28. O rapaz de quem sempre gostei

1.6K 86 2
                                    

A minha vida andava muito confusa, e isso era culpa de um certo moreno que joga no Benfica.

Ele queria tentar pela segunda vez.

A verdade a que não posso escapar é que eu também queria. Temos passado uns bons momentos juntos desde que o verão começou. Primeiro a festa das fogueiras, onde me levou a uma piscina e os pais do seu amigo acharam que éramos ladrões.

Depois começou a beijar-me de vez em quando como se fôssemos um casal e ainda me ofereceu um peluche, o Sr. Alface. Levou-me a encontros com tartarugas, sushi, levou-me a ver os seus treinos de futebol... Isso significa que ele realmente gosta de mim, certo?

Os meus pensamentos vagueavam entre os mais diferentes cenários com o João enquanto tentava adormecer, sem sucesso. Olhava para o teto, virava-me para lados diferentes na cama, destapava-me dos lençóis porque tinha calor mas depois sentia frio e voltava a tapar-me...

E tudo isso porque não conseguia parar de pensar nele.

Olhei para o relógio da mesa de cabeceira que mostrava a hora "02:34". Não podia continuar assim, a pensar demais.

Levantei-me às pressas da cama, quase como um impulso, e abri a porta do quarto, conferindo se alguém estava no corredor antes de sair. Ao ver que o caminho estava livre (e escuro), acendi a lanterna do telemóvel e andei até à porta do quarto do Neves.

Encarei a estrutura de madeira durante alguns segundos até finalmente ganhar coragem para bater nela. "E se ele estiver a dormir?" — pensei. Por um lado queria que estivesse pois tinha vergonha de fazer o que ia fazer, mas logo senti uma invasão de ansiedade no peito quando reparei que a luz do seu candeeiro estava ligada. Conseguia vê-la através do pequeno espaço entre o chão e a porta.

Fiz o nosso famoso toque para que percebesse que era eu.

— Entra Bia. - ouvi-o dizer.

Abri a porta e entrei no quarto calmamente, depois fechando-a novamente. Fiquei parada a olhar para o moreno, deitado na cama a guardar o telemóvel que provavelmente estava a usar há segundos atrás, antes de eu ter aparecido.

Os nervos consumiam-me.

— Está tudo bem? - perguntou confuso ao ver que eu estava vermelha, vermelhidão essa que não conseguia perceber se apareceu devido à sua presença ou à ansiedade. Ou devido às duas.

— Sim, está. - respondi. — Posso-me sentar? - apontei para a cama e o rapaz assentiu com um sorriso, aquele sorriso que adoro.

Sentei-me de pernas cruzadas em cima da sua cama e trocámos olhares que sugeriam o início de uma conversa, a conversa que eu queria ter naquele momento.

— Tu perguntaste-me se eu queria tentar ter algo contigo, não foi? - lembrei-o e assentiu. — Eu estive a pensar, e quero.

O João abriu um sorriso que eu conseguia perceber que era genuíno e logo abraçou-me calorosamente, o que me fez sorrir como uma idiota apaixonada.

— Estás a sério? - perguntou animado.

— A distância não vai ser um problema este ano. - sorri. — Se quiseres, podemos tentar. Quem sabe se corre bem?

Uma das suas mãos desceu lentamente até à minha cintura e a outra subiu até ao meu pescoço. As suas pupilas desceram suavemente até à minha boca e ouvi-o murmurar:

— Posso-te beijar?

Assenti envergonhada e o rapaz fez o que pediu para fazer em questão de alguns micro segundos. O beijo era suave, mas verdadeiro.

— Senti tantas saudades tuas. - eu revelei quando as nossas bocas se separaram. — Eu fingia que estava tudo bem, mas não estava. Eu nunca deixei de gostar de ti, Neves.

— Nem eu de ti, acredita em mim. - riu-se — Fico feliz que voltemos a ser o que éramos antes.

— Adoro-te. - sorri e o rapaz puxou-me calmamente para que me pudesse deitar com ele.

Os seus braços abraçaram o meu corpo quando eu deitei a minha cabeça no seu peito nu. Consegui sentir um beijo aconchegante nos meus fios de cabelo.

— Podemos dormir assim? - perguntou-me.

— É claro que podemos, parvinho. - ri-me baixinho já que não queria acordar o resto do pessoal.

O João riu-se quando me ouviu dizer "parvinho".

— Adoro quando me chamas assim.

Levantei a cabeça e encarei os seus olhos esverdeados.

— Boa noite, Neves. - disse e beijei os seus lábios sinceramente.

— Boa noite Bibi. - respondeu.

Voltei a deitar a minha cabeça no seu corpo e fechei os olhos contente por finalmente ter voltado a estar com o rapaz de quem sempre gostei.

Voltei a deitar a minha cabeça no seu corpo e fechei os olhos contente por finalmente ter voltado a estar com o rapaz de quem sempre gostei

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

capítulo pequeno mas fofinho!

espero que gostem <3
não se esqueçam de votar⭐️

até ao próximo cap!!

THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora