NO BANHEIRO DA BESTA

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Antony estava segurando ele em seus braços e o levando para sua casa.


Antony: Vou te levar para dentro.

Caetano: Estou feliz em te ver...


Caetano estava encharcado no quarto quente dele, ele percebeu que Antony havia tirado as correntes por causa dele. Isso significava que ele ainda tinha compaixão lá no fundo, a respiração de Caetano esquentou e ele percebeu que ainda estava sendo carregado. Eles olharam um para o outro como se nenhum dos dois soubesse o que aconteceria.


Caetano: ( Por que ele ainda está me segurando? É como se não quisesse me colocar no chão. )


Antony sorriu para Caetano como se conseguisse ler a sua mente, então eles se olharam nos olhos um do outro por algum tempo. Antony o colocou no chão, mas eles ficaram próximos, olhando um para o outro. Caetano teve vontade de tocar cada cicatriz no rosto dele, ele levantou o braço com a intenção de ficar a cicatriz no pescoço dele, mas a ordem de Antony o interrompeu.


Antony: Não faça isso! Não me toque!


Caetano desviou o olhar, se sentindo envergonhado.


Antony: Tire as suas roupas!

Caetano: O quê?!

Antony: Tire as suas roupas e tome um banho. Ou melhor ainda, encha a banheira.

Caetano: Ah, sim, você quis dizer para eu não ficar resfriado, certo?

Antony: É claro, o que mais seria?


Caetano percebeu que ficou sozinho na casa dele, então perguntou, confuso:


Caetano: E você?

Antony: O que tem eu? Você quer que eu entre com você no banheiro?


Essas palavras fizeram o frio desaparecer e ele ficou quente na hora.



Caetano: Ah, não, não. Eu queria perguntar o que você vai fazer, vai pegar um resfriado também.

Antony: Não se preocupe comigo, eu sobrevivi a coisas muitos piores.



Caetano foi para o banheiro. Depois de abrir a porta de vidro, Caetano sentiu Antony pressionando-o para entrar.


Caetano: Perdão?


Então ele percebeu que Antony estava tentando fechar a janela.


Antony: Tem algo errado com o aquecedor da água, eu devia concertar isso também.

Caetano: Para que eu tome um choque, certo?


E então o olhar de Caetano parou na camiseta grudada no torso de Antony.


Antony: Se essa fosse a minha intenção, eu teria feito isso no nosso primeiro encontro, e até teria uma justificativa.

Caetano: Por que você não me deixou ir para casa?


Então Caetano levantou o olhar do torso de Antony para o seu rosto, só para notar ele encarando-o.


Antony: Se eu tivesse feito isso, eu não teria um lindo homem nu no meu banheiro agora.

Caetano: O que você está fazendo?

Antony: Você está se referindo a quê?



Caetano tinha certeza de que Antony estava brincando com ele.


Caetano: Com frases assim. Você quer me deixar confuso? Só para você saber, não vou cair nessa.

Antony: Você é doido.

Caetano: VOCÊ é doido!


Eles ficaram se encarando por algum tempo, e então começaram a gargalhar ao mesmo tempo, como se fosse combinado. Eles lembraram que costumavam falar um com o outro assim, quando eram amigos na escola. O sorriso deles confirmou isso.



Antony: Ok, agora entre. Nada vai te matar, não se preocupe.



Ele se virou para mexer na torneira e começou a sair.


Caetano: As suas frases são estúpidas. Igual àquela sobre o homem lindo no seu banheiro, você realmente pensou que eu fosse acreditar em você?


Antony se virou abruptamente enquanto Caetano estava tirando a roupa de devagar. Os olhos de Antony estava no rosto dele.



Antony: Explique.


Caetano continuou tirando a roupa, ele fez isso com cuidado para não revelar demais, mas pôde ver a faísca no olhar de Antony.


Caetano: Posso ver as suas verdadeiras intenções. Por que me faria elogios, quando já me falou que eu sou magrelo?



Continua...

O toque da Besta (Romance Gay +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora