Aviso: não tem parte 2. Tô devendo só a parte 2 de ainda te amo e a parte 3 de saudades
Comenta aí, na moral.
Plot: Onde Sn vai jantar com Paulo.
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- se sua blusa não fosse amarela com detalhes verdes, estaria linda. Mas essa combinação de cores me lembra a bandeira do Brasil - ouvi a voz de Paulo e me virei sorrindo pra ele, eu tinha vestido essa blusa porque sabia que ele diria algo sobre.
- não fale assim, nem parece que postou uma foto com a bandeira do Brasil hoje desejando sorte ao time - falei, vendo o homem revirar os olhos ao se aproximar de mim o suficiente pra deixar um beijo na minha bochecha e se afastar um pouco em seguida.
- estou levando hate do meu próprio povo, maldita aposta - ri de seu drama.
- se não tivesse feito a aposta, não estaria saindo comigo - falo, sentindo sua mão na base das minhas costas quando ele começa a andar me guiando para fora do hall do hotel.
- eu conseguiria um encontro com você, de qualquer maneira, costumo ser bem insistente com as coisas que eu quero - o olhei com uma sombrancelha erguida, disfarçando o fato de que ele havia deixado subentendido que me queria e que meu coração havia errado uma batida por causa disso.
- onde planeja me levar? - perguntei, quando ele abriu a porta do jeep grand Cherokee pra mim e eu entrei, observando ele dar a volta no carro e entrar do outro lado dando partida no veículo.
- Turim não é a cidade mais divertida da Itália, mas você é brasileira então deve ficar feliz em comer uma pizza e dar uma volta pelo centro histórico da cidade. - ele falou, descansando sua mão em meu joelho enquanto dirigia.
- você diz que sou brasileira como se fosse uma ofensa, eu me sentiria ofendida se me chamasse de Argentina, além do mais, vou ficar feliz em comer uma pizza, até porque sei que isso é o máximo de diversão que um argentino pode me proporcionar. - falei, sentindo sua mão apertar levemente meu joelho.
- isso é um desafio? - ele perguntou, me olhando de lado antes de voltar sua atenção pra estrada.
- considere como quiser. Eu apenas quero ver você tentar - falei e o observei assentir silencioso.
- tudo bem, aposto que até o fim desse encontro te mostro o que eu considero diversão, e eu aposto que você vai adorar - observei ele piscar sugestivo.
Era meio óbvio do que estávamos falando a essa altura do campeonato.
{•°•°}
Se me perguntassem como eu imaginava que o tal jantar iria acabar, eu diria sexo.
Até porque, tudo em Paulo era considerado sexual, até mesmo a maneira como ele falava. Lento e bem pronunciado, seus lábios se movimentando traziam pensamentos impuros.
Mas já estávamos no fim do encontro e estávamos aqui, andando por uma praça totalmente deserta as 1h da manhã de mãos dadas e rindo como dois idiotas.
Incrível como duas garrafas de um puro vinho italiano tinha nos deixado tão felizes que mal nos lembravamos nossos nomes.
Tropecei em uma pedra solta no meio da praça enquanto ria distraidamente das histórias que Paulo contava sobre sua vida e quase fui ao chão, meu equilíbrio não era dos melhores depois do vinho, o que rendeu a Paulo mais uma grande gargalhada, ri o acompanhando e senti sua mão puxar o meu corpo para perto e deixando nossos rostos próximos, seus braços enlaçando minha cintura.
- costuma beijar no primeiro encontro? - ele perguntou, o sorriso dando lugar a um rosto centrado, seus olhos não deixando meus lábios.
- não, mas posso abrir uma exceção pra um argentino - ele riu, desviando os olhos da minha boca.
- acabou de estragar o clima, brasileira - ele retrucou. Coloquei a mão em seu pescoço o puxando para perto.
- posso criar outro facilmente - falei, colidindo nossos lábios em um beijo um tanto quanto desajeitado mas que logo encontrou seu ritmo e se tornou um dos melhores beijos que tive na vida.
Senti suas mãos escorregarem pelo meu corpo, até pararem na minha bunda, onde ele apertou levemente, separado nossos lábios rapidamente.
- o melhor das brasileiras é com certeza a bunda - ele falou, dei um leve tapa nele voltando a o beijar.
- o melhor dos argentinos é com certeza a língua - falei, sentindo ele pressionar seu corpo contra o meu ao espalhar beijos pelo meu pescoço.
- diz isso por que não viu o meu...
- por que não me mostra? - o interrompi, o olhando provocante e ele sorriu de lado.
- pra quem não beija no primeiro encontro, você parece muito animada - ri, aproximando minha boca da dele.
- como eu disse, costumo abrir exceção para argentinos.
E o resto da madrugada se resumiu a beijos quentes e toques íntimos dentro daquele carro estacionado na praça.
Nunca fui tão grata por vidros pretos quanto naquele momento.
