18. <3

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— Queres um gelado? - o João perguntou ao tirar a carteira do bolso dos seus calções

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— Queres um gelado? - o João perguntou ao tirar a carteira do bolso dos seus calções.

— Não é preciso, mas obrigada.

— Não, a sério, aqui são baratinhos. - sorriu. — Escolhe um.

— De certeza?

— Sim, anda lá. - riu-se. — És mesmo teimosa.

Comprámos dois cornetos de morango e sentámo-nos numa das mesas.

— Este bar é bonito. - disse.

— Pois é. - respondeu. — Vim aqui várias vezes no verão passado com os rapazes. Depois de terem voltado para Tavira, tu e a Maria.

Abri o gelado e comecei a lambê-lo.

— Refrescante. - sorri. — Obrigada João.

— De nada. - sorriu de volta.

Continuámos no bar até acabarmos com os gelados. Depois disso fomos dar um passeio pela praia.

— Quando é o teu próximo treino? - perguntei.

— Acho que é para a semana.

— Posso ir ver?

— Desde que não me distraias outra vez. - o Neves riu-se.

— Eu distraí-te? - ri-me indignada com a acusação. — Tu é que não paravas de olhar para mim! Eu estava quietinha.

O rapaz ficou corado mas decidi não comentar nada para que as coisas não ficassem mais estranhas.

— Mas sim, podes ir. - respondeu à pergunta depois de uns segundos de silêncio entre nós.

— Fixe, obrigada. - sorri. — Não achas que é melhor voltarmos? - perguntei ao olhar para as horas. — Já se devem estar a vestir.

— Sim, pode ser. - respondeu e começou a andar para o outro lado, mas puxei-o pelo braço.

— Só uma coisinha. - beijei-lhe a bochecha. — Obrigada por me comprares um gelado. E uma camisola de cem euros. - sorri.

— Não foi nada, a sério. - sorriu envergonhado. — Vamos?

Dei-lhe a mão.

— Vamos.

•••

Subimos a rua a pé até chegarmos a um pequeno restaurante de marisco. Pelo que percebi, a Luz tinha reservado uma mesa.

Sentei-me ao lado do Neves e da Luz.

Depois de decidirmos o que comer, o atendente veio anotar os nossos pedidos. Eu ia comer polvo grelhado com batata cozida.

•••

O senhor veio trazer-nos os pratos à mesa e começámos a comer. Era mesmo bom.

— Queres um? - o João ofereceu-me um dos seus camarões. — É bom, vais gostar.

— Parece horrível. - eu nunca tinha provado camarão por esse mesmo motivo.

— Anda, há uma primeira vez para tudo. - sorriu e deu-mo à mão.

Desisti e dei uma dentada. Mastiguei e saboreei o alimento.

— Ok, podia ser pior.

— Vês? - sorriu convencido. — Queres mais um?

— João, come mas é. - ri-me. — Se não ainda acabas a tua comida comigo.

— Pronto, desculpa.

•••

Depois de acabarmos as sobremesas vieram entregar a conta. Combinámos de dividir o preço, mas o Gonçalo levantou-se com o seu cartão de crédito.

— Esta fica por mim, malta!

— Oh, que gajo tolo. - a Luz levou a mão à testa e todos nos rimos.

O jogador pagou a conta e todos nos levantámos para ir embora. Assim o fizemos, e íamos agora para casa (a pé, claro).

Já era de noite, eram quase dez.

•••

Chegámos ao apartamento e despedi-me de todos ao ir para a cama. Assim que vesti o pijama e me deitei, recebi uma notificação do insta.

"@joao_neves87 mencionou-te na sua história"

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THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora