Capítulo 18 - Priscila Castro

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4 meses depois
NARRADORA VISION

O tempo foi passando e tudo corria muito bem. A banda fazendo seus shows na Alemanha, Cassie e Alyssa com seu emprego na boate, (inclusive estavam querendo fazer propostas para Alyssa cantar algumas músicas) relacionamentos estáveis, tudo estava perfeito, até demais.

Os meninos estavam ensaiando na garagem para o próximo show e as meninas observando, elas subiram e voltaram para a casa. Eles terminam e Alyssa desce porque não viu Tom voltando, então ela vê.

Priscila Castro.

ALYSSA VISION

Desci as escadas para procurar Tom, já que todos já tinham voltado e só ele não. Cheguei na garagem e... Priscila. Estava. Com. Uma. Arma. Apontada. Para. A. Cabeça. De. Tom.

— Ha, então a espertinha aqui está me atrapalhando... — disse ela, rindo maldosamente e não tirava a arma da cabeça do meu namorado. Tom estava muito assustado, suando frio, eu também estava, eu sabia que Priscila era capaz de fazer muitas coisas.

— Se você encostar um dedo nela, eu prometo que não terá mais nenhum — Tom disse autoritário e sério, travando o maxilar. Priscila deu risada.

— Jogue a arma no chão, agora — eu mandei e ela deu mais risada ainda, e continuou com a pistola na cabeça de Tom.

— Quem você pensa que é para mandar em mim? Vai se foder, garota. Reforço, AGORA! — Priscila gritou e 3 homens armados apareceram, 2 atrás de mim e 1 com Tom e Priscila. Eles me pegaram e amarraram minhas mãos e as de Tom, cobrindo nossas bocas com um pano.

— Levem eles para o carro, e saiam daqui —ordenou e eles me puxaram bruscamente até o carro, porque eu tentava gritar e me contorcia tentando me soltar dos 2 homens, mas parecia impossível.

Nos jogaram ali e a motorista nos olhou pelo retrovisor. Nesse mesmo momento, vi que era a repórter filha da puta, Daniela. Eu sabia que seu sobrenome era familiar. Então lembrei que a Priscila tinha uma irmã. Elas eram até que bem parecidas, arrogantes, esnobes, filhas da puta (da mesma), mentirosas e assassinas. Priscila foi em outro carro com os seguranças e foram na frente, enquanto Daniela seguia sua irmã.

Cheguei mais perto de Tom, tentamos desamarrar as cordas das mãos um do outro, mas parecia que colocaram ferro quente ali e deram 5 nós firmes. Eu estava entrando em desespero, sabia que Priscila já havia matado muitos animais (inclusive meu cachorrinho) e pessoas também. Não sei porque ela estava fazendo isso, mas não podíamos ficar sem fazer nada. Então resolvi agir.

Chutei o banco da frente, o de motorista, onde Daniela estava. Ela olhou para trás e logo chutei sua cara, vi que seu nariz quebrou e estava sangrando. Colocou as mãos no nariz e as tirou do volante, assim perdendo o controle do veículo. Logo Tom fez o mesmo que eu e começou a chutar ela enquanto eu tentava quebrar a janela com o pé.

Priscila percebeu e rapidamente brecou seu carro e entrou no que nós estávamos, tomou o controle do volante indicando para Daniela ir para o banco de passageiro.

— Olhem só! Se vocês continuarem fazendo isso, nunca mais verão um ao outro, porque vocês estarão mortos — disse ela séria e depois começou a rir loucamente.

— V-oc ê é-é lou-c a Prisc-i la — Tom tentou dizer, mas ainda havia um pano amarrado na sua boca, assim como na minha.

— O coitado nem está conseguindo falar! — Voltou a rir e Daniela riu um pouquinho também.

Continuamos quietos dentro do carro com as irmãs assassinas enquanto o outro carro guiava elas na frente. A esse ponto os garotos já teriam percebido nosso sumiço, mas por azar meu celular ficou carregando no meu quarto e o celular do Tom eu sei que sempre fica na cozinha junto com o dos outros meninos, para eles se concentrarem no ensaio. Merda.

Os dois carros pararam em frente à um beco, entre 2 lojas abandonadas. Priscila ajudou sua irmã a sair do carro e chamou um segurança para concertar o nariz quebrado. Os outros 2 homens seguraram meus braços para trás e logo depois os de Tom, nos guiando até uma sala escura que estava caindo aos pedaços. Tinha cheiro de esgoto e bebida alcoólica, com muitas garrafas de cerveja e coisas do tipo espalhadas pelo chão, algumas quebradas e com sangue. Isso me preocupou bastante.

— Levem esses escrotos para a Sala 3, as outras estarão ocupadas — Priscila disse cinicamente, me fazendo olhar apavorada para Tom.

A "Sala 3" na verdade era uma cela, tipo as que tem nas cadeias com os presidiários. Tinha paredes de ferro e metal no espaço pequeno e grades por cima. O homem número 1 amarrou minhas mãos por trás do meu corpo em uma das grades do lado e o homem 2 amarrou Tom próximo de mim. Tiraram os panos das nossas bocas e foi aí que começamos a dizer:

— Seus arrombados de merda! Tirem a gente daqui! — eu disse e os dois riram. — Pagamos o quanto quiser, por favor! — eu disse chorando.

— Porra, não tem nada melhor para fazer ao invés de sequestrar pessoas? Merecem ir para o inferno, retardados filhos da puta — Tom disse, fazendo os dois o olharem sérios.

— Nós somos muito bem pagos para fazer isso, então temos um bom motivo. — Saíram gargalhando pela porta de metal, nos deixando sozinhos e com medo.

— Fodeu — dissemos em uníssono.

Alguns minutos de silêncio pairavam o ar, até que Tom resolveu falar:

— Gatinha, você sabe que eu sempre vou estar aqui com você e se tentarem fazer qualquer coisa com você eu vou impedir. — Tom disse olhando nos meus olhos e eu assenti. — Então não fique com medo, se não eu vou ficar com mais do que eu estou agora. — Ele sorriu e eu sorri dando um suspiro pelo nariz, negando com a cabeça. Mesmo em uma situação dessa ele consegue me fazer sorrir, como pode?

— Vai ficar tudo bem... eu espero — disse tentando alcançar sua mão, mas só consegui encostar nos seus dedos. O Flashback veio à tona.

— Sim, eu espero — disse ele, apertando seus dedos nos meus, que estavam tremendo mais que o normal.

Estava quase dormindo quando ouvi alguém escancarar a porta, quase arrombando ela. Daniela estava lá nos olhando com a mão sobre o nariz já concertado.

— Kaulitz, fique bem quietinho se não quiser que a sua namoradinha sofra — Daniela disse vindo na minha direção, retirando minhas mãos das celas e as colocando em um poste que tinha no canto da sala que Tom jurou ser de pole dance. Colocou uma venda sobre meus olhos e sobre a minha boca também, e o cansaço fez meus braços doerem por estar para o alto.

Escutei os passos de Daniela se afastando e murmurando alguma coisa para alguém e logo novos passos vieram na minha direção, de duas pessoas diferentes, que consegui identificar com Prisputa e o segurança número 2. Ouvi um Tom desesperado acelerar sua respiração e tentar falar, mas provavelmente colocaram algo em sua boca. Não entendi o porquê dele estar assim, mas logo saquei.

Dor.
Dor.
Dor.

Sangue saía da minha barriga e dos meus pulsos, estavam me cortando com uma faca. O segurança estava nos meus pulsos, por ser mais alto e alcançá-los mais facilmente e Priscila na minha barriga, me fazendo berrar quase sem voz sobre o tecido grosso que estava na minha boca. Tom estava gritando desesperado também, mas os dois que estavam na minha frente o ignoraram.

Continuaram me cortando até eu desmaiar, porém eu não podia, o Tom iria ficar devastado me vendo desse jeito. Me segurei muito para não cair no chão, senti meu corpo pesar e comecei a derramar lágrimas dos meus olhos cegos, mas logo minha visão ficou mais escura do que antes e não senti mais nada. Agora era a hora do Tom, não, não, não, não, NÃO NÃO NÃO!!! Ele não pode ficar no mesmo estado que eu, mas não tinha o que eu fazer e...






Continua... ou talvez não...

Without Looking Back | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora