14. Amor

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— Já chegaram, finalmente! - a Maria gritou da sala ao ouvir a porta ser aberta. Andámos todos até à sala, menos o João, que foi para o quarto. — Como foi o treino?

— Foi fixe. - respondi e todos os que foram concordaram. — Só não correu muito bem ao João.

— Porquê? - a irmã dele perguntou.

— Ele tava o tempo todo distraído a olhar para as bancadas. - o Gonçalo explicou. — E acabou por errar várias cenas.

— Típico do meu irmão. - a Maria riu-se. — E agora deve estar de mau humor, não é?

Assenti.

— Pois claro. - sorriu convencida.

— Devias ir falar com ele. - a Rita sugeriu. - Tu é que és a irmã mais velha.

— Ok, mas façam o jantar. - concordou. — Tou a morrer de fome amigos.

— Deixa estar, nós fazemos. - a Luz riu-se.

Fomos todos até à cozinha enquanto a Maria foi até ao quarto do João.

MARIA

Bati à porta.

— Entra.

— Tás bem maninho? - perguntei apoiada à parede do quarto dele.

— Sim, porquê?

— Contaram-me sobre o treino. - expliquei. — E eu conheço-te, sei que deves estar triste por causa disso.

— Não, eu não estou. - o rapaz sorriu.

— Olha. - sentei-me na cama enquanto ele arrumava as roupas do treino nas gavetas. — Vão sempre haver treinos menos bons, mas tu não vais deixar de ser um ótimo jogador por causa deles, ok? O Roger há de ver o teu potencial para titular.

— Obrigado Maria. - ele disse. — E a sério, não estou triste por causa do treino.

— Então o que é que se passa?

O João olhou para mim antes de dizer alguma coisa mas decidiu garantir que não tinha ninguém no corredor e fechar a porta.

— Ouve, não sei explicar o que aconteceu. - sentou-se na cama. — Eu e a Bia quase nos beijámos, tipo quase mesmo.

Olhei para ele surpresa.

— Isso é bom, não é?

— Não, porque ela cortou com um abraço! - respondeu. — Eu achava que ela estava a dar sinais e o caralho, mas agora?

— É exatamente assim que as raparigas, ou melhor, a maioria, dão sinais. - ri-me. — Mas gostas dela?

— Não sei, Maria. - abanou a cabeça a olhar para o chão, mostrando que estava super confuso. — Só sei que estava distraído por causa da presença dela. Senti-me tipo, pressionado.

— Oh João! - sorri. — Isso chama-se amor.

— Puto, credo. - reclamou. — Não queres ser mais clichê?

— Mas é verdade. - reforcei. — Tu gostas dela mas não queres aceitar isso. Talvez por causa do verão passado?

— Sim, talvez. - suspirou.

— Ela também pensa em ti. - disse. — Está sempre super preocupada. Devias chamá-la para sair quando tiveres a oportunidade.

— Tens a certeza?

— Absoluta analítica. - respondi a rir. — Anda, temos de ajudar a malta com o jantar.

— Ok. - respondeu. — Ah, e Maria, obrigado.

 — Ah, e Maria, obrigado

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THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora