Capítulo 33 - Eles estão vivos!

12 1 0
                                    

ALYSSA VISION

— Então nem precisam se preocupar... —
disse Bianca indo embora.

Daniela saiu da cela e depois de alguns minutos entrou novamente com cadeiras e com um segurança ao seu lado.

— Senta aí — disse Daniela à mim, apontando com a cabeça para uma das cadeiras e o segurança fez o mesmo com Tom. Eu sentei na cadeira lentamente e Tom também, porém o jeito como os dois nos amarraram foi totalmente ao contrário, nos prenderam pelos pulsos nos braços da cadeira com uma corda bem firme.

— Por terem desobedecido nossas ordens, vão pagar agora. E vocês não podem gritar, se gritarem, faremos o necessário para não conseguirem nunca mais usar suas cordas vocais — disse Daniela normalmente e eu engoli em seco.

— Ótimo, continuem assim e vai ser menos sofrimento para mim e mais para vocês. — Riu Daniela e então pegou uma caixa que tinha no fundo da cela, a caixa com suprimentos que Bianca e ela compraram.

— O que vocês querem? Faca? Revólver? Canivete? Ou minhas próprias mãos? —perguntou sarcástica e eu sabia que estávamos fodidos. — Não tem problema, podem dizer —disse ela mas não fizemos o mesmo.

— Vai ser assim? Tudo bem então — falou rapidamente e pegou uma faca afiada, apontou-a para nós e veio na nossa direção. — Vão pagar pelo o que fizeram — disse empunhando a faca na altura do pescoço, pronta para atacar. Fechei os olhos com força e encontrei minha mão com a de Tom, por impulso segurei seu dedo mindinho e não senti nada, apenas ouvi um barulho. A porta foi aberta por Priscila bruscamente e todos a olhamos.

— PARE, DANIELA!! Precisamos deles agora — disse ela e Daniela a olhou sem entender.

— Porra, bem na minha vez? — perguntou Daniela emburrada mas fez o que a irmã mais velha lhe disse.

— Aquelas meninas arrombadas disseram para a polícia que vocês estão vivos e que estão na Bélgica, agora vamos ter que criar uma morte falsa para vocês — disse ela meio desesperada e eu fiquei em choque. ESTAMOS NA BÉLGICA???

— Beleza então, mas como vamos fazer isso? —perguntou Daniela.

— Eu tenho meus contatos com o jornal, é só eles dizerem na mídia que Tom Kaulitz e Alyssa McKenna foram assasinados, pronto — disse simples.

— Você não pode fazer isso, Priscila — disse Tom quando ela estava saindo.

— Eu tanto posso quanto consigo, então é melhor você só concordar para não ferrar para você ou para mim — disse ela, se aproximando dele olhando em seus olhos com fúria. Assim que se afastou dele, desviou o olhar e saiu da cela junto a sua irmã.

— Mas que merda — disse Tom e em seguida bateu sua mão contra o braço cadeira que estava amarrado.

— Calma, Tom — disse à ele para tentar acalmá-lo.

— Como ter calma se agora vamos basicamente estar mortos para o mundo e nem na Alemanha estamos, e sim na Bélgica? — perguntou ele, com um tom de voz irritado e com uma expressão séria. Eu o olhei por alguns segundos, só o vi assim duas vezes. Logo sua expressão murchou e ele olhou para frente, provavelmente arrependido.

— Desculpe — disse ele por fim.

— Eu te entendo, mais do que você imagina —disse e ele me olhou, com aquele olhar triste. As luzes foram apagadas e agora estamos no escuro, eu só enxergo a luz fraca de uma lâmpada quebrada distante da nossa cela. Mesmo no escuro eu consigo ver o brilho no olhar de Tom, sempre está assim.

— Vamos ser fantasmas, Aly — disse Tom pensativo. — Como Bill vai ficar? Como Cassie, Gustav e Georg ficarão? Eles não podem sofrer à toa, estaremos vivos — disse ele, olhando para mim agora.

Without Looking Back | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora