Capítulo 1 - Nunca olhe para trás

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18 de abril, 2001 - Alemanha
ALYSSA VISION

Estava nervosa. Acabei de chegar na Alemanha com o meu irmão, Nathan, e a minha mãe. Viemos para cá porque foi onde meu pai passou quase toda a sua vida, e também onde conheceu minha mãe. Meu pai faleceu à 7 meses, câncer de pele. Porém, ele só descobriu que desenvolveu câncer quando já estava em um estado mais avançado, então só pode viver mais 1 mês. Suas últimas palavras foram: "Nunca deixem te dominarem, filha, e nunca olhe para trás". Então ele adormeceu, e nunca mais acordará...

Estamos na casa que minha avó morava antigamente, até minha mãe conseguir estabelecer um emprego aqui e conseguir restaurar a casa. Agora eu estava sozinha, quer dizer, estava com a Marian, a moça que cuidava de mim, ela é muito legal. Ela fica comigo enquanto meu irmão está na faculdade e minha mãe no trabalho.

Desde que nos mudamos para cá, sinto que algumas coisas estranhas estão acontecendo, ou é só paranoia da minha cabecinha de uma menina de 11 anos. Tipo quando fui ao mercado com a minha mãe semana passada e todo mundo estava me olhando estranho, ou quando um menininho de uns 6 anos me perguntou se eu tinha bala para dar para o cachorro dele. Como eu não tinha nenhuma desculpa, disse que dei todas as minhas balas para o meu cachorro, e ele foi embora. Depois fiquei pensando se cachorros não morreriam se comessem uma bala, fiquei rindo disso.
Esses dias fui no parquinho que tem aqui perto e conheci uma menina chamada Cassie, ela tinha cabelos enroladinhos que eu achei muito fofo, olhos meio verdes, mas também meio castanhos, também tinha um menino engraçado, com cabelo espetado, mas eu não perguntei seu nome.

Enfim, como estava sozinha, chamei Cassie para vir aqui em casa brincar comigo. E enquanto eu esperava ela chegar, estava assistindo um desenho aleatório na TV.

Estava tudo muito silencioso, eu podia escutar meus próprios batimentos, até que escuto batidas na porta. Pulei do sofá correndo, pensando que era a Cassie, mas estava enganada.

Era um menino que eu tenho a impressão de já ter visto antes. Seus cabelos pareciam uns cipós loiros, ele estava usando roupas que com certeza não eram do seu tamanho, porque eram 3 vezes maior que seu corpo, e nos pés tinha um tênis surrado azul escuro, que pareciam que iam pular para fora a qualquer momento.

— Oi — disse a ele

— Oi — o menino me falou. — Sou seu vizinho, moro na casa 5.

— Quem é você?... — disse, meio envergonhada. 

— Meu nome é Tom, Tom Kaulitz. — Que nome engraçado que ele tem.

— Sou Alyssa, prazer, TOM — eu disse rindo.

— O prazer é todo meu, ALYSSA — ele disse debochando.

Não sei, ele me parece suspeito. Talvez porque tenha batido do nada na porta da minha casa?

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, receosa.

— Ah, achei que deveria vir comprimentar meus novos vizinhos, mas se não gostou eu vou embor- cortei ele antes que falasse mais alguma coisa.

— NÃO! Me desculpa, eu só achei estranho um menino que tem um cabelo que com certeza não consegue nem pentear e que eu nunca vi na vida aparecer assim do nada na frente da minha casa — falei, de novo envergonhada.

— Não tem problema, gatinha. — Ele abriu um sorriso de canto que me desmontou inteira...

— Ah, que bom... Então, já que você está aqui, quer ficar para brincar comigo e com minha amiga que ainda não chegou?

— Beleza, mas eu posso chamar o ser chato que eu chamo de irmão? — ele disse, ironicamente. 

— Claro que sim! — disse ainda mais animada. Finalmente vou ter amigos!

— Ei, sabia que você é muito bonita? — disse ele com um sorriso ladino nos lábios, enquanto lambia-os bem devagar me olhando de cima a baixo algumas vezes.

Nesse momento eu senti meu rosto arder, puta merda, estava corando e sentindo que eu ia desmaiar, porque ninguém nunca me elogiou assim... MAS OPA OPA, foi só um ELOGIO!

— Ah... obrigada — disse, ainda vermelha.

— Tá, eu volto aqui quando eu conseguir achar ele, porque pelo jeito ele foi para Nárnia — Tom disse irônico novamente.

Soltei umas risadinhas e voltei para dentro, ainda pensando no que acabou de acontecer, até que saio do transe e escuto Marian me chamando.

— Alô? Terra para Alyssa? Querida, estou te chamando! — ela disse, aparentemente irritada.

— Desculpa, estava distraída... — Soltei um riso.

— Percebi... — Ela também riu um pouco — Quem era aquele garoto? — Marian perguntou com um sorriso de orelha a orelha, que horror.

— Ele é o nosso vizinho, e eu chamei ele pra brincar comigo e com a Cassie.

— O.k... Quer que eu prepare um lanche?

— Não precisa, eu me viro aqui — respondi com pressa, pois estava esperando eles chegarem.

— Tudo bem, qualquer coisa me chame! — A mulher saiu do cômodo e foi para a cozinha.

Passaram-se 2 minutos e escutei batidas na porta. Eram eles, pensei. Andei até a porta de novo e abri com o maior sorriso do mundo no rosto, e lá estavam eles: Tom, Cassie, e o menino do parquinho? Estranho...

— Oi, Cassie! Oi, Tom. — Cheguei abraçando ela e acenei para Tom que sorria levemente.

— Oi. — Os três responderam juntos.

— Esse é o meu irmão, Bill. — Tom apontou para Bill, que me lançou um sorriso lindo...

— Ah, eu conheço ela — Bill disse, trazendo a atenção de Tom para mim. — Ontem ela estava comigo brincando no parquinho junto com a Cassie. — Ele lembrou, assim como eu.

— É verdade, sou Alyssa, não te falei ontem... — respondi me encolhendo, por ser mal educada e não ter nem falado meu nome a ele.

— Tudo bem, Aly. — Puts, daqui a pouco vou virar um tomate se continuar desse jeito.

— Então, o que vamos fazer? — Cassie perguntou.

— Vamos jogar videogame!! — respondi, voltando com o ânimo e sinalizando com as mãos para que eles entrassem.

Os irmãos se sentaram em uma ponta do sofá, Cassie na outra e eu estava de pé pegando alguns jogos na prateleira.

— Ha, duvido que ganhe de mim — Tom disse, porém Bill estava rindo tanto que quase estava chorando, fiquei sem entender e Cassie também.

— O que foi Bill? — Perguntei ao mesmo tem que Cassie.

— É que o Tom diz isso sendo que até uma anta ganha dele. — Bill ainda estava rindo.

— Mas eu ganho de você todas as vezes, idiota — Tom disse ao Bill que parou de rir imediatamente.

— Enfim, vamos começar logo! Eu e Cassie contra vocês dois!! — E assim começou a putaria.

Foi assim que conheci meus melhores amigos, e desde então ficamos inseparáveis. Nesse mesmo dia, conheci Georg e Gustav, dois garotos muito legais também. E acho que comecei a gostar do Bill... O jeito de me encantou. Ele era totalmente o oposto de Tom. Bill era carinhoso e atencioso, também muito fofo. Amo a companhia dele e sempre achei que rolava alguma coisa entre nós, ou eu posso estar enganada. E enquanto isso, Tom não é lá o mais carinhoso de todos, mas é o meu melhor amigo que em todos os lugares estamos juntos. Ele era fofo comigo por ser muito próximo de mim, mas com todas as peguetes dele... não posso dizer o mesmo. Não posso negar que ele é muito lindo, porém nada comparado com Bill. Estou esperando uma oportunidade aparecer para me declarar a ele...


Continua...



**gente essa é a minha primeira fanfic, se estiver ruim não me julguem**

**deixem votos e comentários para ajudar a patroa aqui que está escrevendo uma linda história para vcs 🫶💗🛐**

Without Looking Back | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora