8. Piscina

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— Talvez um bocadinho.

— Então, espera. - o Ramos tentou perceber. — Ainda gostas dela?

— Não sei se gosto, mas... - não consegui encontrar uma maneira de explicar. — Há alguma cena. Sabem?

Assentiram.

— Porque é que não tentas? - o António sugeriu. — Ela sentiu ciúmes da Rita, então significa que ela também pensa em ti.

— Não sei se seria estranho por causa do verão passado. - respondi. — Não quero fazê-la passar por isso outra vez.

— Pronto, ok. - o Silva concordou. — Mas se gostas dela, mesmo que não seja nada demais, devias ir fazer-lhe companhia não achas?

Olhei para a Bia, que continuava sentada, sozinha.

— Ya, boa ideia. - sorri. Levantei-me e antes que fosse ter com ela, o Ramos chamou-me.

— Leva-lhe uma bebida, rapaz!

Comprei um Ice Tea (de limão, o sabor preferido dela) e uma cerveja para mim, e fui ao seu encontro.

BEATRIZ

Ouvi alguém aproximar-se de mim e quando olhei, era o João. Trazia bebidas na mão.

— Então? - sorriu. — Posso-me sentar?

— Claro. - sorri.

Ao sentar-se ao meu lado, entregou-me um Ice Tea de limão. Ele lembrava-se do meu sabor favorito.

Aceitei o refrigerante de bom grado.

— Obrigada.

— Não tens de quê. - riu-se e baixou a cabeça, dando depois um gole na sua cerveja. — Tás a gostar?

— Da festa? - perguntei e o rapaz assentiu. — Mais ou menos, sei lá. Não tou a fazer nada de especial.

— Onde estão a Maria e a Rita?

— A dançar lá no meio daquela gente toda. - apontei para a multidão. — Não me atrevo a pôr o pé ali.

O João riu-se.

— Olha, se quiseres, tenho uma ideia.

— Tou a ouvir. - respondi interessada.

— O meu amigo vive aqui perto. - disse. — E ele tem piscina. Daquelas que aquecem a água e tudo. Acho que é na boa se formos lá.

— O quê? Tipo, agora?

— Sim, agora. - riu-se.

— Mas não tens calções. - respondi ao ver que o moreno estava de calças de ganga.

— Já me viste de roupa interior antes.

— João, que ideia parva. - ri-me nervosa. — E se ele descobrir?

— Como eu disse, é na boa. - levantou-se. — Anda lá Bia, só se vive uma vez.

Olhei-o nos olhos e percebi que estava segura com ele. O rapaz estendeu a mão para me ajudar a levantar e agarrei-a, ficando de pé.

— Segue-me. - deu-me a mão e começou a puxar-me pela praia.

•••

Chegámos a uma casa grande que era, provavelmente, a casa do amigo do João. Ele ajudou-me a subir o muro do quintal e depois subiu-o a seguir de mim.

— Que piscina bonita. - elogiei.

Quando olhei para ele, já estava pronto para entrar na piscina

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Quando olhei para ele, já estava pronto para entrar na piscina. Ao vê-lo assim, tirei os calções e o top para ficar de biquíni.

Aproximei-me da beira da piscina para ver como estava a água, mas senti uma mão encostar-se às minhas costas.

— João, nem penses!

E foi ali que ele me empurrou. Idiota!

— És bué parvo! - ri-me já depois de voltar à superfície. Ele estava ainda fora da piscina a rir-se da minha cara.

— Desculpa, desculpa! - pediu. — Tinha de fazer aquilo.

— Ok, pronto. - fingi aceitar. — Ajuda-me mas é a sair daqui. - estendi a mão, e ele agarrou-a, mas em vez de sair da piscina, puxei-o para dentro.

— Filha da mãe! - o rapaz riu-se ao tirar a cabeça da água. — Já devia estar à espera!

Apenas sorri convencida e atravessei a piscina debaixo d'água até à zona onde me podia sentar nas escadas. Consegui senti-lo a seguir-me até lá.

— O teu amigo não tá em casa, pois não? - perguntei ao ver uma luz acender-se.

— Não, ele tá nas fogueiras, porquê?

— Porque alguém está. - sussurrei com vontade de me rir enquanto apontava para a janela que mostrava a luz.

— Porra, tamos tramados. - riu-se baixinho.

Ouvimos uma porta abrir-se.

— Paulo, ladrões! - a mulher parecia estar a chamar o marido.

— Anda, vamos!

Nunca corri tão rápido na minha vida.

•••

Chegámos a casa completamente encharcados  depois de uns quarenta minutos a andar a pé e entrámos, dando de caras com o grupo e com a mãe do João.

— Até que enfim! - a Maria levantou-se preocupada e veio ver como estávamos.

— Onde é que se meteram? - a mãe do João perguntou. — Porque é que estão molhados?

— Longa história, mãe. - o Neves respondeu.

— Deixaram-nos a todos preocupados! - a Maria avisou enquanto todos olhavam para nós.

— Desculpem. - pedi. — Não era a nossa intenção. — ao olhar para o grupo, consegui ver o Gonçalo piscar o olho ao João.

— Pronto, não faz mal. - a Sra. Neves disse. — Vão mas é tomar um banho.

Assenti e saí da sala. Senti o João a vir atrás de mim então virei-me, já à frente da casa de banho.

— Gostaste? - perguntou.

— Sim, foi incrível. Obrigada.

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THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora