Acordei com o assobiar dos pássaros, ecoando pelos meus ouvidos, a claridade de uma ótima manhã de sábado, ajudou também a me acordar.
Eu estava deitada e abraçada no meu travesseiro. Foi aí que eu notei que estava nua e me lembrei da noite de ontem... Sorri só de lembrar de ontem e ainda corei um pouco.
Chandler não estava mais na cama. Onde será que ele pode estar? Provavelmente ele deve ter ido pra casa de manhã cedo. Voltando aos pensamentos da noite passada
Se eu me senti segura? Sim. Acho que... Acho não,tenho certeza, eu estava pronta, eu queira, ele queria, aconteceu. Simplesmente aconteceu. Eu senti algo, não foi sexo qualquer sem compromisso, foi outra coisa... Foi amor.
Comecei a analisar meu teto, pensando na vida,em como minha vida mudou só quando ele chegou. Ele chegou e mudou tudo, deixando um nó complicado e meio difícil de se desembaraçar.
Chega desses pensamentos, estou ficando até depressiva. Quero pegar minhas roupas, que estão no chão, e tomar um bom banho, mas estou com muita preguiça pra me levantar. Decido ficar lá mesmo.
Ouço um barulho de torneira sendo aberta, e o barulho dava pra ser claramente ouvido, por que vinha do banheiro do meu quarto.
A porta se abre e eu me escondo nas cobertas, até que eu tenho a visão do Chan com a escova de dentes na boca.
-Bwmdin- Ele disse enquanto puxava a escova de sua boca e lavava a mesma. - Bom dia. - Ele fala novamente, dando pra entender claramente.-Bom dia. - Saio debaixo das cobertas, mas mesmo assim me continuo me cobrindo.Que foi?! Eu sei que ele já me viu assim, mas a vergonha continua.
-Dormiu bem? - Ele veio se aproximando e sentando na ponta da cama.
-Melhor do que você imagina. - Dei um enorme sorriso e ele me devolve com uma risada.
-Mas agora sério, você se arrependeu de alguma coisa que aconteceu, na noite passada? - Ele tinha um semblante preocupado.
Não respondi nada, continuei sorrindo e, fui para debaixo do cobertor, passando por toda a cama e chegando ao seu lado. Puxei o cobertor e me cobri,me sentei ao seu lado na cama e o beijei.
-Não. Nadinha. Você era o certo, eu sinto isso. - Abri o jogo com ele que sorriu.
-Doeu muito?- Ele tem uma facilidade pra falar essas coisas. Eu, provavelmente, devo estar muito vermelha de vergonha.
Tá certo que uma hora ou outra ele ia precisar perguntar ou saber disso, e não ia ter outro jeito de perguntar. O que ele faria? Me mandaria um bilhetinho?! Não, ridículo. Óbvio que ele precisa perguntar e precisa de uma resposta. Então por que eu não dou ela logo, hein?!
Ele se deitou na cama e cansou de esperar minha resposta, porque eu estava nas nuvens.
-Você ainda não me respondeu.
-É.... Só um pouquinho. - Não menti. Também não disse a verdade. A primeira vez dói, e não é pouco, mas também não é aquela dor de matar. Me deitei ao seu lado, ainda segurando as cobertas e as puxando.
-Por que você não tira isso, se levanta, troca de roupa e vai tomar um banho? - Ele perguntou rindo pelo nariz.
-Porque você está aqui e eu estou com vergonha de me levantar. - Sorri cínica e disse aquilo como se fosse óbvio.
-Eu já te vi assim ontem.
-Mesmo assim a vergonha continua. - Antes mesmo dele responder, o seu celular apita indicando que era uma mensagem. Ele tira o celular do bolso e vê a mensagem.