33. O pedido

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deixem uma estrelinha para me ajudar ♡

capítulo fofinho!! espero que gostem

•••

Já estávamos no Porto há dois dias, era dia dezasseis de agosto. O verão cada vez mais perto do seu fim, aquele fim que todos odiamos.

Deitados na cama, ouvi o João suspirar profundamente.

— Estás bem? - perguntei.

— Temos jogo contra o Estrela da Amadora dia dezanove. - olhou-me nos olhos. — Temos de voltar para Lisboa antes, o jogo é na Luz.

— Oh. - suspirei. — Bem, não faz mal. Ainda aproveitamos mais dois dias aqui, não?

— Sim, claro. - respondeu e voltou a concentrar-se no seu telemóvel. Parecia estar a fugir ao assunto, não sei porquê. Será que fiz alguma coisa que não devia ter feito?

•••

— Olá meninas! - cumprimentei-as assim que entrei na chamada. — Já sinto tantas saudades vossas. - disse ao vê-las na câmara. Estava em chamada com a Luz, que estava no Seixal, e com a Maria e a Rita, em Tavira.

— O mesmo por aqui! - a Rita disse a tentar invadir a câmara enquanto a Maria se ria. — Como vão as férias com o João?

— Chamas aquilo de férias? - a Luz riu-se.

— Claro!

— Liguei por causa disso. - expliquei. — Vou aproveitar que o João está a tomar um duche para falar sobre isto. Ele tá estranho desde o jogo com o Boavista... Distante, sabem?

— Porque dizes isso? - a Luz perguntou curiosa.

— Não sei, só sinto que não é o mesmo. - respondi. — Será que perdeu o interesse por mim?

— O João claramente não perdeu o interesse. - a Maria disse. — Ele ainda ontem mandou-me uma mensagem a falar sobre o ped-

— Cala-te criatura! - a Rita tapou-lhe a boca e fiquei confusa mas ri-me.

— Mensagem sobre o quê? - perguntei.

— Temos de ir, não é, Maria? - a Rita chamou a morena, que a olhava. — A tua mãe está a chamar-nos.

— Sim, a minha mãe, sim! - voltou a olhar para o telemóvel. — Adeus meninas, fiquem bem!

Desligou e deixou-me apenas com a Luz.

— Porque é que anda tudo estranho? - perguntei.

— É não é António? - a morena olhou para a frente e assumi que o rapaz estava lá. — Desculpa Bia, o António precisa de ajuda com o almoço, tenho de desligar.

— Vai lá. - suspirei. — Adoro-te amiga.

— Também te adoro, tchau!

Desligou, e foi no momento perfeito, pois ouvi a porta da casa de banho abrir e o João apareceu embrulhado numa toalha do tronco para baixo no quarto, ainda um pouco molhado.

— Vais molhar o chão todo homem! - reclamei.

— Eu depois limpo. - respondeu sem olhar para mim.

— A sério?

— O que foi? - virou-se para mim.

— Porque é que anda tudo a evitar-me?

— Que dizes, Bia? - riu-se.

THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora