capitulo 11.

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Já se passaram 30 minutos e Ghost não tinha aparecido no local, quando a reunião acabou você tratou de ir para o seu dormitório pois a exaustão já tinha tomado conta do seu corpo, seus passos eram lentos e largos, mas em um piscar de olhos você chega no dormitório. Com os olhos quase fechados entrastes no cômodo, trancando a porta e caminhando até sua cama. Finalmente, você poderia descansar sem nenhuma preocupação ou perturbação, seu corpo se relaxou no colchão, você fechou os olhos sentindo o sono tomando conta do seu organismo.

06:45 da manhã.

Você acordou cedo como de costume, sentaste na cama coçando seus olhos com as costas da sua mão esquerda, a exaustão permanecia mas isso não iria te atrapalhar logo de manhã, você se espreguiçou e levantou-se caminhando até o banheiro simples. Fizeste suas higienes pessoais, tomou banho e se agasalhou com uma calça cargo preta e uma regata da cor verde militar, como sempre, você usava suas botas táticas. No momento que você voltou para o quarto para poder refazer seus curativos, alguém bateu na porta, com uma mão cobrindo um pouco o seu ombro caminhastes até a porta, destrancando a mesma e abrindo-a.

— bom dia, Scar. - Ghost parou em frente a porta do dormitório, com os braços cruzados para trás.

— bom dia tenente. - você respondeu com sua voz sonolenta e levemente rouca.

— vejo que seu ombro está pior. - ele apontou para a região, avermelhada por conta das leves manchas de sangue.

— ah, não não. - seus olhos se direcionaram para o ferimento e depois sua atenção foi voltada para o homem. — por desleixo acabei passando os dedos em cima, machucou outra vez mas eu já estava indo fazer outro curativo.

Os olhos de Ghost demonstraram uma pitada de preocupação, sem pedir educadamente ele te puxou com cautela para dentro do dormitório, seus olhos se arregalaram com a atitude dele mas quando viu ele procurando pelo kit de primeiros socorros, você suspirou baixo suavizando sua expressão.

— ei, Ghost. - você se aproxima dele tentando chamar a atenção do maior. — eu posso fazer isso sozinha.

Ele te ignorou, as mãos habilidosas dele agarraram a pequena caixa, Ghost parecia estar se importando com você por estar "gravemente" machucada, o loiro pegou o que precisava e deixou a caixa sob a cama.

— senta aí. - disse ele puxando a ponta da faixa, ele se sentou na beira da cama aguardando que você fizesse o mesmo.

— não precisa, eu consigo fazer isso sozinha. - resmungou sentando-se ao lado dele, revirando os olhos para o lado e depois encarando as mãos dele.

Scar, para de chatice. - Ghost comentou friamente deixando um pedaço da faixa sob a coxa dele, logo pegou uma gaze para poder limpar as manchas de sangue. — não se mova ou vai ficar com uma dor insuportável.

Um silêncio tomou conta do cômodo, as vezes você sentia pontadas por dentro da ferida, os toques de Ghost eram delicados e leves quando encostavam perto do corte, você olhou para os olhos dele, percebendo as expressões que ele fazia enquanto cuidava do seu machucado. Você começou a reparar nos detalhes dos olhos dele, a suavidade que tinha no fundo daqueles olhos sombrios, os traços da sombra preta, seus olhos castanhos e suas pupilas minimamente dilatadas. Você se sentia perdida enquanto o olhava com tanta atenção, até a dor que você sentia havia sumido, seu coração disparava e seu corpo aquecia com facilidade, uma onda de euforia corria em seu corpo como um arrepio, tudo a sua volta sumiu.

Você já sentiu essa sensação antes mas.. é o que você realmente acha...?

Simon Ghost Riley [das cinzas ao sangue.]Onde histórias criam vida. Descubra agora