Capítulo 70

290 20 3
                                    

-Não brinca. Eu ainda estou sonhando? -Ela perguntou com um sorriso no rosto quando se deparou com Alfonso ali, de carne e osso. Com um buquê de rosas brancas e vermelhas -que eram suas favoritas- nas mãos.

-Oi, meu amor! -Ele dissera sorrindo feito bobo quando ela pulou no colo dele o agarrando pelo pescoço.

Alfonso era forte, então facilmente ele conseguia sustentar o peso dela com apenas uma das mãos, enquanto a outra segurava o buquê.

-Por que não me avisou na ligação que estava vindo? -Ela perguntou inspirando o perfume do pescoço dele, que ela havia sentido tanta falta.

-Queria fazer uma surpresa! -Ele dissera e quando ela levantou o rosto para encara-lo, ele a beijou nos lábios.

-Estou surpresa! -Ela garantiu. -Senti tanta saudade! -Dissera ficando de pé.

-Não mais que eu! -Ele garantiu. -Isso é pra você. Ainda são suas favoritas? -Questionou com expectativa.

-São! -Ela dissera empolgada pegando o buquê. -São lindas, obrigada! -Ela dissera sentindo o perfume das rosas.

-Não foi nada! -Ele disse se sentando na cama dela.

Ele a seguia com os olhos enquanto Anahi pegava uma jarra, enchia de água na pia do banheiro e voltava, colocando as rosas ao lado de sua cama, na mesinha.

-Como foi passar esses dias sem mim? -Ele perguntou a olhando.

-Terrivel! -Ela dissera sem cerimônias. -Devastador, péssimo, horrendo...!

-Como é exagerada! -Ele brincou achando graça.

-É a verdade! -Ela dissera sentando em seu colo, de lado. -Como foi lá sem mim?

-Terrivel, devastador, péssimo e horrendo! -Ele brincou repetindo o que ela tinha dito e recebeu um tapinha na testa. -Acho que eu fiquei pior que você, você ao menos tinha companhia. -Ele se lembrou colocando uma das mãos na barriga dela, a fazendo sorrir.

-Verdade. E é uma companhia e tanto! -Ela dissera pondo a mão sobre a dele. -Nós sentimos saudades não foi, bebê? -Ela perguntou como se fosse obter uma resposta da criança ainda em início de formação em seu útero.

-Também senti saudade de vocês dois. Aliás, vou buscar uma coisa que esqueci no carro. -Ele dissera antes de dar um selinho nela e a tirar delicadamente do seu colo, a sentando na cama.

Ele saiu as pressas do quarto antes que ela pudesse responder alguma coisa.

Quando ele voltou com uma caixinha branca nas mãos, pouco depois, Anahi sorriu curiosa.

-O que é isso? -Ela perguntou desconfiada.

-Eu sei que ainda é cedo, mas quando vi, eu não pude resistir! -Ele dissera se sentando ao lado dela, já dando explicações.

Anahi desfez o laço da caixa com cuidado e a abriu, revelando três sapatinhos de bebê feitos inteiramente de crochê. Um par era azul, outro rosa, e o terceiro era branco.

-Alfonso... -Ela dissera tirando os sapatinhos da caixa para ver melhor, ela estava maravilhada, era tão fofo e delicado que ela sentiu o coração apertar. Já se imaginava segurando um bebê com aqueles sapatinhos.

-Como não sabemos ainda se é menina ou menino, eu trouxe um rosa e um azul... -Ele coçou a nuca e ela riu achando tudo muito fofo.

-E o branco? -Ela perguntou.

-Esse era para o caso de você não gostar dos coloridos. -Ele dissera.

-Eu amei os três! -Ela tratou de dizer e o puxou para um selinho demorado que foi dado de bom grado. -Obrigada por ter continuado sendo essa pessoa incrível por todos esses anos, Alfonso!

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora