ᵛᵃᶦ ⁿᵃˢᶜᵉʳꜝ

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Droga!

Acho que minha bolsa acabou de estourar!

— calma, amor! Espera a mamãe pegar sua bolsa e chegar na maternidade, por favor! —falo com a minha pequena que está prestes a vir ao mundo—

Com um pouco de dificuldade fui até meu quarto, que não era tão longe da biblioteca, peguei a bolsa com as coisas da bebê e fui fazendo exercícios de respiração para manter a calma e tentar aliviar as contrações fortes que estava sentindo.

— ah! —gritei após sentir uma pontada forte nas costas— só mais um pouquinho, pequena!

Respirei fundo e voltei a caminhar até a sala. Peguei a chave do carro na mesinha ao lado da televisão, abri a porta, saí e fui até meu carro estacionado a alguns metros de distância da minha porta.

Acionei o botão que desbloqueia o carro, fui até a porta de trás e coloquei a bolsa enorme que eu preparei há mais ou menos uns sete dias. Dei a volta no carro com certa dificuldade e sentei no banco do motorista.

— calma, amorzinho! —faço carinho na minha barriga gigante— em poucos minutos a gente chega, ok?

Respirei fundo pela milésima vez e segui o caminho até a maternidade onde fiz meu pré-natal, exames e todas as consultas.

Ela não ficava muito longe da minha casa, apenas 20 minutos, mas quando você tem um serzinho dentro de você implorando para vir ao mundo, 20 minutos parecem mais 20 dias.

O trajeto inteiro fiz o exercício de respiração que aprendi em um curso para mães de primeira viagem. Funcionava por alguns instantes, mas depois a dor parecia aumentar.

Quando vi de longe o letreiro da maternidade quase chorei de felicidade.

— quase lá, pequena! Aguenta mais um pouquinho!

A dor parou um pouco e eu acelerei o carro. Estacionei na primeira vaga que vi, me estiquei um pouco para trás tentando alcançar a bolsa e assim que consegui passei ela para o banco da frente. Abri a porta, saí do carro e tranquei ele.

Fui andando com dificuldade até a entrada e avistei algumas enfermeiras já conhecidas por mim. Assim que me viram correram uma para pegar a cadeira de rodas e a outra para pegar a bolsa que eu carregava.

— o que aconteceu, Srta. Soares?! —Jenna, uma das enfermeiras, pergunta—

— eu acho que...—respiro fundo— minha bolsa estourou!

— ok! Stella, chame a doutora Schutz e avise que a paciente Any Gabrielly está em trabalho de parto! —Jenna ordena e Stella sai— vou te encaminhar para vermos como está a dilatação, tudo bem?

— tudo bem!

— faça os exercícios de respiração, ok? Em breve sua bebezinha vai estar nos seus braços! —fala enquanto me empurra para uma das salas—

Jenna chamou outros enfermeiros para auxiliarem ela quando chegamos na sala.

Me ajudaram a sair da cadeira de rodas e deitar na maca, em seguida colocaram um aparelho na minha barriga para ver se os batimentos da pequena estavam normais.

— olha só! —Jenna sorri- temos uma garotinha saudável por aqui! Agora vamos ver como está a dilatação, ok? —assenti e ela fez o toque para ver como estava— 9 centímetros! Pronta pra trazer essa pequena ao mundo?

— pronta! —falei depois de respirar fundo—

— encaminhem ela para a sala de parto e avisem a doutora Schutz que ela está com 9 centímetros de dilatação, ok? Chego lá em alguns minutos.

ᵘᵐᵃ ᶜᵃᵘˢᵃ ᵈᵉ ᵃᵐᵒʳ ⁻ ᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora