Capítulo 25 - Outros ajudantes

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6 meses depois, julho, 2009
TOM VISION

As coisas mudaram um pouco por aqui, a Priscila não liga tanto para gente e não faz questão de nos torturar, o que é ótimo. Agora ela está focando em assaltar bancos e gastar o dinheiro com coisas caras e de luxo. Se é assim, ela pode devolver o meu relógio que foi caríssimo e que eu gostava tanto, mesmo sem saber que horas eram, já que não sei ler relógio de ponteiro.

Eu e a Aly não estamos mais em celas, mas sim em um quarto, meio fodido, mas tem uma cama para dormirmos e fazer outras coisas, se é que me entende.

— Os dois, venham aqui — Priscila disse, muito educada como sempre, entrando no quarto e batendo os pés com as suas botas pretas no chão.

— Tom, eu não tô com fome — Alyssa resmungou e voltou a deitar, mas assim que abriu os olhos novamente e viu que foi a Priscila que nos chamou ela despertou.

Seguimos a Priscila e fomos até outro cômodo fodido, mas era maior que o quarto. Lá tinham os seguranças e algumas pessoas que eu já tinha visto antes.

— É o seguinte. Estou precisando de pessoas para me ajudarem, já que todas as outras estão ocupadas fazendo outras coisas e algumas acabaram morrendo, então vocês vão substituir elas, por enquanto — Priscila disse, apontando para nós dois e para os outros 2 homens e 2 mulheres que estavam ali.

— Beleza, e o que vamos fazer, exatamente? - o homem meu lado perguntou, empurrando o seu óculos mais para cima com o dedo. Ele parecia ser um cara legal.

— Fazer qualquer coisa que eu pedir, literalmente — Priscila disse, revirando os olhos e aumentando o Tom de voz no "literalmente".

— Foi mal aí, mas por favor eu posso ir ao banheiro? — o outro homem disse, e esse não parecia ser legal.

— Vai logo, enquanto isso vocês ficam aí é já, já, vão me ajudar — Priscila saiu da sala e nos deixou lá.

— Meu Deus, você é Tom Kaulitz! E você é Alyssa McKenna! — uma das mulheres disse, apontando para nós impressionada.

— Pois é, estamos aqui há quase 2 anos, inferno — Aly se pronunciou e acenou com a mão para a mulher.

— Eu sou a Emily — a mulher pálida como gelo disse e apertou a mão da Alyssa.

— Oi, Emily — Aly riu.

— E quem são vocês aí? — perguntei me referindo ao homem de óculos e a outra mulher.

— Ah, eu sou o Julian, e o outro que saiu é o Heitor — o negão de óculos disse.

— Eae. — Segurei seu punho como um comprimento e as meninas riram.

— Kristina, irmã daquele mijão que acabou de sair — outra mulher disse e nos fez rir com o seu comentário.

— Por que vocês estão aqui? — perguntei.

— Eu e meu irmão conhecemos a Priscila já faz uns anos, quando ela não era uma assassina. Nos afastamos dela quando descobrimos as coisas que ela faz, porém ela foi atrás de nós e nos obrigou a fazer isso, se não ela nos mataria — Kristina disse normalmente, como se não fosse nada.

— Um dos seguranças me deu uma bebida no bar e provavelmente tinha drogas ali, daí ele me levou para cá e estou aqui faz uns 5 meses, eu estava sendo torturado, igual a vocês dois — Julian disse apontando para mim e para a Aly.

— Nossa, que fofura da parte dele — eu disse irônico.

— E você, Emily? — Aly perguntou curiosa.

— Ah, depois que aquela cabeleireira estranhamente legal cortou meu cabelo, ela pegou sua tesoura e me ameaçou a ir com ela para um carro e eu fui morrendo de medo. Odiei que ela cortou meu cabelo errado, agora está raspado! — Emily disse enquanto olhava para cima, para o seu cabelo curto e platinado.

— Oi, gente. O que eu perdi? — Heitor perguntou escancarando a porta e fazendo ela bater com força em seguida.

— A noção, óbvio — sua irmã aparentemente mais velha disse debochando.

— Vai se foder — Heitor disse educadamente.

— Não.

— Que merda — Heitor disse frustado enquanto amarrava seu cabelo longo e castanho em um rabo de cavalo.

ALYSSA VISION

Conversamos por mais um tempo e agora sabemos um pouco de cada um.
Emily, super branca, talvez seja albina até, tem olhos azuis muito profundos e é bem simpática, porém um pouco tímida. Tem 22 anos e trabalhava em uma livraria perto daqui, tinha uma vida normal até ser ameaçada depois de cortar o cabelo pela Viviane, a cabeleireira.

Como o Tom me disse que achava, Kristina é mesmo mais velha que Heitor, 3 anos. Ela é morena e tem cabelos longos e castanhos iguais ao do irmão e são muito parecidos. Kris é mais extrovertida e seu irmão mais introvertido, mas se dão muito bem. Tem 21 anos e Heitor tem 18. Moravam juntos na Califórnia e estavam de férias em sua terra natal, Alemanha, até a Priscila estragar tudo.

Julian, aparenta ser muito inteligente e corajoso, e me desculpe Tom, mas esse é o negro mais lindo que eu já vi. Ele tem 19 anos e também tocava guitarra, sempre estava em festas e em uma delas foi sequestrado pelo segurança 2.

— Nossa, nesse dia você se jogou no laguinho que tinha na casa do vizinho e a Priscila foi junto de tão bêbadas que vocês duas estavam — Heitor disse gargalhando enquanto sua irmã lhe encarava com ódio, o que nos fez rir mais ainda.

— Terminaram o papo? — Priscila disse atrás de Heitor, lhe encarando com ódio também.

— Si-sim — gaguejou.

— Ótimo, venham aqui — Priscila ordenou e nós a seguimos.

— Então, hoje não vai ter nada muito especial, mas nos outros dias sim. Agora todos vocês vão trocar essas roupas imundas e vão ficar junto com os seguranças — Priscila disse com nojo, credo.

— Vocês tem 5 minutos — e assim saiu.

Havia algumas roupas femininas e masculinas em cima da mesa daquele outro local fodido e todo metalizado. Eu peguei uma blusa preta de manga longa comum e uma calça jeans, Tom pegou uma camiseta preta também e procurou a maior calça que tinha ali, e achou.

Pelo menos nessa sala havia um banheiro, então cada um foi lá se trocar rapidamente.

— Aly, acho que é impossível você ficar feia, mesmo com essas roupas de estranhos — Tom disse se aproximando de mim logo após eu sair do banheiro e em seguida o Julian entrar.

— Claro, eu sou gostosa.

— Concordo.

— Mas também acho que é impossível você ficar feio, Kaulitz.

— Claro, eu sou gostoso.

— Concordo — eu disse e ele me deu um selinho e logo nos separamos voltando para perto da mesa.

— Aí! Vidas solteiras importam, tá? — Emily disse e todos rimos.

2 minutos se passaram e logo Priscila voltou explicando o plano. Achei meio complicado no início e se a polícia descobrisse todos iríamos presos, mas depois comecei a entender e começamos a "colocar a mão na massa".

Continua...

Without Looking Back | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora