dezessete

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  Depois que Giovanna me deu aquele beijo, eu fiquei sem reação

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  Depois que Giovanna me deu aquele beijo, eu fiquei sem reação. Os meninos falavam coisas do tipo "Caralho, mandou muito", "Que sorte", "Olha o amor". Mas eu só conseguia rir e ficar mais vermelho.

  Sobre Gio, apelido que me refiro a ela indiretamente, ela tem sido uma aventura. Eu a conhecia antes daquela bendita festa, onde tudo começou. Na verdade, eu conhecia seu trabalho. E estar onde eu estava naquele dia era proposital. Foi um plano de última hora, mas proposital.

  Aquele repórter, Stefan ou Stan, estava me perguntando e me seguindo fazia alguns minutos. Então, decidi fazer um teatro de fingir que minha namorada estava na festa, eu só não esperava que ele fosse me seguir até a porta do banheiro.

  No caminho, tinha percebido que Giovanna estava entrando no banheiro feminino. Naquele momento decidi que, se fosse fingir, fingiria com a menina mais bonita da festa. Eu realmente achei que não ia causar tanta repercussão assim, e depois de despistar o repórter, seríamos apenas amigos. Eu sei, parece algo que acabei de criar, mas se entendessem meu desespero, saberiam que qualquer um faria aquilo se achasse que não iria além.

  Mas ficou muito sério. E agora estamos aqui. Não sabia se o beijo tinha sido mera ilusão para câmeras, mas eu esperava que não. Porque nesse mês que estive fingindo o namoro, percebi que talvez eu quisesse algo sério.

  Digo, não demora tanto assim para você perceber que aquela pessoa te faz bem. E já consegui fazer minhas observações.

  Ela continuava dançando com as meninas quando a música trocou para Need to Know, Doja Cat. Os meninos foram puxados para dançar com suas namoradas, mas acho que a vergonha também consumiu Giovanna porque ela olhava pra mim enquanto bebia mas não se movia.

   Então eu tomei a atitude de ir até ela e a puxar pra mim. Passei meus braços agarrando a cintura e ela passou às mãos pela minha nuca devagar, com suas unhas pela minha pele, me fazendo arrepiar um pouco. Ela cantava umas parte da música com as meninas, mesmo agarrada a mim. Não quis me arriscar a dançar, mas o corpo dela batia contra o meu nos seus movimentos e aquilo tava me fazendo ficar vidrado nela.

A gota d'água foi quando ela cantou olhando nos meus olhos:

(minuto 1:59- 2:28)

E, mesmo depois de apenas algumas horinhas de festa. Eu queria ir embora, porque talvez hoje fosse o dia que aquilo que eu estava adiantando, acontecesse.

— Quer sair daqui? - eu pergunto e ela sorri.

— Agora não, quero ficar mais um pouco. - ela diz. - Tá sendo legal me distrair aqui, dançando.

— Tá bom, quando quiser ir, me avise imediatamente. - eu falo me desgrudando dela, mesmo sem querer.

Fui para onde eu estava com os meninos. Paquetá, Kanté, Rashford e Bellingham. Os quatro olhavam para mim como se fossem aquele emoji safado.

— Estou adorando ver Mason Mount apaixonado. - Kanté diz rindo.

— Exalando tensão sexual para todos os lados. - Paquetá continua.

— Cheio de virilidade pegando ela pega cintura. - Rashford agora.

— E protagonizando cena de filme ao olhar ela dedicando uma música delicada a você. - E por fim, Bellingham.

— Vocês podiam fazer mil comentários, mas decidiram ensaiar isso. Meu deus, que idiotas. - eu digo fazendo o que me resta fazer, rir. - Vocês nunca gostaram de curtir um tempo com a namorada?

  Acredito que namoradas verdadeiras.

— É claro que sim. Transava tanto que agora tem dois meninos na casa da tia me esperando pra voltar e me chamando de pai. - Paquetá fala e faz o clima ficar indefinido.

— Eu não sei se a gente se constrange por você ter falado que transava muito ou se a gente ri e te acolhe pela situação parental. - Rashford diz

  Mas Paquetá quis ser pai, assim como Duda quis ser mãe. Então, a situação dele era feliz.

  Obviamente, trocamos de assunto para falar sobre coisas de homens idiotas que parecem que tem 12 anos, mesmo tendo 22 ou mais. Mas o que eu queria mesmo era que Giovanna saísse daquela pista implorando pra ser levada pra minha casa e empurrada na minha cama.

  Mas isso só cumpre algumas horas depois, quando todas as meninas chegam pra pedir para seus maridos e namorados as levarem para casa. E como somos mandados, fizemos exatamente isso.

  Abri a porta do carro pra ela e já percebi que ela estava completamente alterada. O que significava que eu cuidaria dela dessa noite.

— Escolhe a música, Giovanna. - eu disse e ela coloca no volume mais alto do carro, me obrigando a diminuir, senão ficaríamos surdos. - Acho que esse volume aqui está bom, muito alto pode estourar os tímpanos.

— Só tem uma coisa que eu quero agora, Mason! - ela diz reclinando a poltrona do carro. - Dormir com você essa noite.

— Nós vamos dormir juntos. - eu disse tentando não mostrar a falsidade na minha fala, por que com certeza isso não iria acontecer.

  Quando a gente finalmente chegou em casa, perto das três da manhã, a primeira coisa que ela fez foi beber um copo d'água. Então, pedi para que ela esperasse um pouco enquanto eu preparava as coisas para ela tomar banho, mas quando voltei, ela está deitada dormindo no meu sofá.

Achei melhor não acordar, ela parecia um anjo. Mas a carreguei até a minha cama e a deixei lá. Arrumei o sofá pra mim e depois de tomar banho, cai no sono também.

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