Capítulo 72

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Tempos depois, mais calmos e familiarizados com a descoberta dos gêmeos, Anahi sentiu fome, então Alfonso a levou para um restaurante ali próximo à clínica mesmo.

Os dois estavam sentados do lado de dentro do estabelecimento, em uma mesa ao lado de uma grande janela que dava vista para a rua, enquanto ela devorava um prato de macarrão com molho branco e ele a observava, apenas tomando um suco, pensativo.

-Está uma delícia, não vai comer nada? -Ela perguntou o olhando.

-Não estou com fome, amor. -Ele dissera.

-Está pensativo desde que saímos da clínica. -Ela observou depois de dar uns goles em seu suco.

-É eu estou mesmo. Gêmeos, amor! -Ele dissera preocupado outra vez, apesar de mais familiarizado com a notícia, ela ainda lhe causava um arrepio na espinha.

-É, agora não tem como voltar atrás. -Ela dissera terminando seu prato satisfeita. -Vamos mesmo ter gêmeos, estou evitando pensar muito nisso agora senão eu vou ter um surto! -Ela confessou.

Alfonso riu e a observou limpar a boca com o guardanapo.

-Meses atrás a gente estava brigando, e agora vamos ter gêmeos. -Ele dissera.

-Nem o futuro esperava por essa! -Ela dissera depois de dar mais alguns goles no suco.

-A cigana já sabia. Vai ver esse era o nosso destino. -Ele contou achando graça, e meio meloso o que dissera. A verdade era que ele estava começando a acreditar em destino, se não fosse isso, o que mais teria feito eles voltarem a se encontrar?

-Apesar de estar tudo uma loucura agora, eu passaria por tudo outra vez se fosse pra ficarmos juntos como estamos agora, meu amor! -Ela contou sorrindo, o que fez ele sorrir também.

-Eu também passaria por tudo de novo, até pelos foras humilhantes que você me deu! -Ele brincou fazendo ela gargalhar.

-Não sei onde eu estava com a cabeça quando te dei aqueles foras. -Ela fora sincera.

-Eu sei, você não queria cair de novo nos meus encantos! -Ele se gabou, fazendo ela negar com a cabeça.

-Você é muito convencido! Eu estava na verdade te protegendo. -Ela contestou.

-Ah, é mesmo? -Ele perguntou achando graça.

-É, eu sabia que se você caísse nos meus encantos outra vez, não conseguiria mais escapar! -Ela disse, agora era ela quem se gabava e ele negava rindo.

-Como um canto de uma sereia? -Ele quis saber, ainda achando graça.

-Pior! As sereias, após o encanto, matam logo, você vai ficar encantado comigo até morrer bem velhinho! -Ela contou.

-Certo, entendi. -Ele riu. -Eu amo esse seu jeitinho, sabia? -Ele confessou.

-Que jeitinho? -Ela quis saber.

-Esse seu jeitinho meigo de ser. É toda delicadinha, parece uma princesa, mas quando precisa, você é mais durona que eu! -Ele elogiou ela enquanto a via sorrir feito boba!

-Eu amo seus elogios! -Ela dissera corando.

-E eu amo você! -Ele devolveu fazendo o sorriso dela se alargar mais.

Mais alguns minutos conversando e Anahi pediu para ir embora, pois queria contar aos outros sobre a notícia dos gêmeos. Então Alfonso pagou a conta, e quando já iam entrar no carro para voltarem para a casa dela, Anahi recebeu uma ligação da oficina onde tinha deixado o seu carro quebrado no dia do incidente com o vizinho, avisando que o mesmo já estava pronto. Então mudaram a rota e foram até lá.

Por Nossos Filhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora