22. Party Night Pt. 2

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— Vocês comeram-se? - a Luz perguntou surpresa. — Uau!

— Já estava mais que na hora, Bia. - a Maria deu um gole na sua bebida. — E agora vão voltar a ter cenas?

— Acho que não, ainda. - sorri. — Só matámos saudades, e se ele quiser algo, também vou querer.

— Oh, que fofos! - a Luz sorriu. — Espero que acabem juntos.

— Também eu, não vou mentir. - ri-me com vergonha e as duas fizeram o mesmo.

— Sabem do António? - o Gonçalo apareceu ao nosso lado. — Não o encontro. E também não encontro o Neves!

— O António está na varanda com a Rita. - respondi. — Sim, isso mesmo que estão a pensar. - ri-me ao reparar que todos estavam a olhar para mim surpresos. — E o João não sei.

— Eu vi-o com uma rapariga no bar. - a Luz disse. — Uma ruiva. Conhecem?

Apenas permaneci calada, atenta à conversa.

— Não. - responderam todos.

— Eu vou procurá-lo. - esbocei um sorriso falso. E se alguém se estivesse a atirar a ele??

Caminhei até ao bar, e ele realmente estava lá sentado a trocar risos com uma ruiva.

— João? - chamei-o e olhou para mim. Levantou-se e veio ter comigo, ignorando a outra rapariga.

— Sim? - perguntou e acho que conseguiu reparar que eu estava confusa. — Ouve, não te preocupes. Eu conheço-a, é amiga do Rafa, já saímos os três algumas vezes.

— Eu não estava preocupada. - fingi. — Não tenho razões para isso, ou tenho?

— Depois do que aconteceu... - começou.

— Falamos disso em casa, sim? - interrompi com um sorriso. — Vai lá, ela está à espera. E não bebas muito.

Não vou negar que estava um pouco incerta em relação àquilo, mas sei que o João não é aquele tipo de rapazes que come duas raparigas numa noite. E acho mesmo que ele gosta de mim.

Voltei para onde o grupo estava e expliquei quem era a rapariga.

— Querem ir dançar? - a Maria perguntou e todos aceitámos.

•••

Hey, vamos? - chamei o moreno. Já eram quase quatro da manhã. — Já estão todos à espera.

— Sim, vamos. - concordou e depois levantou-se da cadeira do bar. — Gostaste da noite? - perguntou enquanto andávamos.

— Do início gostei. - sorri e ele fez o mesmo. — Mas depois desapareceste.

— Desculpa, não o devia ter feito. - passou o seu braço por cima de mim, puxando-me para mais perto.

— Está tudo bem. - esclareci.

— Olha quem ele é! - o Gonçalo disse ao rever o João depois de umas duas horas. — Andaste desaparecido, puto.

— Deixa-o da mão, Gonçalo. - a Luz disse. — Vamos malta.

Saímos do edifício e fomos até ao carro. Não conseguia deixar de reparar no quão juntos o António e a Rita estavam.

•••

THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora