Capítulo 66

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-Quem era ao telefone? -Ela perguntou curiosa.

Os dois estavam na banheira de Alfonso, ela tinha os cabelos presos em um coque. Estava sentada na frente do noivo enquanto ele ensaboava suas costas com uma esponja macia.

-Um dos meus funcionários. -Ele dissera. -Não terminei de conversar com ele, vou ter que retornar a ligação, já que eu fiquei distraído na nossa conversa.

-Nem imagino o porque da sua distração. -Ela dissera sínica fazendo ele rir.

-Por que sua adorável boquinha estava no meu pau! -Ele sussurrou no ouvido dela a fazendo se arrepiar de imediato. -E que boquinha, hein? Fui ao céu e voltei várias vezes em questão de poucos minutos.

-Ainda bem que foi recíproco! Eu gostei de ficar amarrada, confesso! -Ela dissera, ele não pode ver mas ela chegou a corar.

-É eu percebi. Também notei que gostou dos tapas! -Ele dissera beijando o ombro dela a fazendo se arrepiar novamente. Qualquer toque dele, a fazia se arrepiar.

-Eu gosto de tapas! -Ela confessou fazendo ele rir.

-Você tem uma carinha de anjo mas está muito longe disso, Anahi! -Ele dissera fazendo ela gargalhar.

-Você acha? -Ela perguntou achando graça.

-Você não? Quando eu te vi pela primeira vez, imaginei que você era quietinha. -Ele contou. -A primeira vez que transamos que era também a sua primeira vez, já me surpreendeu!

-Lembra da nossa primeira vez? -Ela se virou para encará-lo.

-Como eu poderia esquecer? -Ele a puxou para o seu colo a fazendo se sentar ali. -Apesar de que naquela época, nós não éramos tão experientes, foi muito bom!

-Foi um desastre! -Ela se lembrou rindo. -O Enrique estava em casa, tinha me proibido de ver você e teve que pular a janela do meu quarto. 

-Verdade. -Ele riu se lembrando de cada detalhe. -Quase fomos pegos porque você nunca soube controlar os gemidos! Mas foi tão gostoso.

-Foi mesmo! -Ela concordou dando um selinho nele.

Os dois terminaram o banho e ficaram na banheira trocando beijos e carícias até a água começar a ficar fria, e praticamente os expulsar dali. Então voltaram para o quarto, onde se vestiram.

-Eu vou ter que ir embora sem calcinha graças a você! -Ela reclamou e ele gargalhou, sem um pingo de arrependimento por ter rasgado a peça.

-Porque não dorme aqui comigo? -Ele fez bico. -Posso rasgar o resto da sua roupa!

-Cala a boca! -Ela pediu rindo. -Não vou dormir aqui, não tenho roupas aqui. -Ela dissera.

-A gente podia providenciar isso. Posso separar um espaço no meu closet para você, melhor ainda, por que não se muda? -Ele perguntou e ela o olhou boquiaberta.

-Amor, é cedo para isso! -Ela dissera o repreendendo, enquanto escovava os fios de cabelos loiros com uma escova dele.

-Vamos casar e ter um filho! -Ele a lembrou.

-Mas precisamos de um tempo ainda, antes de juntar nossas vidas de vez. -Ela dissera. -Estou pensando em fazer uma pausa na minha carreira. -Contou.

-Por que uma pausa? -Ele perguntou se sentando na cama, a observando.

-Preciso de uma pausa, minha vida está uma loucura agora, tem um bebê vindo... -Ela dissera. -Só por um tempo, sei que vou voltar depois porque amo os palcos! Ainda tenho que cumprir umas datas na agenda, mas eu não vou marcar mais nada. -Ela contou.

-Vou te apoiar independente das suas escolhas. -Ele dissera fazendo ela sorrir.

-Você é um anjo! -Ela dissera indo até ele lhe dar um selinho.

Alfonso emendou o selinho em um beijo, mas logo seu telefone tocou.

-Atende, eu vou lá embaixo beber água! -Ela dissera indo para o andar de baixo, o deixando sozinho com o celular que tocava.

Anahi entrou na enorme cozinha de Alfonso e fora direto na geladeira, onde tirou uma jarra com água e se serviu um pouco, dando alguns goles logo em seguida.

-Sinto que você vai vir para mudar nossas vidas! -Ela dissera alisando a barriga, depois de pôr o copo vazio sobre a pia. -Devo te contar agora ou depois que você vai ter uma família bem esquisita? Bom, eu já vou contar para não ter surpresas... eu sou Anahi, sua mamãe, sou um doce de pessoa, às vezes sou um pouco mandona, mas você vai se acostumar com o tempo... Manuela é sua irmã mais velha, agora ela mora na Suiça mas tenho certeza que vocês vão se dar bem porque ela sempre foi louca para ter um irmãozinho ou uma irmãzinha. Também tem o Rodrigo, que é papai da sua irmã, mas não é o seu pai! Nós não somos mais um casal, agora ele tem o Miguel que vai ser o seu titio, eu imagino. Ele manca um pouco mas isso é culpa minha, quando você estiver maior, eu te conto os detalhes. Você também tem o Peter, que é como um pai para mim, então ele vai ser como um vovô pra você! Tem também o Daniel que também é o seu irmão mais velho, eu sei que ele vai te amar muito porque ele é um doce, um verdadeiro menino de ouro! E por último, mas não menos importante, tem o Alfonso, que é o seu papai. Ele é facilmente uma das pessoas que eu mais amo no mundo, então tenho certeza que você também vai amar! Ele é dono de um dos meus sorrisos favoritos, mas eu digo isso porque ainda não vi o seu! Sei que ele também vai te amar muito porque quando eu contei sobre você, umas horas atrás, ele deu um sorriso lindo e eu pude ver em seus olhos o quanto ele estava feliz! Bom, é isso. Se eu lembrar de mais alguma coisa eu te conto, vamos ter nove meses para conversar!

-Adorei o papo! -Dissera Alfonso parado na entrada da cozinha, com um sorriso nos lábios. Ela nem o viu se aproximar.

-Está aí quanto tempo? -Ela perguntou envergonhada.

-Ouvi tudo! -Ele dissera indo até ela. -E foi a coisa mais linda que já ouvi! Posso falar com meu pacotinho também? -Ele perguntou se aproximando.

-Claro. -Dissera Anahi rindo da forma como ele falou.

-Oi, bebê. Aqui é o papai! Tem poucas horas que sabemos da sua existência, mas você já é muito amado! -Ele dissera se ajoelhando para beijar a barriga de Anahi. -Se for preciso, sua família mesmo que seja esquisita, moveria o Céu e a Terra para a sua felicidade, só para arrancar um sorriso do seu rostinho que eu tenho certeza que vai ser o mais lindo!

-Pode apostar! -Concordou Anahi. -Tenho minhas suspeitas de que esse vai ser o bebê mais paparicado de todos os tempos! -Ela contou.

-Com toda certeza! -Dissera Alfonso se levantando.

-Falou com seu funcionário? -Ela perguntou curiosa.

-Sim, era ele. E a notícia não é das melhores. -Ele contou com um suspiro.

-O que houve? -Ela quis saber, franzindo o cenho.

-Vou ter que viajar uns dias, deu um problema com uma das minhas mercadorias. -Ele contou com uma careta.

-Ah não! Uns dias quanto? -Ela perguntou fazendo bico.

-Uns três dias. -Ele contou. -Vou amanhã cedo.

-Mas eu queria ficar de grudinho com você, amor! -Ela contou chateada, o abraçando.

-Eu sei, bebê. Eu também queria! -Ele beijou os cabelos dela.

-Então dorme lá em casa hoje? -Ela pediu o olhando.

-Na sua casa?

-É. Dorme comigo? Quero ficar agarradinha em você! -Ela dissera.

-Tudo bem, eu durmo. -Ele dissera com um sorriso. -Vou arrumar minha coisas e a gente vai, ok?

-Ok, meu bem!

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Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora