Capítulo 133

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Três meses depois e as coisas pareciam entrar nos eixos. A vida de casados estava sendo uma maravilha para Anahi e Alfonso que cada vez mais estavam grudados, cada vez mais felizes e cada vez mais amando um ao outro. A gestação de Anahi, que já estava na reta final, também estava indo bem, com os exames que davam para fazer com os bebês ainda no útero, não fora descoberto nenhuma alteração, para o alívio de toda a família.

Peter tinha finalmente voltado de viagem e com a mudança de vez da loira para a casa do marido, Peter acabou indo com ela, a convite dos dois.

Manuela também tinha voltado para a Suiça e estava contente com o seu desempenho na faculdade.
Daniel ainda seguia os passos do pai que estava a cada dia que passava, mais orgulhoso. Os dois passavam muitas horas do dia juntos, resolvendo coisas do trabalho e isso deixava Anahi contente, já que lembra bem da vez que Alfonso falou com ela sobre sua vontade de ser mais "próximo" do filho.

Miguel e Rodrigo também estavam ótimos, resolveram dar mais um passo no relacionamento e resolveram que era hora de morar juntos.

Estava tudo perfeitamente bem na família, e não havia nada que pudesse estragar isso. Estavam todos ansiosos com a chegada dos gêmeos que tinham previsão para nascer entre o fim de semana que vem e o meio da semana.

Pov Alfonso

Quinta-feira, meio-dia, e eu estou voltando para casa mais cedo. Dirijo meu carro distraído, e luto para não pegar no sono enquanto estou com as mãos no volante, meus olhos parecem pesar uma tonelada cada e é difícil mantê-los abertos.

Eu bocejo e sacudo a cabeça, na tentativa de me manter acordado, mas é em vão. Acho que peguei no sono por milésimos de segundo e quando me dou conta, há uma batida.

- Merda! - Xingo quando percebo que bati na traseira de outro carro. Não foi uma grande batida, mas ainda assim, foi o suficiente para um homem alto sair do veículo à minha frente, parecendo muito irritado.

- Você é maluco, cara? Tirou a carta aonde? - Ele questiona quando eu desço do meu carro.

- Mil desculpas, eu cochilei...

- Cochilou? Você vai pagar o conserto do meu carro! - Ele soa ainda mais irritado, uma pequena multidão de curiosos começa a se formar e de repente, eu também estou ficando irritado.

- Eu já disse que foi um acidente, eu pago essa merda de carro, se quiser eu compro três novos para você porque eu tenho dinheiro para isso. - Eu retruco antes de analisar o estrago do meu próprio carro. Apesar de não ter sido uma grande batida, ainda assim, foi o bastante para gerar um estrago considerável nos dois veículos.

- Grande merda o seu dinheiro. - Ele desdenhou. - Só quero que pague o conserto do meu carro.

- Eu compro um novo para você, assim, você para de andar com essa lata velha por aí. - Pego o cartão da minha vinícola no carro e entrego para o idiota. - Entra em contato quando escolher um modelo descente. - Digo por fim antes de voltar para dentro do meu carro e sair dali sem me importar com o quando pude parecer soberbo.

Quando volto a dirigir, percebo que não estou mais com sono devido ao susto que a batida repentina me causou, mas ainda estou cansado. Dormir tem sido uma tarefa difícil e os gêmeos nem nasceram ainda. A noite passada foi a pior. Resolvemos dormir mais cedo porque hoje eu teria que estar de pé já às cinco da manhã, então, às nove da noite já estávamos na cama. Peter já estava em sua casa, nos fundos da nossa residência, então Anahi não queria incomodá-lo. Sendo assim, me acordou às dez e meia da noite, alegando estar muito afim de comer muffins recheados com chocolate.

É óbvio que eu me levantei, vesti um avental e fui preparar tudo o que ela queria. Estava gostoso, eu imagino, já que dos dez bolinhos que eu assei, ela comeu sete. Descobrimos mais tarde que não foi uma boa ideia ela comer tantos, já que vomitou tudo uma hora e meia depois. Acordei novamente com o barulho dela no banheiro. Fiquei com ela até o enjôo passar e aí já eram tantas da madrugada. Também era difícil encontrar uma boa posição para dormir, visto que sua barriga estava enorme, então ela se remexeu muito na cama, até conseguir pegar no sono.

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora