No caminho todo para casa, Caetano repetiu o nome dele. Antony Knox, mais tarde, enquanto tomava um banho quente, ele fez o mesmo. Pouco a pouco, a imagem dele ficou completa, pedaço por pedaço.
Caetano: ( Eu lembro dele. Ele era magro, bonitinho e quieto, um bom garoto. Um garoto meio nerd, obcecado por aviões - era como eu via ele. Nós íamos para a escola na mesma van, ele usava o chapéu de piloto do pai e fazia saudação pra todo mundo que entrava na sala. Todos consideravam ele estranho, mas eu não. Eu queria ser amigo dele. Hm... Não acredito no que a Fátima contou, é como se fosse outra pessoa. Será que ela deixou passar alguma informação sobre ele? Imagino... Com quem ele mora naquela casa? Não acredito que é o Antony que eu conhecia, o garoto que ajudava todo mundo, o garoto que guardou o meu segredo sobre a minha condição rara. Devo ir lá e falar com ele? )
Caetano olhou ao redor, não havia sinais de vida. Nenhuma cama para arrumar, já que ele não usava a dias. Nenhum prato para lavar, roupas para secar, nada ao que ele poderia se dedicar.
Caetano: ( Meus vizinhos estão incomodados com Antony Knox e eu tenho que ajudar eles. )
Cinco minutos depois, ele estava no seu carro e indo para a propriedade. A caminho de lá, Caetano parou no açougueiro e comprou um grande pedaço de carne para o cachorro que Fátima mencionou. Logo ele chegou na casa nós arredores do bairro, quando Caetano chegou, ficou surpreso de ver um cercado com uma cerca de arame. Ele definitivamente tinha planos para isso.
Caetano: ( Não consigo entrar, o que eu faço? Sim, vou pular a cerca no caso do portão estar trancado. )
Segurando a sacola com a carne, ele se aproximou da cerca. Estava trancada com correntes, não havia jeito de destrancar.
Caetano: Definitivamente vou pular por cima, sou magro e ágil, não deve ser um problema.
Ele corajosamente pisou na cerca e logo se viu do outro lado dela.
Caetano: ( Não acredito! Eu consegui! )
Mas logo que seus pés tocaram o chão, Caetano ouviu um som desagradável.
Caetano: ( Meu Deus! )
Não era o latido de um cão normal, parecia o rosnado de uma besta. Caetano jogou o pedaço de carne para o cachorro, ele cheirou primeiro e começou a comer. Caetano se sentiu aliviado e começou a ir até a casa.
Caetano: ( Ah, essa foi perto. )
O coração dele batia alto e gotas de suor desciam pela sua testa. Caetano estava a dez metros da casa quando o cachorro olhou e percebeu que ele estava tentando enganá-lo e começou a latir e correr até ele. Caetano corre como nunca até a casa, agarrou a maçaneta rezando para que a porta não estivesse trancada. E não estava! Ele correu para dentro ofegante e se apoiou na porta. O latido logo desapareceu, mas foi substituído por uma voz, isso foi seguido pela sensação de metal gelado contra sua têmpora.
Antony: Um movimento e você vai para o céu, Pérola!
Continua...
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O toque da Besta (Romance Gay +18)
RomanceCaetano é um homem jovem de luto pelo seu marido. Com uma condição rara, ele consegue engravidar. Quando um estranho chega na cidade e começa a provocar todos, ele vai despertar sentimentos esquecidos nele. Caetano vai conseguir descobrir o segredo...