Capítulo 04

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-Atirem logo ou abaixem as armas! Escolham logo pois estou ficando impaciente e vocês sabem bem como eu fico impaciente. -Dissera Anahi voltando a mirar em um depois no outro.

-Tudo bem. -Alfonso reconheceu a desvantagem e fora o primeiro a abaixar a sua arma.

-Rodrigo!. -Anahi dissera calmamente o nome do ex marido e ele entendeu que ela estava o repreendendo.

-Vou deixar bem claro que não estou nada contente com isso. -Dissera ele antes de também abaixar sua arma.

-Ótimo, agora as entregue para mim. -Pediu Anahi estendendo a mão livre.

-Eu não vou fazer isso. -Dissera Alfonso decidido.

-Ah, você vai. -Anahi soltara um riso divertido. -Você está na minha casa! É só encher minha paciência um pouquinho e eu mato você aqui mesmo. Eu estaria fazendo um favor ao meu pai, aposto que ele iria gostar.

Alfonso bem que queria retrucar, mas percebeu mesmo que sua desvantagem era grande. Era como se estivesse dois contra um, Anahi e Rodrigo não faziam exatamente uma dupla mas ele não podia contar com a sorte. Então ele riu de sua própria desgraça e fizera o que ela ordenou, mas não sem antes se mostrar visivelmente contrariado. Rodrigo fizera o mesmo logo depois de Alfonso.

-Perfeito! Obrigada pela compreensão, rapazes. -Anahi sorrira irônica-Peter!

-Estou aqui, do que precisa?. -O mordomo apareceu.

-Leve essas armas e as guarde em segurança, por favor. -Ela entregou as armas dos dois, mas ficara com a sua. Qualquer outro funcionário se chocaria com essa naturalidade vinda dela diante daquela situação, mas Peter estava acostumado com os esquemas da família.

-Acho que esqueceu de uma. -Alertou Alfonso sobre Anahi não ter entregue a sua arma.

-Eu vou ficar com a minha, não confio em vocês. -Ela dissera simples. -Vamos conversar um pouco, quero que se sentem. -Pediu ela colocando a arma no cós de sua calça, na parte de trás.

Rodrigo e Alfonso se entreolharam mas acabaram fazendo a vontade de Anahi. Um se sentou em um sofá e o outro no que sobrara, Anahi ficou de pé.

-Por que veio aqui, Herrera?. -Perguntou a loira.

-Acho que está bem claro que eu não fazia idéia de que meu filho estava me trazendo para cá. -Alfonso se defendeu.

-Eu não acredito nisso. -Rodrigo fez questão de deixar sua opinião as claras.

-Desde quando sua opinião se tornou relevante?. -Alfinetou Alfonso.

-Acho bom você medir suas palavras, antes que eu o faça engolir! -Rosnou Rodrigo em tom ameaçador, Anahi que presensceava a cena, revirou os olhos.

-Eu não tenho tempo para essa briga de vocês, eu só quero saber onde a minha filha está se metendo. -Ela entrou no meio dos dois. -Diga, Alfonso, você sabia ou não sabia de toda essa confusão?. -Pediu.

-Não, eu não teria concordado em vir pra esse jantar se eu soubesse que era com vocês, eu sequer concordo que meu filho tenha qualquer tipo de relacionamento com qualquer pessoa dessa família. -Dissera Alfonso.

-Veja lá como fala porque é da minha família que está falando!. -Reclamou Rodrigo.

-Herrera, se eu souber que está mentindo e isso tudo faz parte de algum plano da sua família, eu juro que eu mesma te caço até o inferno. Se você sonhar em se meter com a minha filha, eu juro que eu mato você. -Prometeu Anahi.

-E quem me garante que isso tudo não é algum plano da sua família?. -Perguntou Alfonso achando Anahi mais afrontosa do que ele se lembrava.

-Meu amor, eu tenho coisas muito mais relevantes para fazer do que concentrar minhas energias em você. A guerra que você tem com essa família não inclui a mim e a minha filha, e por mim, vocês podem se matar, contanto que não encostem em Manuela ou em mim, eu não me importo. -Ela dera de ombros e Alfonso riu sem humor.

-Tudo bem, então vamos supor que não seja mesmo armação de nenhuma das duas partes. -Começou Alfonso.

-O que eu duvido. -Contestou Rodrigo.

-Como nós resolveríamos a questão dos nossos filhos?. -Perguntou Alfonso ignorando o outro.

-Manuela se cansa rápido dos meninos. Apesar de eu estar achando ela apegada demais desta vez. Ela provavelmente vai se cansar do seu filho sem graça. -Disse Anahi.

-Conhece ele ha dois minutos e já tirou suas conclusões?. Perguntou Alfonso.

-Dado ao pai que ele tem não é difícil imaginar. -Ela dera de ombros.

-Não pode propor que a gente concorde com isso, Annie. -Dissera Rodrigo. -Minha filha não vai namorar um Herrera.

-Como se fosse favorável para mim o meu filho namorar uma Puente. -Disse Alfonso irônico.

-Esse relacionamento é coisa de jovem sem muita coisa para fazer, logo passa. Alguma vez você já ouviu seu filho falar da Manuela?. -Perguntou Anahi para Alfonso.

-Não. Mas também, ele nunca me levou pra conhecer a família de ninguém. -Dissera ele.

-Manuela não parava de trocar mensagens no celular quando saímos para resolver as coisas da.. -Rodrigo fez uma pausa, não queria informar ao inimigo que estavam prestes a dar uma festa. -Você sabe, Annie -Concluiu.

-Isso só comprova o que eu acabei de dizer. Conhece a Manuela, sabe que ela se apega muito fácil e depois ela simplesmente esquece, enjoa completamente. -Informou Annie.

Os dois ficaram calados analisando suas poças opções.

-Esse namoro não vai durar e quanto mais a gente se opor, mais eles vão adiante com isso. Confiem em mim, e apenas vamos deixar que acreditem que demos uma chance a eles. -Propôs Anahi.

-Não sei se estou muito certo disso. -Dissera Rodrigo.

-Pela primeira vez na vida, eu terei que concordar com esse sujeito. -Dissera Alfonso. -Não me sinto nada confortável com essa situação.

-Bom, vocês que sabem, mas já foram adolescentes um dia e sabem bem que quanto mais difíceis e "proibidas" ficam as coisas, para eles é mais divertido. -Anahi dissera se referindo aos adolescentes em questão mas parecia uma história muito familiar.

-Não acabou bem da última vez. -Relembrou Alfonso, sabendo que quando ocorrera entre ele e Anahi tudo entre as famílias ficou ainda pior.

-Só que desta vez não é com a gente. -Dissera Anahi. -Manuela é muito mais madura do que eu fui naquela época, e ela vai acabar enjoando antes que tudo vire uma grande merda outra vez.

-E até lá o que sugere que a gente faça?. -Perguntou Rodrigo.

-Primeiro vamos seguir com esse jantar como programado. Damos a entender que apesar de não satisfeitos, vamos dar uma chance a eles. Depois quando tudo acalmar um pouco, eu vou mostrar sutilmente para a Manu o quanto se meter com um Herrera é ruim. -Dissera Anahi.

-Eu detestei esse plano. -Disse Alfonso. -Mas pode funcionar. Assim que Daniel ver a enrascada que está se metendo ao tentar entrar pra essa família, talvez ele caia em si.

-Você demorou um pouco para se dar conta. -Alfinetou Anahi.

-Antes tarde do que nunca. -Rosnou Alfonso entre os dentes.

-Isso não é sobre vocês!. -Alertou Rodrigo. -Se fôssemos seguir esse plano, como ficariam as coisas entre as duas famílias?

-Meu pai não pode sonhar que isso está acontecendo, não por enquanto e eu preciso que cuide disso, Rodrigo. -Pediu Anahi.

-Eu não sou servo de ninguém, eu sou meu próprio chefe, então posso garantir que se não fizerem nenhuma besteira, eu também não farei. -Dissera Alfonso e Rodrigo sentiu a Alfinetada em cheio.

-Ok, então estamos de acordo?. -Perguntou Anahi para ter certeza.

Os dois outros se entreolharam e após pensar um pouco, concordaram. Ainda não estavam cem por cento confiantes mas acabaram por concordar.

-Certo, então vamos fingir que somos pessoas normais e que não queremos nos matar. -Ela respirou fundo antes de gritar para o empregado. -PETER, POR FAVOR, PONHA A MESA PARA CINCO!

...

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora