem?. -Ela mirava a arma de um para o outro mas apesar da dúvida, ambos conviveram tempo o bastante com Anahi para saber que ela não estava blefando.
Apesar de não se interessar para os negócios da família, Enrique conseguiu convencer a filha a aprender a atirar, e fora uma tarefa que ela não se importou em fazer, pelo contrário, ela até tinha uma quedinha pelas armas e aprendeu a atirar com maestria.
...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por Nossos Filhos - AyA
FanfictionDuas almas, um sentimento Dois sobrenomes, um juramento Não se juntariam em um nome só E te esquecer seria o melhor E finalmente no altar Pedindo a Deus pra abençoar Às alianças que seriam nossas Os nossos filhos é quem vão usar E olha a gente a...