Capítulo 116

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Alfonso passou as três horas seguintes da ligação de Anahi, tentando retornar a chamada para a noiva que sempre deixava cair na caixa postal. Ele enviou também diversas mensagens e nenhuma delas fora retornada ou sequer lida por ela. Ela definitivamente estava o ignorando.

Alfonso estava nervoso, conhecia Anahi e tinha medo que por impulso, ela tenha feito alguma coisa. Principalmente depois de achar que ele estava fazendo algo de errado com aquela mulher.

Ele estava agora em seu carro, no banco de trás com o filho Daniel, enquanto um de seus homens dirigia o carro de volta para casa.

-Você está há horas nesse celular. -Reclamou Daniel. -Se ela não atendeu você até agora, não vai atender mais.

-E você quer que eu faça o quê? Cruze os braços e espere a boa vontade dela em falar comigo? -Perguntou Alfonso depois de bufar e apertar o aparelho celular em sua mão para descontar a raiva que sentia.

-Estamos quase chegando em casa, você vai se encontrar com ela e aí conversam. Eu posso servir de testemunha, eu estava lá. -Sugeriu o menino.

-Eu conheço ela, não vai me ouvir. Vai me xingar primeiro, me bater, mandar eu ir a merda.... Só aí, talvez, ela me escute. -Contou Alfonso desistindo da ligação enquanto colocava o celular no bolso.

-Miguel e Rodrigo estão lá com ela, com certeza vão acalmá-la. -Dissera Daniel em uma tentativa de confortar o pai.

-Assim eu espero. -Alfonso suspirou jogando sua cabeça para trás, recostando-a no encosto do banco do carro.

Mais alguns longos minutos em silêncio, e o carro fora estacionado na garagem. Alfonso mal se despediu de seu motorista e saltou do veículo, vendo logo em seguida que o carro de Rodrigo não estava em sua garagem.

Ele entrou na casa em busca de Anahi, mas tudo o que encontrou foi uma sala vazia, franziu o cenho e subiu para o andar de cima. Entrou no quarto que dividia com ela e também o encontrou vazio, ele entrou em cada cômodo daquela imensa casa e não a encontrou em lugar algum. Só havia resquícios quase que imperceptíveis de seu doce perfume.

-E então? -Perguntou Daniel quando o viu voltar para a sala.

-Ela não está. -Ele respondeu voltando a pegar o celular em seu bolso para buscar um número em seu contato.

-Onde ela pode ter ido?

-Acha que se eu soubesse já não teria ido buscar ela? -Perguntou Alfonso mais ríspido do que pretendia. -Desculpe. Estou nervoso. -Ele dissera quando viu a cara que o filho fez.

O garoto não respondeu, sentou em um dos sofás e mandou mensagens para Anahi, perguntando se ela estava bem e onde estava.

-Alô, Rodrigo! -Dissera Alfonso quando o homem do outro lado da linha respondeu. -Onde está a Anahi?

-Ué... Você não foi buscar ela? -Perguntou o homem confuso.

-Buscar ela onde? Era para você e Miguel ainda estarem aqui quando eu chegasse. Eu não pedi para passarem o dia com ela? -Perguntou ele nervoso. Já andava de um lado para o outro na sala.

-Não acredito que ela me enganou. -Reclamou Rodrigo incrédulo.

-O que ela disse que faria, Rodrigo?

-Ela enrolou a gente. Ela me fez levar ela até um shopping, disse que ia comprar umas coisas e pediu pra irmos embora porque você buscaria ela mais tarde. -Contou o homem do outro lado da linha.

Alfonso revirou os olhos e respirou fundo pelo menos umas três vezes antes de desligar na cara de Rodrigo.

-A sua mãe ainda vai me enlouquecer! -Dissera Alfonso irritado para Daniel.

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora