Capítulo 42

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🔥Reegan🔥

Sentado na poltrona em frente à cama, observo o corpo de Catena enquanto o uísque desce, raspando minha garganta. O gosto amargo penetra em minha língua, e meus olhos gravam cada detalhe da pele bronzeada que contrasta com os lençóis brancos da minha cama.

Uma mistura de sentimentos toma conta de mim enquanto a encaro. Sinto-me atraído e culpado ao mesmo tempo. Catena é uma mulher forte e decidida, mas também vulnerável e ferida. O mundo em que vivemos nos coloca em lados opostos, mas algo em mim não consegue se afastar completamente dela.

A Santa caiu em cima de mim na reunião de ontem, cada pergunta sobre as transações feitas era como marteladas em um prego frágil. Sei que a presença de Mikko em meu território tem algo relacionado a isso, mas as provas são superficiais demais para que seja justificável enfiar uma bala em sua cabeça.

Tudo respingaria em Catena.

Catena é o elo frágil nessa teia perigosa que criamos. Sua presença é uma ameaça a tudo o que construí, e a responsabilidade por protegê-la é esmagadora.

A Santa é implacável, capaz de tomar decisões cruéis e desprovidas de sentimentos. Se eles a considerarem uma ameaça, uma ameaça que precisa ser controlada, sua morte será solicitada em nome da proteção da 'Ndrangheta.

Por mais que eu tente mantê-la viva, sei que sou fraco diante de todo o poder da Santa. Ela não é misericordiosa, é capaz de fazer qualquer coisa para manter a famiglia segura. E eu não posso competir com isso.

A culpa me sufoca, e o desejo de proteger Catena me consome. Sei que minha posição é uma peça que pode ser descartada nesse jogo perigoso, mas também sei que não posso deixar que nada de mal aconteça a ela.

Talvez eu tenha que fazer uma escolha impossível.

Talvez tenha que enfrentar a Santa e proteger Catena, mesmo que isso signifique ir contra tudo o que conheço e tudo o que represento. O mundo em que vivemos é cruel, mas se há uma chance de salvá-la, eu farei o que for preciso. Mesmo que isso signifique colocar minha própria vida em risco.

Meu celular vibra em minha mão, e vejo o nome de Giancarlo na tela, atendendo a chamada.

— Demônio, tenho más notícias. — a voz do meu sottocapo denota urgência.

— Diga — respiro fundo, sem tirar os olhos da mulher da minha vida.

— Descobri que Hector recebeu um envelope com informações sobre Catena antes da reunião. Ele sabe sobre ela e o que ela fez — o copo se estilhaça em minha mão, gotas espessas de sangue mancham o tapete enquanto minha respiração cessa, como se uma mão invisível se apertasse em volta da minha garganta.— Reegan, não há como protegê-la — a voz de Giancarlo sai sussurrada, em complacência.

— Eu vou protegê-la — digo firmemente.

— Primo, pense com clareza. O seu juramento.

— O meu juramento é com a 'Ndrangheta, não com a Santa, Giancarlo... Eles que juraram a mim naquela porra daquele salão... agir pelas minhas costas é traição — levanto-me da poltrona, liberando os cacos de vidro do aperto da minha mão ensanguentada.

Uma batalha interna se desenrola dentro de mim, entre meu dever com a máfia e o desejo de proteger Catena. Sei que não posso ignorar o que está acontecendo, mas também sei que tomar uma decisão pode ter consequências irreversíveis.

A raiva me cega, e o toque quente de Catena me traz de volta à realidade. Seu polegar acaricia meu rosto, seus olhos fixos nos meus.

— Prepare-se, Reegan, eles irão atrás dela — ela diz com firmeza.

— Deixe que venham — digo, desligando a chamada com Giancarlo.

Minha mente está tomada por pensamentos confusos, mas uma coisa é clara: não vou permitir que ninguém machuque Catena. Não importa o que aconteça, não importa o preço a ser pago, eu a protegerei.

Catena me olha com uma expressão intensa.

— Você não precisa fazer isso, Reegan — diz ela, sua voz suave e preocupada.

— Eu escolho protegê-la, não importa o que aconteça — nossos olhares se encontram, e sinto uma conexão poderosa entre nós.

Ela é a luz em meio à escuridão, a esperança em meio ao caos.

Catena sorri de forma reconfortante, e eu sinto meu coração se acalmar. Ela confia em mim, mesmo sabendo dos perigos que a cercam. E eu não vou decepcioná-la.

Seja o que for que esteja por vir, estou disposto a enfrentar. A máfia, os inimigos, as ameaças... nada disso importa quando se trata dela. Catena é minha prioridade, e eu farei o que for necessário para mantê-la segura.

Ladeio minhas mãos em torno de sua cintura, atraindo suavemente seu corpo nu para perto do meu. O calor emanando de sua pele se mescla ao meu, e nossos corações batem em harmonia, como se dançassem juntos. Reivindico seus lábios com urgência.

Elevo suas pernas, e ela as entrelaça em minha cintura. Seus seios roçam minha pele enquanto a levo de volta para a cama.

Catena ofega em minha boca, obrigando-me a engolir seus gemidos manhosos enquanto me enterro em sua boceta. O prazer penetra em minha pele, correndo por minhas veias como um veneno.

O beijo se torna mais selvagem, deixo as marcas das minhas mãos por toda a extensão da sua pele. Catena é minha, cada parte de seu corpo e cada batida do seu coração me pertence e não há nada no mundo que possa mudar isso.

Minha mente mergulha para o inferno, levada pelo som dos seus gemidos ecoando dentro das paredes do meu quarto. Catena me empurra para o colchão e monta em meu colo, não há tempo para processar seus movimentos. Estou dentro dela novamente, deixando que pegue tudo que desejar. Entregando de bandeja o controle sobre mim.

Seu quadril se move sobre o meu colo, sua boceta apertada me leva ao abismo de prazer. O caos e a escuridão nos abraçam enquanto ela geme meu nome.

Vê-la assim é divino.

Afundo meus dedos em sua cintura fina e a puxo para mim. Uma de minhas mãos serpenteia seu corpo até a nuca, enterrando-se nos fios negros de seu cabelo e Catena rebola sobre meu pau, me apertando enquanto se entrega para mim.

Observo sua respiração voltar ao ritmo normal e a viro na cama, jogando-a novamente sobre os lençóis. Elevo suas pernas e invisto com força contra seu corpo, minha mão esquerda segura seus pulsos sobre sua cabeça e ela fecha os olhos com a intensidade que eu a fodo.

— Eu te amo Reegan — ela sussurra e sinto suas unhas enterrando-se em meu coração.

Me liberto dentro dela, sentindo minhas bolas esvaziarem-se enquanto meu pau pulsa em sua boceta encharcada e quente. Toco seus lábios com os meus, beijando-a na intenção de demonstrar tudo o que sinto, desejando que seja o suficiente.

Não posso dizer as palavras agora.

Não posso dizer que a amo, se tenho que deixá-la ir para mantê-la viva.

Não posso dizer que a amo, se tenho que deixá-la ir para mantê-la viva

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