ᵖᵉˢᵃᵈᵉˡᵒ

887 56 1
                                    

poderia nos contar qual a sua relação com a senhorita Soares?meu advogado questiona uma mulher morena

claro!ela sorriAny e eu nos conhecemos há pouco mais de um ano. Trabalhamos no mesmo jornal, mas, diferente dela, sou mais direcionada a fofocas. Quando eu comecei a trabalhar lá Any estava para sair de licença maternidade, então nos falamos pouco, mas trocamos telefone e...

PROTESTO!Tom gritou ficando de péé mentira! Any nunca teve amigos!

isto é verdade, senhorita Soares?a juíza questiona

eu...eu...gaguejei nervosa

claro que é mentira dele, excelência!Josh diz um pouco calmo

perguntei para a senhorita Soares.me olhaé verdade que não tem amigos, senhorita?

eu...respiro fundo vencidaé verdade.

a senhorita irá pagar uma multa de 2mil dólares por mentir no tribunal e perderá a guarda de Lena Soares.bate o martelo

NÃO!gritei em desesperoNÃO, POR FAVOR!corri até elaPOR FAVOR, NÃO FAÇA ISSO! NÃO TIRE A MINHA FILHA DE MIM!

caso encerrado.

NÃÃÃÃO!gritei outra vez caindo no chãoPOR FAVOR! A MINHA FILHA NÃO!

isso que dá mentir no tribunal, querida Any.Tom diz com um sorriso debochado no rosto e vai embora

De repente sinto duas mãos me rodeando.

calma, Any!Josh dizeu vou tentar te livrar dessa...a culpa é minha!sussurra

Josh... não deixa eles levarem a minha filha...a minha filha não...falei chorando

vai ficar tudo bem, Any. Vai ficar tudo bem! tenta me acalmar

a minha filha não, Josh...

Comecei a ouvir um chorinho baixo, distante e soube na hora que era da minha pequena.

a minha filha, Josh...sussurreia minha filha...sussurrei outra vez— A MINHA FILHA! —gritei sentando na cama—

Minha respiração estava acelerada.

Meu corpo suado.

Foi...um sonho.

Ou melhor, um pesadelo.

O sol já era perceptível do lado de fora e o choro da minha pequena Lena ainda ecoava pelo ambiente.

Levantei rapidamente, o que resultou em uma leve tontura, e fui até seu berço. Ela estava desesperada e parecia assutada.

Claro, com o grito que eu dei...

— calma, meu amor...—pego ela lentamente— calminha... mamãe chegou!

Comecei a balançar seu corpinho e conversei com ela até que seu choro parou. Lena me olhava intensamente, concentrada no meu rosto e eu sorri para ela. Um sorriso de alívio ao lembrar que aquilo realmente foi apenas um pesadelo.

— tenho tanto medo de te perder, amor...—deixo um beijinho em sua cabeça—

Fui até uma das gavetas de roupas dela e escolhi um shortinho leve, pelo visto o dia vai ser quente.

ᵘᵐᵃ ᶜᵃᵘˢᵃ ᵈᵉ ᵃᵐᵒʳ ⁻ ᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora