Capítulo 15 - Esse cara sou eu, gatinha

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26 de junho, 4 dias depois, 2007 - 18:32
ALYSSA VISION

Cassie e eu estamos nos arrumando para o nosso primeiro dia de trabalho, começa às 19h e vamos ir a pé mesmo. Peguei minha bolsa e fui ao banheiro, me olhei no espelho e vi que eu estava bonita, como sempre, mas senti que eu estou diferente,
não sei porque. Voltei ao quarto e Cassie me esperava na porta.

— Vamos lá, princesinha Sofia. Depois você se olha no espelho — disse ela debochando e fomos até a saída. Caminhamos e chegamos 18:56, 4 minutos antes. 

Os minutos se passaram e o chefe abriu a boate, logo a música começou a tocar e muitas pessoas foram entrando. Eu, Cassie, Leo e Yasmin (a outra garçonete) estávamos servindo as pessoas, com whiskeys, cervejas, tequila, etc. Todos estavam se divertindo muito, pulando e gritando igual doidos.

Queria muito poder estar ali no meio, principalmente porque havia um palco perto da pista de dança, onde os cantores se apresentavam as vezes, ninguém sabe mas eu amo cantar, não sou a melhor, mas adoro cantar no chuveiro e no meu quarto as músicas que escuto.

Sei que hoje uma garota vai vir para cantar, ela chegaria daqui a pouco, então nós estávamos nos preparando. Assim que entreguei uma cerveja para uma garota, o chefe disse:

— Alyssa, você conhece alguém que sabe cantar? A menina que iria cantar não consegue vir hoje, bateram no carro dela e ela se machucou — ele disse sério, olhando bem para mim.

— Bom... eu não conheço ninguém, mas eu sei cantar. Se precisar, estou aqui.

— Ótimo! Então você irá no palco substituir ela, farei um aumento no seu salário. Te passarei as 3 músicas que você vai cantar, boa sorte. — Me deu um tapinha no ombro e se foi. O.k., estou meio nervosa agora.

— Atenção! Senhoras e senhores, agora irá subir no palco: Alyssa McKenna? — Leo disse meio confuso, mas depois vi que o chefe disse algo para ele que logo parecer entender.

— Bom, suba ao palco, McKenna! — Leo disse novamente e a Cassie me entregou o microfone e sussurrou "Você vai arrasar!"

Comecei a cantar um pouco envergonhada, mas depois me soltei mais. Eram todas músicas que eu conhecia, amém! Cantei como se minha vida dependesse daquilo, porque essas eram as minhas músicas preferidas, e todas aquelas pessoas cantavam junto comigo. Me senti honrada, porque todo mundo ali esperava outra cantora que era profissional e cantava super bem, mas mesmo assim estavam curtindo o que eu estava fazendo.

O fim da 3ª música chegou e todos bateram palmas, logo ouvi um assobio alto, e percebi que era Tom, e ao seu lado estava Bill, Gustav e Georg. O que ele estava fazendo ali? Enfim, não me importei muito e agora estava voltando para o balcão.

— MEU DEUS, ALICE!!! POR QUE VOCÊ NÃO ME CONTOU QUE CANTA?!?— Cassie disse pegando no meu braço. — VOCÊ ARRASOU MUITO!!!!— Me abraçou e eu sorri.

— Obrigada. E, ah, isso não era importante antes, eu cantava porque gostava, só isso, e o chefe estava procurando alguém para substituir a garota que ia cantar, e eu me ofereci pra ajudar.

— Aah, que amor! Mas acho que você tem companhia agora... — disse ela, se afastando e indo até o balcão. Olhei para trás e lá estava Tom, me olhando daquele jeitinho malicioso dele. Desviei o olhar rapidamente para encontrar meu chefe, logo o avistei perto da bancada de bebidas, que piscou para mim e assentiu com a cabeça.

Então fui até Tom, ele estava muito lindo. Seus dreads estavam arrumados, usava uma touca preta e um boné vermelho e preto inclinado para o lado. Camiseta preta e calças jeans claras e enormes. Seu olhar estava fixo somente à mim, ignorando todas as garotas que o olhavam e perseguiam.

— Moça, sabia que você é muito bonita? — ele disse ironicamente, lambendo os lábios e colocando suas mãos lentamente na minha cintura.

— Ah, é? A gatinha aqui já tem dono — eu disse e me aproximei para o ver melhor.

— Como é o dono? É lindo, tem dreads, roupas largas e faz você pirar? — Me puxou para mais perto ainda com suas mãos.

— Sim, exatamente... — Coloquei minhas mãos em sua nuca.

— Esse cara sou eu, gatinha — Tom disse e me beijou, um beijo sem malícia, só amor. Naquele momento só estavam eu e Tom, Tom e eu. Ninguém mais importava.

O puxei para mais perto de mim pela nuca e ele fez o mesmo com a minha cintura, só que era impossível, não havia espaço entre nós. Beijei ele como se fosse o nosso último momento, como se o mundo estivesse prestes a acabar. Estava tocando uma música mais lenta, algumas pessoas dançando, outras se pegando, assim como eu e Tom. Íamos de um lado para o outro, mas sem sair do lugar. Paramos o beijo e eu o abracei, apoiando minha cabeça em seu peitoral, perto do pescoço. Ele encostou sua cabeça na minha e ficamos assim até a música acabar.

Percebi que as pessoas estavam indo embora, de mãos dadas, no colo uma da outra, felizes. Agora realmente só estava eu e Tom ali, sozinhos.

— Alyssa, você fecha hoje — o chefe disse e deu uma piscadela, saindo feliz e bêbado.

Ficamos mais uns minutos em silêncio, só ouvindo as respirações pesadas um do outro.

— Estamos só.

— Sim.

— Sabia que eu te amo mais que tudo no mundo? — Tom disse, com os olhos brilhando.

— Sim, eu também te amo mais que tudo, Tom. — Uma lágrima escorreu do meu olho, Tom a enxugou com o polegar e me beijou.

Esse com certeza foi o melhor beijo da minha vida, com a pessoa da minha vida, no meu momento mais feliz da minha vida.

— Aly, posso te perguntar uma coisa? — Tom sussurrou em meu ouvido e deu um selinho no meu pescoço.

— Claro que sim! — disse sorrindo e fiquei na ponta dos pés, deixando um selinho em seu pescoço também.

Ele tirou alguma coisa do bolso e se ajoelhou.

— Alyssa Diana McKenna, esperei esse momento por longos 6 anos. Desde que eu te vi eu sabia que era você a pessoa que quando eu acordasse eu desejaria olhar. Sabia que você é a minha garota. Sabia que algum dia eu te conquistaria. Sabia que eu sempre te amei. Eu te amo muito e sempre vou te amar. Farei tudo por você, quero viver ao seu lado, todos os dias, todos os seus melhores momentos quero que seja comigo ao seu lado. Por isso, tenho a honra de perguntar: Você aceita namorar comigo?

1 segundo se passou.

— Sim, Tom Kaulitz. SIM!! — Pulei em seus braços e o agarrei pelo pescoço, logo me segurou e começou a me girar. Tom me colocou no chão e no mesmo segundo me beijou. Senti uma lágrima cair do meu olho, era de felicidade.

— Vou te fazer a mulher mais feliz do mundo. — Ele colocou a aliança de prata no meu dedo, encaixou certinho. Tom obviamente sabia minha numeração, já que roubava meus anéis e colocava no dedo mindinho, já que seus dedos eram muito maiores que os meus. Ele sabia também o jeito que eu queria, já que um dia eu lhe disse, na época que eu achava que o Bill gostava de mim.

Ele pegou outra aliança e colocou no seu dedo anelar, entrelaçou sua mão na minha nuca e a outra voltou para a minha cintura. Me beijou calmamente e depois colou nossas testas, estava me olhando no fundo dos olhos assim como eu. Queria senti-lo inteiro, me entregar totalmente à ele. Passei minha mão por baixo da sua camisa e arranhei seu abdômen perfeitamente delineado. Acho que ele andou malhando nesses últimos meses.

Senti Tom arrepiar ao passar minhas unhas novamente na sua barriga. Tom desamarrou o nó do meu avental de garçonete por trás e deixou cair no chão, eu estava com uma mini-saia preta e uma blusinha meio transparente. Ele beijou minha testa, bochechas, nariz, boca, pescoço, peito, mão, barriga e coxas. A cada toque seu deixado no meu corpo era uma sensação diferente. Tom me deixa maluca.

— Vem. Vamos embora — disse ele todo sorridente, me pegando no colo como se eu fosse sua noiva e pegou as chaves do balcão, me deixou no chão e depois tranquei o local. Tom voltou a me beijar e fomos até seu carro para irmos para casa.

Agora sim, esse é o melhor dia da minha vida.





Continua...









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Without Looking Back | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora