Capítulo 97

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Pov Alfonso

Estava amanhecendo, o céu estava alaranjado com os primeiros flashes de luzes da manhã.

Anahi estava deitada em casa, em sua própria cama.

Sabemos que ela deveria estar em um hospital, e eu estava mesmo levando ela para um, mas por dois minutos ela acabou acordando no carro e fora estritamente irredutível quanto a não hospitais. Eu acabei então ligando para Angelique e pedi para que ela fosse voando para a casa dela. Entenda que eu só concordei com isso porque sei que se Anahi acordasse e estivesse em um hospital, possivelmente iria ter um ataque de fúria que de nada ajudaria, muito pelo contrário, então depois de voltarmos para a casa dela, eu lhe dei um banho rápido para lhe livrar de suas roupas ensanguentadas que trariam perguntas de Angelique.

Agora cá estou eu, encarando ela que dormia tranquila, depois de alguns exames e medicação na veia. Eu até perdi a noção de quantos minutos fiquei aqui imóvel encarando ela depois que Angelique precisou sair.

Ela finalmente se remexeu, levou as mãos até a barriga antes de abrir os olhos e me encarar assustada.

-Está tudo bem com os gêmeos. -Tratei logo de responder e pude ver o alívio em seu par de olhos azuis quando me aproximei. -Vocês me assustaram muito.

-Me desculpe. -Ela dissera e então eu beijei sua testa.

-Angelique disse que foi uma ameaça de aborto. -Tratei logo de explicar.

-O que disse a ela? -Ela perguntou preocupada, imagino que não queria que eu contasse sobre toda a confusão com o vizinho. Era melhor mesmo que mais ninguém soubesse.

-Que cheguei de viagem e te encontrei caída em casa. -Ele explicou. -Eu não sei o que aconteceu naquela casa ao lado, então preciso entender direito antes de tomar qualquer iniciativa, mas tranquei tudo lá antes que alguém pudesse ver a cena e encontrar o corpo.

Anahi suspirou. 

Pov Anahi

-Acredita se eu disser que não me lembro o que aconteceu nas ultimas horas? -Perguntei e ele se sentou na cama, pegando uma das minhas mãos.

-Eu acho que tenho uma ideia. O vizinho recebeu diversos golpes de faca e quando eu cheguei, você tinha sangue nas roupas e rosto. Não me parece que todo aquele sangue em vice tenha a ver com a ameaça de aborto. -Ele me diz e me deixa pensativa.

-Se eu tivesse matado ele, me lembraria. -Eu digo e suspiro. -Não acho que eu tenha feito isso.

-De qualquer forma, ele não vai incomodar mais. O que ele fez com você, amor? -Ele perguntou preocupado.

-Você tinha razão, ele é completamente maluco. Me sequestrou, era um fã obcecado e tinha um quarto com várias fotos minhas, centenas de fotos. -Contei.

-Eu sabia que tinha algo errado com aquele cara. -Ele dissera e eu suspirei outra vez.

-Odeio admitir isso, mas você estava certo e eu errada. -Digo. -Sabe o quanto isso dói em mim? -Faço drama.

Ele gargalha com a cabeça tombada para trás e eu sinto um acalento. Senti tanta falta do som da sua risada nesses últimos dias.

-Vamos fingir que você estava certa, ok? -Ele propõe. -Estou muito feliz que estejam bem, fiquei mesmo muito preocupado.

-Eu também estou feliz que estejamos todos bem. -Sorrio e acaricio minha barriga levemente avantajada. -Sentimos muito a sua falta. -Faço beicinho.

-Eu também senti a de vocês. -Ele diz sorrindo. -Preciso de um beijo.

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora