EU QUERO VOCÊ

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Agora estava claro para ele.

Caetano: Eu tenho que beber algo, sente. Até onde  eu concluí, você está de pé a mais de uma hora e meia.

Ele foi para a cozinha fazer o chá para si mesmo. Quando Caetano voltou, ele estava se sentando no sofá. Ele tentou esconder o fato de estar tão animado por Antony Knox estar na sua casa. Caetano sentou na frente dele e colocou a xícara na mesa.

Caetano: Então?

Antony: O quê?

Caetano: Não finja que você não sabe. Você ficou de pé na minha casa por uma hora?

Antony: Sim, algo assim.

A confissão dele deixou Caetano sem palavras novamente.

Antony: E você chorou de novo, certo?

Caetano: Sim.

Os dois ficaram em silêncio, mas seus olhos falavam. Então, ele falou com um tom sério, e soou até julgador.

Antony: Quem é ele? O homem que saiu da sua casa a essa hora da noite?

Caetano: Era o irmão do meu marido.

Antony: Seu cunhado, Caetano?

Antony deu ênfase ao nome dele, e Caetano sabia o que ele queria dizer.

Caetano: Sim, meu cunhado, eu disse claramente - irmão do meu marido. Essa é a casa dele.

Antony: Então aonde ele foi?

Caetano: Eu não sei.

Antony: Ele saiu bem bravo, jogou a mala no carro e bateu a porta igualmente furioso.

Caetano: Bem, nós...meio que discutirmos. Discordamos de algo e...

Antony levantou uma sombrancelha e olhou atravessado para ele.

Caetano: Não olhe para mim assim!

Alguns momentos depois, quando ele se aproximou, Caetano percebeu que teria que contar tudo a ele. Ele abaixou o olhar, a mão de Antony tocou seu rosto.

Antony: O que ele fez com você?

Caetano: Nada...

Antony: Ah, sim, ele fez. Ele fez alguma coisa com você, eu sei disso.

Caetano: Ele queria algo, mas...

Ele levantou o olhar e o direcionou ao fogo no olhar dele.

Antony: O que ele queria?!

Antony levantou a voz, ao mesmo tempo que aproximou seu rosto ao dele, até Caetano sentir o calor da sua respiração na sua bochecha.

Caetano: Ele queria algo que não pode ter. Ele...me queria.

Caetano observou cuidadosamente a reação dele e pôde ouvir ele rangendo os dentes.

Caetano: O fim de semana todo ele tentou me convencer que o Leonardo gostaria de me ver feliz. Que eu devia seguir com a minha vida e achar outro homem. E mais, ele disse que me entendia, que eu era diferente dos outros homens. E então, um tempo atrás, ele tentou abrir os meus olhos de forma estranha e quando eu explodi, ele tentou me beijar.

Caetano podia ver, pela expressão de Antony, que ele não gostou do que ouviu.

Antony: Ele beijou você?!

Caetano: Ele só conseguiu tocas os seus lábios nos meus. Eu conseguir parar ele a tempo, eu não queria que ele me beijasse...não ele.

Caetano imediatamente sabia o que essas últimas duas palavras revelavam sobre ele. Mas não era o momento de ser delicado, mas sincero.

Antony: Não ele, mas...? Outra pessoa, certo?

Caetano: Eu quero VOCÊ!

Antony: Eu? Fico impressionado com a sua coragem. Você disse isso sem hesitar.

Caetano: Porque eu sei bem o que eu quero.

O rosto dele parecia intenso, mas Caetano via algo além de raiva no olhar dele. Ele rezava para que fosse o mesmo desejo que ele tinha, então Antony fechou os olhos.

Antony: Não, Caetano. Você não pode ME querer!

Continua...

O toque da Besta (Romance Gay +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora