32. Daniel, o ex

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— Então estão juntos? - perguntou.

— Sim, mas não estamos a namorar. - respondi a rir-me da sua confusão. O João também se ria ao meu lado.

— A vossa geração é estranha. - a minha mãe concluiu o assunto ao levantar-se para me abraçar. — Desde que estejam bem um com o outro, está tudo bem por mim.

— Obrigado Sra. Marisa. - o rapaz sorriu. — Prometo tratá-la como merece.

Sorri-lhe e o mesmo retribuiu. Que rapaz perfeito.

— Não quero menos que isso vindo de ti, João! - a minha mãe tocou-lhe no ombro. — Agora vou trabalhar, tenho o turno da tarde. - sorriu. A minha mãe era enfermeira. — Querem que vos deixe em algum lugar?

— Queres sair? - perguntei ao João.

— Depende, vamos onde?

— Podíamos ir visitar os meus amigos de cá.

— Pode ser. - o rapaz sorriu.

— Então sim, mãe. - respondi. — Na casa da Diana, se puderes.

— Ok, vão se vestir que não me posso demorar!

Subimos as escadas à pressa quase como se fosse uma corrida enquanto morríamos de rir. Vestimo-nos e voltámos para baixo. Como a minha mãe não estava na sala, supus que ela já estava no carro à nossa espera.

•••

— Beatriz! - a Diana gritou ao abrir a porta, chocada por me ver ali. — Que saudades, miúda! - abraçou-me. — Quem é esse?

O João deu um passo à frente e cumprimentou-a.

— João, prazer. - sorriu.

— Uau, que educado. Diana.

— É o meu... - comecei mas não encontrava uma palavra certa para descrever o que ele era a mim. — O meu amigo.

O Neves riu-se.

— Sim, somos amigos. - seguiu a brincadeira e revirei os olhos.

— Nota-se. - a Diana arregalou os olhos. — Entrem, está cá a Joana e o Diogo.

— A sério?! - perguntei entusiasmada e disparei-me para dentro da casa, dando de caras com os dois a jogar fifa. — Malta!

Olharam para trás e abriram um enorme sorriso ao ver-me. Cumprimentámo-nos todos e apresentei-lhes o João. Decidimos ir à praia para que voltássemos a estar juntos nem que fosse só por um dia.

•••

— Os teus amigos são fixes. - o João disse ao meu lado na toalha e sorri.

— Ainda bem que se deram bem. - respondi e beijei-o.

— Desculpem interromper... - a Joana apareceu ao nosso lado. — Espero que não me mates, Bia, mas... - a mesma abriu uma cara preocupada e encarei-a confusa.

— Mas?

— Convidei o Daniel para vir ter connosco. - foi ali que os meus pulmões pareciam ter dado um nó. O Daniel? De todas as pessoas que conhecem, tinha logo de ser o Daniel?

Encarei a areia sem dizer nada à Joana e senti o braço do João passar por cima do meu pescoço.

— Desculpa amiga, a sério.

— Está tudo bem, Joana.

A mesma sorriu não muito convencida e voltou para junto do grupo, deixando-me a mim e ao João sozinhos.

THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora