AS SUAS CICATRIZES

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Antony o trancafiou no seu abraço e não se moveu, a única coisa que Caetano sentia era a respiração dele. Antony absorveu o cheiro do cabelo dele, e Caetano tentou ignorar o calor dos dedos dele na sua barriga, mas era precisamente essa sensação que o fez dormir e acalmou a dor dentro do seu corpo.

Caetano acordou se sentindo renovado e descansado depois de uma noite sem chorar. Caetano percebeu que, no seu sono, ele se virou e ficou de frente para Antony. O rosto dele, iluminando pelo amanhecer, estava perto do dele, e suas pernas estavam entrelaçadas, Caetano encarou ele.

Caetano: ( Ah Deus, como isso é bom, Que efeito de cura isso parece ter!  )

Então os olhos dele caíram no pescoço de Antony, havia uma cicatriz que começava no pescoço e descia para o corpo dele. Caetano estava curioso para saber onde a cicatriz terminava, então não resistiu à ideia de checar isso, apesar da possibilidade de ser pêgo no flagra. Ele sentiu vontade de gritar:

Caetano: ( Quem te machucou assim? Quem fez isso com você?  )

Caetano precisava saber isso, ouvir a confissão dele. Ele moveu sua mão esquerda e a colocou por debaixo da camiseta dele, seus dedos estavam deslizando pelo abdômen de Antony . Então de repente ele parou e fechou os olhos para conter as lágrimas. O peitoral de Antony  estava coberto de cicatrizes, ele abriu os olhos e observou o seu rosto.

Caetano: (  Tenho certeza de que ele não está dormindo. Posso sentir isso. ) Antony ? Você não está dormindo, está?

Antony: Não, não estou. Então você tinha que tocar nelas, certo? Apesar das minhas ordens.

Caetano: Eu só não consegui evitar, não consigo explicar. Se te dissesse que só queria esquentar as minhas mãos, seria mentira, certo? Eu só queria...

Antony: Você só quer? VOCÊ quer? E o que eu quero? E isso?

Antony retirou os braços de Caetano, mas seu rosto continuou perto.

Caetano: Por que você não me parou?

Antony: Porque eu queria ver se você se conteria, pelo menos uma vez, se você me obedeceria ou passaria do limite como sempre faz.

Caetano: Eu queria ver todas suas cicatrizes de perto. Observar elas, tocar elas! Mas já que você não gosta que eu veja elas, eu não vou insistir mais.

Antony: Pensando melhor, talvez não seja uma má ideia deixar você ver elas. Talvez isso faça você ir embora.

Antony tirou a camisa e Caetano viu algo que fez ele olhar com espanto. Um homem como uma obra de arte! Sua pele, como uma tela, coberta de imagens, cada tatuagem complementava a outra: a cabeça de uma mulher, um anjo, uma flor, asas, palavras ilegíveis, e tudo isso com um único propósito - esconder as cicatrizes.

Caetano encarava o peitoral e o abdômen dele, e então estendeu seu braço até ele. Antony encarou o braço dele, mas não se afastou.

Caetano: Isso é... você é...

Caetano ficou tocado pelo fato de Antony mostrar seu corpo a ele.

Antony: Você pode me chamar do que quiser, eu já tive todos os "apelidos".

Caetano: Lamento ouvir isso. Eu só...

Ele colocou sua mão no peitoral dele e seus olhos se encontraram.

Caetano: Antony, você é... Magnífico, lindo.

Antony: Eu... você é o primeiro a me falar isso. O primeiro até hoje! Pare com isso, Caetano! Pare agora mesmo!

Antony agarrou o pulso dele com a intenção de afastá-lo, contudo, Caetano pressionou as mãos contra o peitoral dele ainda mais forte, empurrando-o para trás, e então ele fez algo que não tinha planejado: Ele subiu em cima de Antony.

Caetano: VOCÊ pare!

Continua...

O toque da Besta (Romance Gay +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora