Capítulo 105

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Manuela fungou tentando se acalmar e depois tomou alguns goles da água que Alfonso troxera.

-Isso, agora respira fundo. -Orientou a mãe alisando suas costas. -Com calma, agora me explica o que está acontecendo com você.

Manuela soluçou com a respiração falha e ficou encarando a xícara de água em suas mãos trêmulas, sem saber ao certo por onde iniciar aquela conversa.

-Preciso que se abra. Não fique com medo, você sabe que nunca vou te julgar. -Dissera Anahi. -Vamos, me conte.

-Tudo bem. -Concordou a menina antes de respirar fundo e soluçar mais uma vez, agora ao menos, estava um pouco mais calma. -Lembra do menino que comentei umas semanas atrás?

-O idiota com quem você saiu uma vez e dias depois estava dando em cima da sua amiga? -Lembrou Anahi. -Como eu poderia esquecer?

-É, eu fiquei com ele de novo. -Dissera Manuela depois de um suspiro. 

-Ah.... -Anahi emitiu um som que aparentava um misto de surpresa e uma leve fagulha de desapontamento, já que mesmo com as poucas informações que tinha sobre o rapaz, a loira já o detestava.

-Essa não é a pior parte. -A menina avisou e encarou a mãe. -Fomos para a cama e agora minha menstruação está atrasada.

-Manuela, pelo amor de Deus. -Dissera Anahi espantada.

-Você disse que não ia julgar. -Brigou menina.

-Não estou julgando, mas estou espantada. Pelo o que me falou dele, ele sai com muitas meninas, filha. Você usou camisinha? -Perguntou a loira preocupada. -Eu já te falei sobre doenças.

-Eu sei, mamãe, eu usei. Eu juro que eu o detesto, mas ele é tão bonito. Encontrei ele em uma festa e depois de umas bebidas, eu não resisti. -Choramingou a menina voltando a encher os olhos de lágrimas. -A camisinha deve ter rompido, ou sei lá... Porque minha menstruação está atrasada há alguns dias.

-Minha filha. -Choramingou agora a loira puxando a filha para um abraço. -Ele já está sabendo disso?

-Sim, mas quando eu contei, ele debochou e disse que provavelmente o filho não era dele. Que poderia ser de qualquer um porque ele não acreditou que eu só saí com ele nos últimos dias. -Contou a menina, na mesma hora Anahi sentiu o sangue ferver.

-O que? É bom esse moleque nunca cruzar o meu caminho nunca, senão eu mato ele com minhas próprias mãos! -Dissera a loira furiosa antes de depositar um beijo casto no ropo da cabeça da filha.

-Eu soquei a cara dele antes de vir, fiquei cega de raiva. Depois disso, comecei a chorar como uma louca, peguei o que eu precisava para voltar para cá e vim no mesmo instante. -Contou a menina.

-Bateu nele com força? -Perguntou a loira, uma resposta positiva poderia agradá-la.

-Bati. -Contou Manuela, antes de soltar um riso fraco ao saber da aprovação da mãe.

-Você fez um teste? -Perguntou Anahi antes de receber uma resposta negativa logo em seguida. -Vamos fazer um agora então, de qualquer forma, sua família vai estar aqui com você seja lá qual for o resultado, ok?

-Ok. -A menina sorriu fraco desfazendo o abraço. -Estou com tanto medo.

-Está tudo bem, estou aqui com você e vou estar sempre que necessário. Uma gravidez às vezes nem sempre vem em uma boa hora. -Anahi deu de ombros. -Lembra como eu também fiquei assustada ao descobrir os gêmeos? Agora está tudo perfeitamente bem. 

-Certo. -A menina sorriu fraco. -Mas não fala pro papai ainda, não até eu saber o resultado. -Ela pediu, sabia que seu pai pegaria o primeiro avião para ir atrás do sujeito que a engravidou e a insultou logo depois.

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora