Beatriz Pires, uma adolescente que sempre foi passar o verão na casa dos seus amigos de família, os Neves, está prestes a completar 18 anos, o que fará do verão de 2023 um verão especial. Ou será especial por outros motivos?
À medida que o tempo ava...
Acordei assim que o despertador começou a tocar. Eram nove da manhã, tínhamos de levar o António à paragem.
Levantei-me às pressas e corri até à casa de banho para arrumar o meu cabelo e fazer uma skincare básica com os produtos que trouxe.
Já conseguia ouvir o João a mexer-se pelo quarto, provavelmente a vestir-se.
•••
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Arrumei o telemóvel na mala e peguei no meu perfume da Dior que estava em cima da secretária do João, ao lado do perfume da Nike dele. Esguichei-o pelo meu corpo até dizer chega e saí do quarto.
Ao descer as escadas deparei-me com o grupo já a conversar animadamente no sofá, mas fiquei confusa ao ver a Rita com a sua mochila às costas.
— Também vais para Lisboa?
— Na verdade vou para a Eslováquia. - a loira riu-se e arqueei uma sobrancelha ao António. — E-Ele fez-me uma surpresa. - disse envergonhada e sorri.
— Ótima surpresa, avanços! - dei um soco no ombro do António a rir e fui para ao pé do João, que já se tinha levantado.
Abracei-o e logo a seguir dei-lhe um beijo.
— Bom dia menino d'ouro. - sussurrei-lhe para que o resto, que estava na conversa, não ouvisse. — Dormiste bem?
— Dormi, e tu?
— Também. - sorri e dei-lhe um bate-chapas. Logo a seguir virei-me para o pessoal. — Talvez fôssemos andando, não? - sugeri.
A Maria olhou para o relógio no seu pulso e assentiu.
— Se queremos chegar a horas à paragem então sim. - disse e fomos todos até ao carro.
•••
Ouvimos o motorista chamar os passageiros do autocarro para Lisboa depois de uma eternidade à espera sentados.
Levantámo-nos do banco e virámo-nos para o António e a Rita, que já estavam prontos.
— Espero que gostem da Eslováquia. - a Maria foi abraçá-los.
— Quanto tempo ficam lá? - o João, que estava abraçado ao meu corpo, perguntou.
— Uns cinco dias. - o Silva respondeu. — Queremos aproveitar um pouco.
— Muito bem. - sorri. — Divirtam-se!
Despedimo-nos com abraços e acenámos ao autocarro, que já ficava mais longe da paragem a cada segundo que passava.
