Capítulo 34 - Drogas

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ALYSSA VISION

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— VOCÊ NÃO CONSEGUE FAZER MERDA NENHUMA, NÃO É? berrou meu padrasto. — SEMPRE ESTRAGA TUDO!

— EU SÓ TENHO 8 ANOS! O papai não era assim... — disse e ele se enfureceu.

— QUE SE FODA O SEU PAPAI! ELE ERA UM COVARDE, NÃO SABIA EDUCAR CRIANÇAS! CRIANÇAS DEVEM SER TRATADAS COMO SÃO, SUA SEM EDUCAÇÃO! POR SER UMA PIRRALHA MAL EDUCADA, VAI SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS! — gritou mais alto retirando seu cinto de couro dos quadris.

Imediatamente saí correndo, fui até o armário do meu quarto e fechei a porta. Consegui ouvir seus passos pesados de longe, se aproximando de mim. Agora ele está no quarto, procurando por mim. Senti calafrios percorrerem por todo o meu corpo e agora o medo me invadiu.

— Ei, mocinha. Eu sei que está aqui em algum lugar. Se sair agora, não irá sofrer tanto quanto imagina... disse com uma voz suave, aterrorizante.

— Alyssa Diana McKenna Hernandez, venha aqui AGORA! disse Dolph insistindo em colocar seu sobrenome após o meu. Eu o odeio.

— Menina, você realmente não quer me ver furioso disse ele arrastadamente, como um drogado. — Se eu estiver furioso, irá conhecer o inferno falou, tentando me causar medo, e funcionou.

Me encolhi entre minhas pernas e estava quase me afogando com as minhas próprias lágrimas. Fui para o lado e sem querer derrubei uma caixa com sapatos, causando um barulho que Dolph facilmente escutaria.

Mamãe, me ajude. Por favor.

— Acho que ouvi um barulho... Foi você, não é, ALYSSA? ressaltou "Alyssa" quando abriu a porta e me viu no canto do guarda-roupas chorando igual uma tola. — Menina fodida do caralho, sua mãe é puta igual a você. Por isso agora ela tem aquele belo par de chifres disse debochando e eu seguida me puxou pelo pulso, me arrastando no chão de madeira fria bruscamente e ralando meus joelhos.

— Por favor, não faz isso lhe implorei e o homem nem se quer teve reação, continuou me arrastando.

— Por quê? disse e logo riu como um sádico.

Quando chegamos na cozinha, Dolph me largou no chão e pegou uma cadeira qualquer, provavelmente para me amarrar nela. Já estou meio acostumada com isso, só que das outras vezes ele não me arrastou pelo chão e nem me amarrou na cadeira. Ele já fez isso com a minha mãe, quando ela estava dormindo e ele ingeria nela um comprimido que fazia sua pressão baixar e ela desmaiar. Eu já vi e presenciei isso diversas vezes.

Como eu esperava, ele me pegou de novo e me colocou na cadeira, em seguida me amarrando. Cedi e não tentei fugir pois se eu tentasse algo, estaria mais ferrada ainda. Foi desse jeito que descobri que ele é mais forte do que parece.

— Doeu mais do que eu pensei... murmurei para eu mesma após levar dois tapas no rosto, deixando-o vermelho. Em seguida, Dolph retira totalmente seu cinto e estrala ele em minhas pernas, fazendo elas arderem e latejarem muito. Isso se seguiu repetidamente, até eu ficar com o corpo inteiro marcado e desmaiar.

(...)

— Aly, você está bem? perguntou Nathan acima de mim. — Você desmaiou de novo, já quarta vez na semana. Está aí há faz cinco horas falou confuso e meu padrasto estava com uma cara de pena, como se não fosse ele que causou isso em mim.

Without Looking Back | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora