38. Promessas

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— Quero balões, muitos balões! - ri-me ao imaginar a sala repleta deles.

— Anotado. - a Luz escreveu no caderno dela a rir-se.

— Oh meu deus! - lembrei-me de um detalhe super importante. O que não pode faltar numa festa de anos, especialmente dos meus dezoito. — Será que ainda vou a tempo de encomendar um bolo? Merda!

— É claro que vais a tempo, Beatriz. - o António riu-se do meu ar de desesperada. — Hoje é dia vinte e dois, fazes anos dia trinta e um.

— Ele tem razão. - O Ramos concordou. — Não te preocupes tanto. Eu e a Luz depois passamos pela pastelaria para encomendar o que queres.

— Vocês são uns fofos! - abracei-os. — Ah, é verdade, o João? - perguntei ao lembrar-me que ele não estava connosco na sala.

— Foi às compras. - a morena, sentada no colo do Gonçalo, respondeu. — Era a vez dele.

— Ah... Eu podia ter ido com ele. - suspirei. — Pronto, enfim, vou para o meu quarto.

•••

Ouvi a porta do apartamento abrir-se e disparei-me a correr até lá.

— Olá menino de ouro. - sorri ao vê-lo entrar em casa com alguns sacos de compras e beijei-o. — Queres ajuda? - ofereci-me para pegar num dos sacos e o rapaz assentiu.

— Comprei-te daquelas bolachas que tu adoraste no piquenique. - riu-se e eu abri a boca.

— Obrigada! És um querido. - abracei-o e depois fechei a porta por ele já que o mesmo estava com as mãos ocupadas. — Anda, vamos deixar as cenas na cozinha.

Andámos até lá e pelo caminho passámos pela janela que nos mostrava o resto do grupo na piscina a tomar banho.

— Podias ter dito que ias sair, eu queria ir. - comentei enquanto arrumávamos as compras nos seus devidos armários.

— Desculpa, não me lembrei. - respondeu. — Da próxima vez lembra-me.

— Não te preocupes. - ri-me. — Até fomos bem produtivos por aqui.

— O que é que fizeram? - perguntou a rir enquanto enchia um copo com água.

— Planeámos a minha festa de anos. - respondi entusiasmada. — Falta tão pouco!

— Pois falta. - sorriu e depois de beber água veio ter comigo e abraçou-me pela cintura, deixando-nos super próximos um do outro. — A minha namorada vai fazer dezoito, grande cena.

— E o meu vai fazer dezanove daqui a algum tempo. - sorri. — Grande cena.

— Amo-te. - beijou-me. — Queres ir ter com eles? - perguntou a olhar para a piscina através da janela aberta.

— Sim, vamos. - sorri.

Fomos até ao nosso quarto e trocámos os dois para um fato de banho frente a frente, já não havia motivos para ter vergonha naquelas situações.

Voltámos para a sala e abrimos a porta que nos levava à varanda.

— Olhem quem apareceu! - o António disse aos outros, que estavam de costas para nós.

— Hey, passam-me a bola? - a Luz apontou para uma bola de vólei feita especificamente para jogar em piscinas, que estava ao lado da mesa da rua.

O João tirou a t-shirt e mergulhou então fui eu buscá-la. Peguei na camisa dele que estava no chão por ele a ter atirado e meti-a dobrada em cima da cadeira.

Despi-me e mergulhei também.

— Obrigada. - a Luz sorriu quando lhe dei a bola. — Bom, vamos jogar amigos?

THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora