Capítulo 23 - Arco-íris

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14 de outubro, 2008 - 9:34
ALYSSA VISION

— Bom dia, companheiros. — Priscila chegou batendo uma panela contra outra no meu ouvido, que fez um barulho muito alto e irritante.

— Oi — respondi seca.

-/ Nossa, eu trouxe uma comida especial hoje para comemorar esse tempinho que vocês dois passaram aqui e você fala comigo assim? Que grosseria — a mulher cuspiu na minha cara, fazendo uma carinha de santa e tirando seus cabelos longos e ruivos dos olhos azuis mais perversos que eu já vi.

— Ah, que pena — disse eu debochando e logo seu sorriso falso murchou.

— Agora você vai se arrepender por ter dito isso — disse ela, enfiando um comprimido na minha boca junto a uma refeição comum, mas com um cheiro estranho. Me deu um copo com água que não parecia água, parecia um líquido com alguma coisa dentro.

Foi até Tom e fez o mesmo com ele, voltando a seu posto de santinha sorridente e começou a bater as panelas, saindo da sala rindo loucamente enquanto seus seguranças a seguiam.

— Tommm eu nãooo essstou me senntindo bemmmm... — eu disse totalmente sem consciência do que estava falando.

— Euuu também nãoo estou, Alyyyyssaaaaa... — Tom disse igual um doido, assim como eu e começamos a rir, logo tudo ficou preto.

(...)

Acordei e eu estava em uma cama, junto a um homem estranho sentando ao meu lado em uma cadeira.

— Quemmm é você? Ondeee eeeeu essstouu? — perguntei, totalmente confusa. — Ai, minha cabeça — disse e coloquei minha mão sobre a testa; estava doendo muito. Ainda estou tonta e não sei o que acabei de dizer, só sei que esse cara ficou muito bonito do nada.

— Oi, eu sou um ajudante da Priscila, ela disse para eu fazer meu trabalho quando você acordasse... — disse o cara, sorrindo maliciosamente e eu não entendi.

— E ooo que vocêee vai fazerrr, exxxxatamente? — perguntei, me afastando e sentindo um certo desconforto do homem bonito.

— Algo que você não vai gostar, mas eu vou ganhar muito dinheiro com isso — disse ele, tirando sua calça e erguendo sua blusa; estranhei mas logo percebi. Tentei sair da cama mas minhas pernas não se mexeram, nem meus braços, um músculo sequer, estavam paralisados, aparentemente.

— Não se atreva a fazer qualquer coisa que eu não mandar quando puder se movimentar, se não eu te matarei. — O homem estava com raiva e me entregou um copo com um líquido e um comprimido suspeito, tomei e senti minhas pernas e braços novamente, mas estava mais tonta ainda.

— Tire a roupa. Não me faça perder tempo — ele disse e eu engoli em seco. Ia fazer sexo com um cara que acabei de conhecer e que eu nem sei o nome, e ainda por cima contra a minha vontade. Isso é estupro.

Não posso fazer isso, mas se eu não fizer ele pode me matar, ele viu que eu estava apavorada e olhou para uma mesa perto da porta, lá havia uma arma, esperando por ele.

Tirei minha roupa com muito esforço e nojo e o homem suspeito começou a entrar dentro de mim, gostaria de morrer agora. Ele obviamente estava sentindo prazer, mas eu não. Eu só estava sentindo dor e nojo. Se eu estivesse mais sóbria e menos drogada chutaria sua cara e pegaria a arma sem nem pensar 2 vezes, mas infelizmente aquele líquido que ele me deu derreteu meus neurônios.

O homem continuou me penetrando e me tocando, porém eu não poderia fazer nada. Percebi que havia outra arma perto de seus pés, que ele poderia pegar a qualquer momento. Ele continuou me abusando e eu estava muito mole, não conseguiria fazer nada. Logo ele se retirou de mim e me deu outro comprimido, era maior que o de antes; colocou em um copo com um pouco de água e despejou na minha garganta, engoli e me senti arder inteira, minha visão estava borrada, enxergava tudo diferente.

Without Looking Back | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora