Capítulo 55

297 20 7
                                    

-É, era o próprio! -Contou Anahi, ainda sorridente.

Manuela se ajeitou na cama, se deitando ao lado da mãe, as duas fitando o teto.

-Ele dormiu aqui? -A menina perguntou curiosa.

-É. Mas não fizemos nada! Ele chegou bêbado ontem a noite aqui, veio confessar que me ama e que se eu fosse embora sem me despedir, ele morreria! -Contou Anahi achando graça.

-Que drama. -Zombou a menina. -Você contou que não vai mais ir embora?

-Contei... e aí ele me chamou de "meu amor" e me convidou para um cinema mais tarde. -Contou Anahi que não conseguia parar de sorrir, suas bochechas até doíam.

-Esse foi um dos motivos por eu ter te convencido a ficar. -Dissera a menina.

-O que?. -Perguntou Anahi curiosa, virando o rosto para encarar a filha.

-Você não consegue falar dele sem sorrir, mamãe! -Observou a menina. -É lindo de ver o quanto vocês são apaixonados um pelo outro, sério! Vocês passaram por tanta coisa e agora parece que finalmente vão poder ficar juntos.

-É só um cinema... -Dissera Anahi, mais para si mesma. A loira não queria criar muitas expectativas, apesar de já serem altas.

-Nunca é só um cinema! -Dissera Manuela com malícia na voz.

-O que está insinuando? -Quis saber Anahi estreitando os olhos azuis para a menina.

-Você sabe o que estou insinuando... você sabe, mamãe! -A menina gargalhou e então se levantou. -Eu bem que queria mesmo um irmãozinho. -Provocou ela.

Anahi pegou o travesseiro mais próximo que tinha e o jogou na direção da menina, que se abaixou enquanto gargalhava para não ser atingida.

-Sai! -Expulsou Anahi segurando o riso.

Anahi gargalhou quando a menina saiu e negou com a cabeça, pensando em onde aquele -aparentemente- inofensivo passeio ao cinema poderia acabar.

Ao longo de todo o restante da manhã e o início da tarde, Anahi deixou Alfonso esperando por uma resposta ao seu convite. Ela já sabia que resposta daria a ele, soube assim que ele fizera o convite, mas ela gostava de fazer suspense, sabia que o tempero para o interesse, era o bom e velho suspense, a expectativa, a emoção da conquista...

Quando enviou uma mensagem a ele, o relógio já marcava 18:00h e ela pediu que ele a buscasse em casa às 20:00. Sendo assim, eles teriam um encontro, porque cá entre nós? Era de fato um encontro!

Anahi já havia trocado de vestido inúmeras vezes, sempre amava a peça que colocava primeiro, mas após encarar seu reflexo no espelho por alguns minutos, ela encontrava vários defeitos e enfiava em sua cabeça que aquela não era uma boa opção.

-O primeiro vestido estava ótimo! -Dissera Manuela pela enésima vez, ela estava com a mãe, em seu quarto, vendo ela trocar look após look e nunca se decidir por um.

-Você acha? -Questionou a loira encarando o vestido sobre a cama, já que ela já estava com outro no corpo.

-Acho! E você também achou, mamãe! As paranóias da sua cabeça que a fizeram acreditar que não. -Dissera a menina, conhecendo perfeitamente a mãe que tinha.

-Não sei... acho muito simples esse. -Dissera Anahi fazendo careta, ainda encarando a peça sobre a cama.

-É um Versace preto de alcinhas finas, enfeitado com vários cristais Swarovski! É até pecado chamá-lo de "simples". -Dissera Manuela incrédula. -Meu fígado no mercado ilegal deve ser mais barato que esse vestido!

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora