Capítulo 63

282 22 5
                                    

Mais tarde, ainda naquele sábado da descoberta da gravidez, Anahi estava pronta para encontrar com Alfonso na casa dele, para o almoço que ele a convidou. Ela não sabia como contar a ele sobre a novidade, mas havia decidido contar de uma vez por todas para não haver segredos entre eles.

Manuela deu todo o apoio a mãe, as duas ficaram por horas conversando até Anahi finalmente conseguir parar de chorar. Seus olhos ainda estavam meio avermelhados, mas ela tratou logo de disfarçar, pingando um pouco de colírio. Peter também deu total apoio quando soube, tratou logo de tentar confortá-la dizendo que Alfonso jamais a deixaria sozinha nesse momento, mas ainda assim, ela tinha receio de como ele reagiria.

Quando Alfonso abriu a porta e Anahi dera de cara com ele, suas pernas ameaçaram falhar. Ele estava tão sorridente que ela tinha medo de de repente, tudo mudar entre eles.

-Oi, meu amor. Você está linda! -Ele a cumprimentou com um selinho quando ela entrou.

Anahi usava um vestido soltinho, em cores e tons claros de rosa. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo no topo de sua cabeça e ela tinha um delicioso perfume doce de rosas. 

-Obrigada. -Ela dissera. -Você também está!

-Temos a casa todinha para a gente hoje. Dani saiu com amigos para uma pequena viagem e eu dei folga a todos os meus funcionários! -Ele avisou contente enquanto fechava a porta.

-Que bom, meu amor! -Ela dissera forçando um sorriso. Ela estava tão nervosa que era difícil até mesmo sorrir naturalmente.

-Estou achando você estranha, aconteceu alguma coisa? -Ele perguntou franzindo o cenho.

-Podemos almoçar primeiro? E a gente conversa depois? -Ela sugeriu.

-Ok. Eu tenho uma surpresa para você! -Ele contou voltando a sorrir com empolgação.

-Certo. Então depois do almoço conversamos! -Ela dissera.

Alfonso guiou Anahi até a sala de jantar, onde os dois tiveram um almoço, que apesar do clima estar um pouco pesado para Anahi, as conversas sobre assuntos banais que tiveram, felizmente acabou deixando o ar mais leve.

Depois da refeição, ambos dividiram uma taça de sorvete, sentados no sofá, enquanto assistia a um programa de TV que nenhum dos dois prestava atenção. Os dois estavam no mundo da lua, cada um preso em seu pensamento, tentando buscar as palavras que se não fossem ditas da maneira certa, poderia acarretar em um término doloroso. Os dois estavam com medo do que estavam prestes a dizer, afinal, ele avisou que também tinha algo a dizer. Os dois estavam com medo do que o outro tinha para dizer, apesar de Anahi suspeitar de que ele ia finalmente pedi-la em namoro.

-Então a gente pode conversar agora? -Perguntou Alfonso quando viu Anahi dar a última colherada na última quantidade de sorvete.

-Podemos! -Dissera ela depois de um suspiro.

Anahi deixou a colher na taça, assim como ele, e se virou de frente para olhá-lo. Mas ela só conseguiu encarar ele, calada, sem dizer uma sequer palavra.

-Está me assustando. Por que está tão nervosa? -Ele arqueou uma das sobrancelhas.

-Você também parece nervoso! -Ela devolveu.

-Estou. Mas também pareço feliz, você parece perdida em pensamentos, aconteceu algo grave, não foi? -Ele fizera careta preocupado.

-É, mais ou menos. Eu preciso te contar, mas não sei como. -Ela tentou explicar o que estava sentindo.

-Se me disser que me traiu, eu morro! -Ele dissera fazendo ela gargalhar.

-Claro que não, eu jamais faria isso! -Ela dissera e dera um tapa fraco na testa dele.

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora