25 - Expulsa

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Marcos não estava acreditando que Maraisa teimava em querer proteger o moleque. Todos cochichavam dando razão às palavras da garota.

— Com certeza você está louca, filha. - Marcos brada fazendo todos calarem-se.

— Não estou louca coisa nenhuma, Sr. Marcos Pereira. - Maraisa não quis chamá-lo de pai, estava extremamente magoada. — Já sabemos que Niall será expulso, então pulem o julgamento dele. Foquem no meu agora.

— Você não vai ser expulsa coisa nenhuma, Isa. Pare de loucura, agora! - Maiara segura nos braços da irmã. — Você não poderá ser absorvida nem pela Marília, desista disso agora.

Maraisa se soltou encarando cada um ali presente, todos a encaravam com admiração pela coragem. Mas sabiam que ela não seria inocentada pelo crime.

— Vamos simplificar tudo. - Ela aumenta o tom de voz. — Mesmo gostando e tendo simpatia por mim, quem aqui me acha culpada por acobertar o crime cometido inocentemente pelo Niall?

Aos poucos, um a um foi levantando a mão fazendo Maraisa engolir seco. Eles estavam cobertos de razão em opinar o que achavam, Maraisa entendia.

— A maioria me acha culpada, sendo assim, não sou mais parte da alcatéia Nascente e nem da Crescente pelo ato de acobertar um crime cometido pelo Niall, uma criança vítima do vampirismo. - Lágrimas vem aos seus olhos. — Eu prometo a todos que provarei o quanto estão errados em condenar uma criança e a mim por protegê-la. E agradeço pela sinceridade em expor suas opiniões. Irei apenas despedir-me dos mais próximos.

Marcos deixou que suas lágrimas caíssem pesadas dos seus olhos, correu até sua filha na tentativa de abraçá-la, mas foi rejeitado.

— Não, eu estou profundamente magoada com suas atitudes. Você poderia investigar e descobrir que ele virou um vampiro à força. Eu estava indo atrás de solução, você destruiu— tudo. - Ela enxuga suas lágrimas. — Não irei me despedir adequadamente do senhor. Fique bem.

Maraisa virou as costas e foi pega de surpresa ao sentir o olhar de Marília queimando em sua pele. Ela tinha um misto de raiva, decepção e dor.

— Por que você fez isso? - Ela cruza os braços aproximando-se dela. — Você não vai embora, ouviu?

— Eu voltarei, prometo. Preciso encontrar Niall, provar que ele não merece ser expulso do lugar onde nasceu e matar Mathew. - O nome dele em sua boca saiu repleto de ódio. — Irá me esperar?

— Maraisa, tem uma guerra entre vampiros e lobos acontecendo aí fora. Você acha que vai matar o homem que está por trás disso sozinha? E você acha que vai encontrar o Niall e matar Mathew em um dia?

Maraisa engoliu seco encarando o chão, Marília tinha razão. Mas ela não podia voltar atrás, já estava expulsa, ergueu o olhar novamente encarando os olhos marejados da sua esposa.

— Você não imagina a dor que estou sentindo, é dilacerante. - Ela toca o rosto da sua amada com ternura. — Nossa ligação nem se firmou por completo e você já quer me deixar, Mara. Meu pai tinha planos de passar o poder da alcatéia para mim, como serei apresentado sem a Selene? Não existe eu sem você, amor.

Maraisa teve vontade de agarrá-la e beija-la ali mesmo ao ouvir tais coisas vindas de Marília, era lindo vê-la tão aberta aos seus sentimentos. Maraisa abriu a boca pra falar algo bonito em retribuição, mas foi interrompida pela voz de Hugo.

— Eu vou com você, Isa. - Hugo diz encarando Maraisa. — Você não vai sozinha.

— E quem disse que você vai com a minha esposa? - Marília afasta Hugo com um mão. — Eu acorrento Maraisa se preciso for, mas com você ela não vai.

Prometida à alfa - Malila g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora