Capítulo 49 - Te achei

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Algumas semanas depois...
ALYSSA VISION

Chegou o momento que mais temíamos.
A comida acabou, e alguém teria que ir comprar mais. Mas o problema era: Quem?

— Temos que conversar — chamei.

— Sim, e vamos decidir quem vai ir reabastecer o estoque de comida — Hanna disse.

— Eu acho que as pessoas que deveriam ir são ou o Julian ou a Emily — Kristina disse.

— Eu acho que é o oposto, primeiro porque Priscila nos conhece há mais tempo e estamos sendo procurados pelos seguranças dela, já que atiramos em alguns dos seus clientes... — Julian se defendeu.

— Eu e Kris não poderíamos ir também, porque Priscila sabe tudo sobre mim e provavelmente me encontraria fácil fácil, assim como Kris — disse Hanna. — Seria melhor se fosse ou o Tom, ou a Alyssa.

— Poderia ser pior ainda, ela quer nos matar! — exclamei tensa.

— Ela quer matar todos nós — dizia Emily —, na verdade. Então não faria muita diferença.

— Aly, eu acho que seria melhor se fosse você — Tom disse me encarando. — Você é a mais ágil daqui, e também teria menos chance de ser reconhecida de você se disfarçar bem. E também tem o detalhe de que todo para o mundo estamos mortos.

— Alyssa, você consegue. Confiamos em você — Hanna disse e os outros concordaram. — Dependemos disso, e você pode fazer isso.

— Se for assim, eu vou — concordei. — Mas vou levar uma arma.

— Claro, já estava nos meus planos. Vá com essa roupa mesmo, é bastante comum e não vai chamar atenção. Se qualquer coisa acontecer, aperte esse botão aqui — Hanna disse me entregando uma pequena escuta, que provavelmente iria apitar se eu a apertasse. — A escuta vai mostrar a sua localização para nós, então poderemos te ajudar caso algo aconteça. Deixe as compras perto da floresta, eu vou lá pegar as coisas e você volta para cá.

— O.k... Vai dar tudo certo — disse, indo em direção ao corredor que levava até a floresta.

— Ah, uma última coisa — chamou Hanna. — Se algo der errado, corra. Corra até chegar aqui, e não seja vista.

— Vou tomar cuidado, mas agora eu tenho que ir — falei, colocando a mão na bolsa onde estava a arma e a escuta.

Passei pelo corredor e então sai do local, tendo a visão de várias árvores grandes e cheias ali. Caminhei lentamente por alguns minutos até chegar no mercado mais próximo dali, e felizmente ninguém me reconheceu. Entrei no mercado com a cabeça abaixada e peguei qualquer coisa que estivesse ali. Voltei com o carrinho cheio e fui em direção ao caixa, onde havia um senhor com cabelos brancos e roupas de trabalho atendendo uma mulher.

— Tenha uma ótima tarde, senhora. — Ele disse à mulher. — Olá, querida. Coloque as coisas aqui.

Fiz o que ele mandou e evitei olhar em seus olhos.

— Aqui o dinheiro — disse rapidamente, entregando as notas de 100 para o mais velho e sorri levemente, para não ficar estranho.

Eu estava indo embora, até que ele me chamou novamente:

— Senhorita, você esqueceu o troco! — disse ele, estendendo o dinheiro à mim. Peguei as notas e enfiei na bolsa, querendo sair dali o quanto antes.

— Obrigada, senhor — respondi e ele pareceu me analisar, então percebi que era hora de ir.

— Ei, você não é a-

Without Looking Back | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora