Capítulo 120

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Passava das três da manhã quando, enfim, ainda na sala, Anahi ouviu o carro de Alfonso entrar na garagem. Ela esperou pacientemente até ele passar pela porta de entrada minutos depois, a cara de espanto quando ele a encontrou acordada ali, ainda vestida de seu pijama, entregou que alguma coisa ele estava aprontando e por isso, o susto com a possibilidade de ser pego.

-Amor, o que faz acordada? -Ele perguntou fechando a porta atrás de si, enquanto ela se levantava e cruzava os braços sobre o peito.

-Onde é que você se meteu? -Ela perguntou arqueando uma das sobrancelhas. -Saiu no meio da noite, sem avisar onde ia e chegou agora todo assustado.

-Eu tenho uma boa explicação. -Ele se defendeu levantando as mãos em sinal de rendição.

A sala ainda estava escura, nenhuma luz estava acesa, apenas as janelas abertas traziam um vislumbre de iluminação da luz do luar. Então afim de poder olhar nos olhos do noivo para saber se ele não mentia, Anahi ascendeu uma das luzes antes de ir para mais perto dele, parando em sua frente.

-Estou te ouvindo. -Ela dissera o olhando nos olhos, de forma até intimidadora.

Ficou um silêncio constrangedor durante um bom tempo, Alfonso até abriu a boca para iniciar sua defesa, mas as palavras não saíram. Na verdade ele não sabia nem o que dizer.

-Sua defesa é o silêncio? -Ela perguntou incrédula. -Você não vai falar nada, Alfonso?

-Calma, eu estou pensando. -Ele pediu, mas se arrependeu assim que recebeu o primeiro tapa no peito.

-Está pensando em qual desculpa me dar pra justificar uma mulher te ligando? -Ela desferiu mais alguns tapas, agora nos braços dele, enquanto o mesmo tentava se desvencilhar.

-Calma, amor... Calma, mulher! -Ele pedia desviando dos tapas.

-Calma uma ova, Herrera! -Ela dissera mas se afastou e respirou fundo.

-Eu juro que eu tenho uma boa explicação. -Ele voltou a dizer enquanto massageava um dos braços, Anahi era pequena, porém forte. -Pode subir para o quarto e me dar uma hora?

-Uma hora para quê?! -Ela alterou a voz.

-Meu amor, não grita. -Ele pediu paciente. -Tudo bem, eu já ficaria feliz com meia hora. Pode me dar meia hora?

-Não, eu não posso te dar meia hora, Alfonso. Eu quero saber agora que droga você foi aprontar. -Ela cruzou os braços sobre o peito.

-Pelo amor de Deus, eu só preciso de meia hora. -Ele resmungou e esfregou as mãos no rosto, sua paciência agora já não era tanta.

-Ok. Você tem meia hora contada no relógio e é bom não ser mais nenhuma gracinha sua, ou eu te mato! Me ouviu? -Ela ameaçou e ele deu um sorriso de canto satisfeito.

-Perfeito, meia hora é tudo o que eu preciso. -Ele dissera ignorando completamente a ameaça. -Te amo. Não surta. -Pediu antes de roubar um selinho que ela não teve tempo de impedir.

Revirando os olhos a cada cinco segundos e completamente insatisfeita, Anahi subiu para o andar de cima. No quarto do casal, ela ficou planejando como mataria o companheiro caso ele tivesse a traído. A cada dois minutos, ela olhava para o relógio sobre a mesinha de canto da cama, afim de que os minutos passassem mais de pressa.

Um pouco mais calma com o passar dos minutos, passou a ligeira ideia de que Alfonso jamais a trairia em sua cabeça, e então ela tentou achar justificativas para àquela ligação estranhamente pouco formal.

Quando os ponteiros indicaram que meia hora inteira haviam se passado, ela se levantou e quando abriu a porta, deu de cara com Alfonso com um sorriso nos lábios.

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora