Fazia uns dias que Mason e eu não nos comunicávamos. A única coisa que tenho feito é mandar uns posts sobre nosso namoro pra ele.
Não fui nos jogos que tiveram essa semana, simplesmente não sei se fiz algo de muito errado ao beijar ele. Quer dizer, a gente se beijou. É estranho dizer isso. Queria saber se ele se arrependeu tanto a ponto de mal querer falar comigo? Ou será que ele estava muito bêbado? Mas eu não estava assim.
Agora a reunião com o pessoal já passou, é sexta a noite. Decidimos que vamos continuar a coleção, a chefe da produção disse que elas aceitariam um atraso e receberiam o pagamento assim que as peças forem vendidas. Ajustei um valor maior do que elas receberiam. Na segunda, a costura voltaria e eu poderia ter uma semana para experimentar as peças nos modelos e fazer a fotografia.
Enquanto eu terminava de preparar minha salada para comer com o resto da comida, a campainha tocou. Imaginando ser Anaya, pelo horário, disse para entrar.
— Nay, tô aqui na cozinha. - eu grito - Tá com fome? Tem comida para nós duas aqui.
— Oi Giovanna. - uma voz masculina me assusta e me faz virar rapidamente com a faca apontada em direção a pessoa.
— Mason? - eu abaixo a faca. - O que você tá fazendo aqui? Uma hora dessas.
— Eu... - ele fica mudo - Eu queria uma companhia boa para passar a noite.
— Ah, entendi. Então, é.... - agora eu fico muda e percebo que eu tô vestida com um short de pijama, blusa curta amarela e meias. - Quer jantar comigo?
— Quero. - ele fala.
— Acho que eu vou trocar a roupa, tô meio ridícula assim. - eu digo.
— Não precisa, você tá linda. - ele responde. - Muito linda.
Eu rio e estendo o prato a ele. Tinha arroz, salada e frango com molho. Na geladeira, um resto de coca que serviu para nós dois. Quando nós sentamos a mesa, o silêncio continuou. Não sabia o que dizer.
— Como foi a reunião que você tinha falado? - ele pergunta.
Como um pedaço do frango, como se estivesse formulando uma resposta. — Nós vamos prosseguir com a coleção, de forma mais econômica. Fiz alguns acordos que o Artur sempre coloca como documento oficial. Acho que vamos conseguir algo, espero que dê certo. Já fiquei bem chateada em não poder desfilar.
— Sinto muito. - ele fala. - Mas se você precisar, pode contar comigo. Sabe que consigo ajuda financeira para você e não me importo nem um pouco de me ajudar. Você tá fingindo um namoro em troca da minha modelagem pra coleção.
— Eu sei, Mason. Não quero abusar. Só isso.
— A comida estava muito boa. Você cozinha bem.
— Não tanto quanto meus pais, eles são os melhores cozinheiros do mundo. Falando em pais, semana que vem vou conhecê-los né?
— Vai, eles vão te amar.
— Quer escovar os dentes? Eu tenho escova descartável e mania de escovar toda vez depois que como.
— Pode ser. - ele fala e me segue.
Tem que passar pelo meu quarto para chegar no banheiro particular, mas não me importo, está arrumado. Entrego a escova pra ele e começamos a escovar os dentes, juntos. E é engraçado, não consigo conter o riso então em alguns segundos isso vira uma das coisas mais engraçadas do dia.
— Você mal sabe escovar os dentes! Eca.
— Giovanna!!! É claro que sei, você tá me fazendo rir.
Eu cuspo e lavo a boca para continuar rindo dele. Enquanto ele faz o mesmo.
— Você tá se achando super engraçada né. - Ele diz.
— Sim! - eu olho nos olhos dele.
E de novo, aquela sensação específica passa pelo nosso corpo. Sei que passou pelo dele só pelo espasmo involuntário na boca.
— Vamos? Podemos ficar na sala. - eu digo nervosa enquanto dou as costas, mas ele me puxa pra perto.
— Não. - ele diz. - Quer dizer. Deixa eu te beijar de novo?
Ele diz tão próximo que não consigo nem dizer, seu lábio praticamente já encosta no meu. Eu só afirmo e ele é rápido em nos juntar.
Muito mais rápido do que a primeira vez. Os lábios umedecidos parece que pedem pelo beijo. Ele coloca a mão na minha nuca, me deixando tão desconcertada, que não sei como agir. A respiração ofegante enquanto ele pede espaço pra língua dele passar e eu deixo.
Ele dá dois passos para trás, me fazendo encostar na parede. Coloca a mão na minha cintura e me segura tão forte que não penso, nem por um segundo, em me mover dali. E aos poucos, ele para. Me deixando confusa novamente, porque, para ser sincera, é isso que tem acontecido todas as vezes que estou com ele. Confusão.
— Eu acho melhor a gente parar. - ele fala ainda bem pertinho de mim. - Acho que vai começar a ficar sério.
— Você tem medo? - pergunto a ele, dando alguns beijos na bochecha.
— Eu tenho desejo. Mas o desejo pode ser o pior inimigo do homem.
Eu não falo nada, apenas continuo o beijando. Ele me segura no colo e me coloca em cima da bancada do banheiro. Distribui beijos no meu pescoço enquanto eu me contorço, minha respiração tava ofegante, eu já estava absurdamente excitada.
— Não, desculpa. A gente não pode continuar. - Mason falou e se afastou de uma só vez
— Por que? - eu disse.
— Melhor não, Gio. - era a primeira vez que ele me chamava assim.
— Tudo bem, não vamos continuar então. - eu desço da bancada. - Quer ir na sala?
— Pode ser. A gente pode assistir um filme.
— Sim, eu escolho.
E então ele vai atrás de mim, sua respiração era forte atrás de mim e ele não parecia arrependido. Parecia assustado. Mas não iria me iludir com essas suposições. Que porra que tá acontecendo?
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fake dating | mason mount
Teen Fictiongiovanna romano é uma estilista brasileira que vive em Londres para fazer sua carreira mas se vê encurralada quando a alta moda pede a ela que faça o alcance da sua marca chegar a ramos esportivos também. do outro lado, mason mount, jogador do chel...