O FILME INAPROPRIADO

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Esse pensamento de alguma forma veio inapropriado naquele momento, o que ele passou naquela casa e naquele abraço.

Caetano: ( Droga. Devo ser masoquista, depois de toda dor que passei, procuro insultos e rejeição. Talvez seja esse motivo de Antony vir à mente. Eu escolhi o impossível, ele nunca olharia para mim assim. Não faço o tipo dele. )

Leandro: Sim, eu realmente acho que sim. Você devia virar a página, por que não se muda pra Oxford e encontra outro emprego? Eu posso ajudar.

Caetano: Eu amo esse trabalho, por enquanto eu quero ficar aqui.

Leandro: Mas eu poderia te ajudar a achar um ótimo emprego em Oxford. Além do quê, você ficaria perto da sua mãe e de mim.

Caetano: Leandro, isso seria demais para mim nesse momento. Ainda estou me acostumando a viver sem o Leonardo, quando ele adoeceu no início do ano, eu nunca pensei que tudo mudaria tão de repente. Tudo! Então posso considerar várias opções, mas ainda é cedo demais para mudanças.

Leandro: Ok. Sim, tem razão. Só tenha em mente as possibilidades. Estou sempre do seu lado.

Caetano: Eu sei, obrigado, você é ótimo.

Caetano agradeceu ele sinceramente quando Leandro estendeu os braços para abracá-lo.

Leandro: Então, o que nós vamos fazer nesse fim de semana?

Ele ficou feliz por Leandro mudar de assunto. Contudo, não estava tão feliz, porque Caetano sabia que não conseguiria visitar Antony.

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DOIS DIAS DEPOIS...

Caetano passou sábado e domingo com Leandro. Eles assistiram filmes, caminharam, falaram sobre o trabalho dele, arrumaram algumas coisas do Leonardo. Caetano não dormiu no quarto que costumava compartilhar com seu marido, ao invés disso, ele dormiu no sofá da sala. Leandro  notou isso. Naquele domingo à noite eles iam assistir um filme que Leandro escolheu.

Leandro: Você tem descansado bem dormindo no sofá?

Caetano: Sim, mais ou menos. Essa é a única opção para mim por enquanto.

Leandro: Você não consegue dormir no quarto?

Caetano: Não, não consigo.

Depois de um tempo, eles pararam de conversar e concentraram no filme. De repente, Leandro colocou o braço nos ombros de Caetano, o que o incomodou.

Caetano: Leandro, por favor...

Leandro: O quê, querido?

Caetano: Tire o braço do meu ombro, por favor. Estou desconfortável.

Leandro: Tudo bem, tudo bem, se acalme. Eu não sabia que você podia ficar tão irritado.

Apesar de ele amar assistir filmes, esse não era um que Caetano esperava ver. Ele notou desde o início que havia algo mais nele.

Caetano: Leandro, que tipo de filme é esse?

Leandro: Um drama.

Caetano: Posso ver que é um drama, mas...podemos assistir outra coisa? Eu não gostei desse filme.

Leandro: Eu não entendo...

Caetano: Eu vi o suficiente para perceber que é a história de uma mulher cujo marido morreu num acidente e ela começou um relacionamento com o irmão dele. É inapropriado, pare o filme.

Leandro: Caetano?

Caetano: PARE O FILME!

Caetano instintivamente gritou com ele, pegou o controle e desligou a TV. Ele levantou do sofá e estava pronto para sair de casa, quando Leandro  o segura pela mão.

Leandro: Me perdoe, por favor. Eu não quis te magoar. Eu posso explicar.

Caetano: Explique! Estou ouvindo.

Leandro: Eu...eu só queria que você percebesse... Caetano, por favor, se vire e olhe pra mim.

Ele se virou porque sentiu a dor e sinceridade na voz dele. Leandro então colocou suas mãos no rosto de Caetano e mudou o tom de voz.

Leandro: A ferida está nova, mas ainda assim, tem pessoas ao seu redor que te amam e querem ver você feliz. Pessoas seguem em frente até nas mais difíceis situações...

Caetano: Ok, e?

Leandro segurava ele tão firmemente que Caetano não conseguia se libertar, apesar de querer fazer isso.

Leandro: Não é só um filme, é a vida real. A mulher não tinha um marido, mas ela certamente tinha alguém que a amava ainda mais...

Caetano: Leandro, você está se referindo ao irmão do marido dela ou...

Leandro: Estou me referindo a mim mesmo, Caetano.

Leandro aproximou o seu rosto do dele, seus olhos fixos nos lábios dele. Caetano olhou para ele confuso, e então os lábios de Leandro tocaram os dele.

Continua...

O toque da Besta (Romance Gay +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora