ALYSSA VISION
Flaskback
— VOCÊ NÃO CONSEGUE FAZER MERDA NENHUMA, NÃO É? — berrou meu padrasto. — SEMPRE ESTRAGA TUDO!
— EU SÓ TENHO 8 ANOS! O papai não era assim... — disse e ele se enfureceu.
— QUE SE FODA O SEU PAPAI! ELE ERA UM COVARDE, NÃO SABIA EDUCAR CRIANÇAS! CRIANÇAS DEVEM SER TRATADAS COMO SÃO, SUA SEM EDUCAÇÃO! POR SER UMA PIRRALHA MAL EDUCADA, VAI SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS! — gritou mais alto retirando seu cinto de couro dos quadris.
Imediatamente saí correndo, fui até o armário do meu quarto e fechei a porta. Consegui ouvir seus passos pesados de longe, se aproximando de mim. Agora ele está no quarto, procurando por mim. Senti calafrios percorrerem por todo o meu corpo e agora o medo me invadiu.
— Ei, mocinha. Eu sei que está aqui em algum lugar. Se sair agora, não irá sofrer tanto quanto imagina... — disse com uma voz suave, aterrorizante.
— Alyssa Diana McKenna Hernandez, venha aqui AGORA! — disse Dolph insistindo em colocar seu sobrenome após o meu. Eu o odeio.
— Menina, você realmente não quer me ver furioso — disse ele arrastadamente, como um drogado. — Se eu estiver furioso, irá conhecer o inferno — falou, tentando me causar medo, e funcionou.
Me encolhi entre minhas pernas e estava quase me afogando com as minhas próprias lágrimas. Fui para o lado e sem querer derrubei uma caixa com sapatos, causando um barulho que Dolph facilmente escutaria.
Mamãe, me ajude. Por favor.
— Acho que ouvi um barulho... Foi você, não é, ALYSSA? — ressaltou "Alyssa" quando abriu a porta e me viu no canto do guarda-roupas chorando igual uma tola. — Menina fodida do caralho, sua mãe é puta igual a você. Por isso agora ela tem aquele belo par de chifres — disse debochando e eu seguida me puxou pelo pulso, me arrastando no chão de madeira fria bruscamente e ralando meus joelhos.
— Por favor, não faz isso — lhe implorei e o homem nem se quer teve reação, continuou me arrastando.
— Por quê? — disse e logo riu como um sádico.
Quando chegamos na cozinha, Dolph me largou no chão e pegou uma cadeira qualquer, provavelmente para me amarrar nela. Já estou meio acostumada com isso, só que das outras vezes ele não me arrastou pelo chão e nem me amarrou na cadeira. Ele já fez isso com a minha mãe, quando ela estava dormindo e ele ingeria nela um comprimido que fazia sua pressão baixar e ela desmaiar. Eu já vi e presenciei isso diversas vezes.
Como eu esperava, ele me pegou de novo e me colocou na cadeira, em seguida me amarrando. Cedi e não tentei fugir pois se eu tentasse algo, estaria mais ferrada ainda. Foi desse jeito que descobri que ele é mais forte do que parece.
— Doeu mais do que eu pensei... — murmurei para eu mesma após levar dois tapas no rosto, deixando-o vermelho. Em seguida, Dolph retira totalmente seu cinto e estrala ele em minhas pernas, fazendo elas arderem e latejarem muito. Isso se seguiu repetidamente, até eu ficar com o corpo inteiro marcado e desmaiar.
(...)
— Aly, você está bem? — perguntou Nathan acima de mim. — Você desmaiou de novo, já quarta vez na semana. Está aí há faz cinco horas — falou confuso e meu padrasto estava com uma cara de pena, como se não fosse ele que causou isso em mim.
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Without Looking Back | Tom Kaulitz
RomanceAlyssa McKenna acabou de se mudar para a Alemanha, onde conheceu suas amizades verdadeiras e viveu sua adolescência inteira. Depois de um tempo, as coisas foram esquentando, e o clima entre Alyssa e seu vizinho, Tom Kaulitz, aumentou. Tudo ocorria...