Aviso: é triste torcer pro Vasco. E pra Ferrari. E pro Barça. E pro Chelsea. Mas eu aguento... Eu acho.
Plot: onde Sn não confia em pessoas com nomes bíblicos
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— que? — perguntei, dando um passo para mais perto da mulher que reclamava de algo ao meu lado no mercado.
Ela usava uma camisa do Vasco com meu nome, então deduzi que seria minha fã.
Pensei que seria legal interagir com uma fã no mercado.
— ah, desculpa, eu não tava falando com você, tava reclamando do atendimento desse lugar — a mulher sorriu, me olhando rapidamente, mas logo voltou a olhar o produto em suas mãos.
— é realmente muito ruim — eu falei, tentando não deixar o assunto morrer agora que vi que ela era tão linda — você conhece esse jogador da sua camisa?
Perguntei como quem não quer nada, pegando uma mostarda ao seu lado e fingindo ler a embalagem.
— ah... Não? Eu nem sabia que tinha um nome aqui atrás. Qual é o nome? — ela perguntou virando as costas pra mim e tirando seu cabelo de onde ela acreditou estar o nome e eu ri.
— o nome fica embaixo — falei e ela riu, soltando o cabelo um pouco constrangida. — diz "Gabriel Pec". Você comprou uma camisa sem conhecer o jogador?
— na verdade, essa camisa é do meu irmão, a gente tinha um combinado: eu não pegava as roupas dele e ele não pegava as minhas amigas. Aparentemente esse contrato acabou, já que ele beijou minha melhor amiga, então agora eu vou pegar as roupas dele — ela disse, me fazendo sorrir em concordância.
— é um acordo interessante — comentei — e esse é um ótimo jogador, a propósito. Mas você conhece esse time?
— eu não sou uma completa idiota em relação ao futebol, ok? Só não tô acompanhando muito essa temporada por causa da faculdade, mas é óbvio que eu conheço o Vasco. É o maior do rio, como não conhecer?! — a mulher perguntou, começando a andar em direção ao caixa.
— uau — falei baixinho, encantado como ela podia ser tão linda e sensata ao mesmo tempo. — torce pro Vasco?
— mais ou menos, como eu disse, não acompanho os jogos, mas eu amo o Vasco desde pequena — concordei, continuando a andar do lado dela — mas e você, pra que time você torce? Tem cara de ser obcecado por futebol.
Eu ri, porque eu era um jogador, e é impossível ser um jogador sem ser obcecado por futebol.
— podemos dizer que sim, e eu sou um torcedor fanático do maior do rio. — falei, orgulhoso por torcer e jogar no mesmo time.
— não é por nada não, mas, você veio no mercado passear? — a mulher perguntou com um sorriso astuto e eu olhei em volta atrás da minha sexta de compras.
