O Código da Calábria

Capítulo 40

🔥Catena🔥

Eu me lancei. Pela segunda vez. Eu me lancei de um penhasco. Um penhasco muito maior e assustador do que quando eu estava fugindo de Mikko. Me lancei, consciente das consequências. Me lancei, sabendo que ultrapassava um limite sem retorno. E eu saltaria mil vezes mais. Mergulhando nas águas sombrias de Reegan. Submergindo. Afundando-me em sua essência. Entregando-me por completo, corpo e alma. Eu me lancei do penhasco.

Os lençóis macios envolvem meu corpo nu, enquanto a cama de casal parece expandir-se, tornando-se imensa, agora que estou sozinha, deitada sobre o colchão. Sento-me, envolta em um lençol branco e sedoso, observando Reegan na poltrona em frente à grande janela do seu quarto. Seus olhos contemplam o horizonte, onde os primeiros raios de sol iluminam as águas agitadas do oceano.

Aprecio a visão de Reegan, sua figura imponente banhada pela suave luz matinal. Cada traço do seu rosto transparece os pensamentos que o atormentam.

O sol nascente emoldura sua silhueta, criando um contraste fascinante entre sua presença e a imensidão do mar revolto. É como se ele fosse parte daquele cenário majestoso, fundindo-se com a natureza selvagem e indomável.

O copo de uísque, fiel companheiro, toca os lábios de Reegan, servindo-lhe um generoso gole. Eu me levanto, hipnotizada pelo homem que tem o meu coração em suas mãos, e me aproximo silenciosamente, desejando admirá-lo de perto.

Caminho em sua direção, meus passos leves como plumas, cautelosos para não quebrar o encanto daquele momento. Cada traço do rosto e a forma como seus lábios tocam a borda do copo, exalando um ar de mistério. Seu olhar se volta para mim, encontrando os meus olhos enquanto a luz do sol dança através do quarto, criando um jogo de sombras e luz sobre seu rosto.

Observo sua postura, a serenidade que emana dele. Cada detalhe é um convite para desvendá-lo e mergulhar nas profundezas da sua alma.

Com um gesto suave, ele estende a mão em minha direção. O contraste entre meu toque quente e a frieza de sua mão cria uma explosão elétrica, percorrendo meu corpo e deixando um rastro de arrepios.

Reegan me puxa para o seu colo, suas mãos firmes segurando minha cintura. O tecido da sua calça social roça suavemente o interior das minhas coxas, enviando ondas de prazer por todo o meu corpo.

O copo é colocado delicadamente no chão, enquanto sua mão gélida acaricia suavemente o meu rosto. O silêncio que nos envolve cria um ambiente de intimidade, onde nossos corpos se encontram e emanam calor.

A chama do desejo que nos consome desperta arrebatadoramente, trazendo consigo o caos que nos dá as boas-vindas novamente. Nossos olhares se encontram, transmitindo uma comunicação intensa, enquanto o fogo do desejo queima entre nós.

Os sentimentos se misturam em uma dança dentro do meu peito, uma batalha entre a resistência e a rendição. O prazer e o tesão se apoderam de cada fibra do meu ser, ansiando pelas mãos ásperas de Reegan percorrerem cada centímetro do meu corpo, reivindicando-me como sua.

— Como você está? — sua voz ressoa em meu corpo, como o vento movendo suavemente as águas tranquilas.

— Nunca me senti tão bem em toda a minha vida — confesso, mergulhando meu olhar na imensidão esverdeada dos seus olhos.

— Está com fome? Posso... — interrompo-o com um beijo faminto, capturando sua língua e desfrutando do sabor do uísque que adorna seus lábios.

Minhas mãos deslizam por seu corpo, explorando cada curva e contorno. Cada toque é uma faísca que acende as chamas do prazer, incendiando nossos sentidos. Com Reegan, não existe morno ou frio, calmo ou tranquilo. Ele é a personificação da tempestade.