𝐼𝑀𝐴𝐺𝐼𝑁𝐸𝑆 𝑆.𝐸.𝑃𝐴𝐿𝑀𝐸𝐼𝑅𝐴𝑆

𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒

⋆｡˚ ☆ 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘥𝘢́ 𝘶𝘮 𝘫𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘯𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘦𝘹-𝘯𝘢𝘮𝘰𝘳𝘢𝘥𝘰.
ᴘᴇᴅɪᴅᴏ: anokassocafofo

estava sentado na mesa de uma cafeteria olhando o cardápio, enquanto esperava minha melhor amiga. eu e s/n nos conhecemos desde crianças, nossas mães eram melhores amigas, assim fazendo com que levassemos essa amizade a diante. por conta da minha vinda ao Brasil, nos afastamos um pouco, mas em menos de dois meses s/n já morava no Brasil e era minha vizinha.

por conta da semana corrida que tive, mal conseguimos nos ver, então a convidei para tomar um café na nossa cafeteria preferida, depois que saí do treino.

— e aí, desculpa pela demora. — s/n disse se sentando em minha frente com uma cara nada boa.

— que nada, cheguei a pouco tempo. — falei observando ela. — como 'cê 'tá?

— 'tô bem, e você? — ela disse com uma voz triste.

— tem certeza? — questionei e ela apenas concordou com a cabeça. — o que vai querer pedir?

— o de sempre. — s/n falou sem ao menos olhar o cardápio.

fizemos os nossos pedidos e então começamos a conversar, ou melhor, eu estava conversando sozinho, pois ela mal me respondia.

— s/n, que que 'tá acontecendo? 'tá com uma carinha triste hoje. — perguntei demonstrando preocupação. e eu realmente me preocupava com ela.

— eu terminei. — ela disse passando a mão no rosto. não sabia se ficava feliz ou triste por ela.

ela namorava, um tal de Pedro, há uns quatro meses, não ia muito com a cara dele. não sei se é porquê ele não prestava, ou porquê no dia que eu ia pedir s/n em namoro ela apareceu namorando e me apresentando ele, depois disso nos afastamos bastante e mal nos vemos.

— poxa, eu sinto muito, mas vai ficar tudo bem. — segurei sua mão.

— não, Richard, não vai. — ela falou e eu a olhei confuso. — ele não me deixou em paz durante todo nosso relacionamento, então não vai ser agora.

— como assim? — ergui uma sobrancelha.

— ele sempre foi muito controlador, não me deixava mais fazer nada, nem te ver, ele cismou com você, pois segundo ele você me olhava com malícia e parecia ter segundas intenções. — s/n explicava e eu já sentia meu sangue ferver.

— nós terminamos ontem, desde ontem eu não tive paz, foram inúmeras ligações, ele tentou invadir meu apartamento, depois eu desautorizei a entrada dele e hoje eu me atrasei porquê ele estava na porta do condomínio me esperando. — s/n falou com sua voz falhando. aquilo partiu meu coração.

eu não tinha palavras, não sabia o que falar para ajudá-la, ver o seu semblante triste e seu olhos marejados acabou comigo.

— pode ficar tranquila, eu vou dar um jeito nisso, 'tá? — falei na intenção de reconforta-la.

— Richard, não, por favor. eu tenho medo que ele possa fazer algo com você. — ela falou apreensiva.

— fica tranquila, ele não vai fazer nada. — passei a mão calmamente em seu rosto. — depois que terminarmos aqui, pode me levar na casa dele? — questionei e ela afirmou com a cabeça.

— me espera aqui, 'tá? não demoro. — Richard disse tirando o seu cinto e saindo do carro.

não respondi, apenas o observei saindo e tocando a campainha da casa de Pedro, que em instantes abriu a porta e se assustou em ver Richard, que era bem mais alto que ele. Richard entrou na casa e fechou a porta sem nem sequer olhar pra trás.

estava agoniada, sabe lá o que estava acontecendo dentro daquela casa entre os dois. desde que conheço Richard, ele sempre foi muito esquentadinho, nunca foi de resolver as coisas com violência, mas quando necessário era até difícil pará-lo.

saí dos meus pensamentos quando escutei a porta da casa batendo e ele vindo em direção ao carro, balançando a sua mão com um semblante de incômodo.

— pronto, pode ficar tranquila que ele nunca mais vai mexer com você. — Richard falou depois que entrou no carro.

— o que ele falou? — me virei para o meu melhor amigo.

— nada, ele é um bunda mole. — Richard riu. — 'tá tudo bem? — ele questionou me olhando e eu apenas assenti.

— eu te amo, 'tá? — falei abraçando ele.

— eu também amo você, s/a. — retribuiu o abraço, acariciando minha cabeça. — além de muitas coisas.

— como assim? — me afastei, olhando confusa pro mais velho.

— eu não sei como falar isso. — fez uma pausa. — mas eu amo você além da nossa amizade, sabe? por muito tempo tentei esconder esse sentimento de mim mesmo, mas percebi que era impossível e me veio a tona quando você começou a namorar, eu não conseguia cogitar o fato de ver você com outro alguém sem ser eu. — Richard dizia e era possível notar o nervosismo em sua voz.

— Richard, eu entendo você. fui apaixonada por você durante toda a nossa adolescência, mas tinha em mente que você me via apenas como uma irmã e por isso comecei a namorar o Pedro, pra tentar esquecer esses sentimentos por você. — falava enquanto Richard me olhava atentamente. — é tudo muito recente, acho que preciso de um tempo pra mim mesma, sem homens por perto.

— s/a, eu não quero te forçar a nada, entendo o seu tempo e se necessário espero o tempo que for pra poder ficar ao seu lado. eu te amo, 'tá? — ele falou e em seguida depositou um beijo em minha testa, me puxando pra mais perto de si e me envolvendo em seus braços.

ficamos algum tempo abraçados. era impressionante como nenhum outro homem conseguia me fazer sentir o que Richard fazia apenas com um simples olhar, sorriso, toque ou palavra.

• ᴏ̂ ʜᴏᴍᴇᴍ ɢᴏsᴛᴏsᴏ

• ᴅᴇɪxᴇᴍ sᴇᴜs ᴘᴇᴅɪᴅᴏs ɴᴇssᴇ ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴀ́ʀɪᴏ.

• ᴠᴏᴛᴀ ᴀɪ́ ᴘᴏ̂, sᴜᴀ ᴍᴀ̃ᴏ ɴᴀ̃ᴏ ᴠᴀɪ ᴄᴀɪʀ ɴᴀ̃ᴏ

— xᴏxᴏ 💋